Para Sempre Nós - Severus Snape

Olhos que Não Mentem - 2-32

 Após os recentes acontecimentos em Hogwarts, incluindo o misterioso desaparecimento de Dolores Umbridge e o retorno triunfante de Alvo Dumbledore, Emma experimentou uma profunda transformação.

 Ela se sentia como se estivesse emergindo de um longo período de escuridão e reclusão, aos poucos recuperando a autoconfiança e a determinação que a caracterizavam no passado.

 A presença do estimado diretor Dumbledore trouxe uma sensação de segurança e esperança que há muito havia desaparecido, permitindo a Emma vislumbrar um futuro mais brilhante.

 Num tranquilo dia ensolarado em Hogwarts, Emma encontrava-se serenamente acomodada em um banco no pitoresco jardim da escola, entregue à leitura de um livro que escolhera aleatoriamente.

 O calor do sol acariciava sua pele, proporcionando uma sensação de conforto e renovação. Enquanto mergulhava nas páginas do livro, os seus sentidos permaneciam alerta. Emma percebeu os passos se aproximando, e, sem sequer erguer os olhos do livro, já tinha uma ideia clara de quem se aproximava.

 Severus se acomodou com graça no banco ao lado de Emma, lançando um breve olhar furtivo para o livro que ela segurava. Com uma voz serena, ele quebrou o silêncio e indagou com polidez: "Boa tarde, Emma. O que está lendo?"

 Emma ergueu o olhar do livro e dedicou a Severus um sorriso caloroso. "Boa tarde, Severus. Estou lendo um livro qualquer de suspense, só para passar o tempo," ela disse com gentileza. "Você precisa de algo?" Sua voz era acolhedora.

 Severus considerou por um momento antes de continuar. "Bem..." ele começou, "lembrei-me de como costumávamos trabalhar juntos nas poções. E nossa relação voltou a ser estável, então...será que você gostaria de me ajudar a repor o estoque de poções para o próximo ano escolar?"

 A jovem bruxa sorriu e concordou com entusiasmo. "Claro, Severus. Será ótimo voltar a preparar poções com você. Eu adorava o tempo que trabalhávamos juntos." Seu rosto iluminou-se com a perspectiva de colaborar novamente em um terreno familiar.

 Severus se ergueu graciosamente e estendeu a mão para ajudar Emma a levantar-se do banco. Com um breve toque de mãos, eles se puseram de pé, relutantemente soltando a conexão.

 Com passos decididos, começaram a se encaminhar para a Sala de Poções, cada um perdido em seus próprios pensamentos e reacendendo a empolgação de colaborar em um ambiente familiar, onde seus talentos e experiência se complementavam.

 Ao adentrarem a Sala de Poções, Emma e Severus não perderam tempo para começar a preparar as poções que estavam a cargo, enquanto mantinham uma conversa agradável sobre diversos assuntos aleatórios.

 À medida que o dia avançava, o espaço ficou impregnado com o aroma distintivo de ingredientes mágicos e poções borbulhantes em efervescência.

 Emma e Severus demonstravam uma notável harmonia enquanto trabalhavam lado a lado, como se tivessem redescoberto algo de especial que havia estado ausente por algum tempo.

 Enquanto se dedicavam ao trabalho conjunto na preparação das poções, tanto Emma quanto Severus estavam profundamente imersos em suas tarefas, misturando ingredientes e seguindo o processo com precisão.

 No entanto, em um momento de distração, Severus desviou sua atenção para o rosto de Emma enquanto ela estava concentrada na preparação de uma poção, admirando sua expressão serena.

 Nesse instante, um acidente inesperado ocorreu quando, sem perceber, ele quebrou acidentalmente um frasco e acabou cortando o braço.

 A sala imediatamente se encheu com o som do vidro quebrando e Severus soltou um suspiro contido de dor, ao mesmo tempo em que a poção derramada começou a se espalhar no chão.