QUENTE COMO O INFERNO

18|anjo infernal (parte 2)

Esse livro não termina nunca? Kkkk
Me sigam: queridadescarada
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Amélia

Pedi licença a madre para ir uns dias resolver alguns problemas pessoais,ela não me perguntou,mas sentiu que eu estava estranha naquele momento.
Nem que eu rodasse todas as cidades possíveis eu descobriria onde ele está.

Peguei o primeiro trem e fui para os pequenos vilarejos que havia em Dark City,cidades com no máximo 200 habitantes que quase todos conheciam.
Sair da cidade com certeza ele não teria saído,podem ter se passado anos,mas se o conheço ele não conseguiria começar uma nova vida em um lugar tão distante.

A primeira coisa ao chegar foi logo andar pelos comércios em busca de alguém que me desse uma pista do seu paradeiro, entretanto,todos falavam com muita desconfiança que nunca tinha ouvido falar em alguém na cidade com este nome.
Pareciam super desconfiados como se não pudessem falar sobre andando por mais partes na cidade, eu pude vê que se ali ele estivesse,não estaria usando o nome verdadeiro ou talvez usasse,mas ninguém ousaria falar sobre ele.

Ou talvez eu esteja muito paranóica, pois uma senhora da minha idade vê tudo acontecendo de novo ainda mais com a minha afilhada me dói de uma forma a qual não consigo explicar. Me sobe um aperto no peito.
Sentada em um banco da pequena praça que tinha na cidade,observei as pessoas passando apressadas e refletia sobre o que iria fazer adiante procurar mais um pouco ou apenas ir para outros pequenos vilarejos até anoitecer e achar uma pousada a qual iria passar a noite.

Refletindo sobre um homem que me chamou atenção,parecia estar de passagem com um conversível de luxo preto e branco, sua estatura é tão parecida com a dele,mas seria possível alguém se manter exatamente igual a quando era jovem? Será que eu me pareço comigo quando tinha minha juventude?

Se ele não estivesse vivo de alguma forma eu tinha que achar algum paradeiro para explicar o que estava acontecendo em virgem de Guadalupe.

Meu olhos simplesmente continuavam incrédulos e eu me sentia em um filme da sessão da tarde, Como se os problemas fossem solucionados tão facilmente que nem precisasse fazer esforço, agora eu estou cara a cara com Levi Williams aquele que acreditei estar mais morto que a minha juventude,porém,estive brutalmente enganada quanto a isso,pois ele está mais vivo que eu até mesmo com sua idade avançada a aparência continua igual e isso me fez questionar o que ele fez depois de tudo que viveu.
Ainda o observava sentada no banco,mas seus olhos continuavam frenéticos nos meus,seu desespero era evidente.

Com passos calmos que passavam uma frieza foi se aproximando do bando de concreto, ainda que minha expressão não negava nenhum pouco o meu espanto. Sentou-se ao meu lado como se nada demais estivesse acontecendo neste momento.

─A quanto tempo…─ sua voz rouca e grossa chegou aos meus ouvidos me espantando ainda mais.─ Achei que nunca mais encontraria qualquer pessoa daquele lugar.

─E eu achava que você estava morto.─ limpei a garganta pensando nisso.

─Renasci no dia em que tudo aquilo aconteceu.─olhou-me como se dissesse que aquilo também tinha doido nele.

─Você apenas fugiu depois que tudo aconteceu e quer me dizer que renasceu?─ minha impaciência era nítida,eu não vim aqui para escutar sobre como ele quase acabou com a vida da mãe de Amber,apenas quero saber qual ligação ele tem com Dean.

─Fugir em algumas situações se torna mais doloroso do que ficar.─ respondeu-me depois de soltar um longo suspiro.

─Em algumas situações sim,mas fugir quando se engravida alguém nunca é mais doloroso do que ficar e sim é uma questão de falta de caráter,mas sendo sincera não estou na idade de ficar lhe ensinando o que é a vida e vim aqui apenas com um objetivo então vou ser direta,ok?

─Prossiga.

─Quero saber qual é sua ligação com Dean Williams.─ parecia que eu havia dito o Mauro absurdo já ouvido por esse homem em toda a sua existência,pois sua expressão não era a das melhores.