14| a moto do padre (parte 03)

2K 197 18
                                    

Oi amores,tudo bem?
Aqui mais uma parte do capítulo, esse capítulo ficou com mais de 16K palavras então por isso tenho que dividir ele em mais partes.

Espero que gostem do capítulo.

Boa leitura babys!❤️

///

Eu observava as grandes árvores na rodovia que estávamos passando, não sabia para onde estávamos indo mas, tinha certeza que era afastado de Dark City já que saímos da cidade e estamos na rodovia a algum tempo.

Minhas mãos estavam suando e às vezes acabava escorregando chegando a quase encostar na parte íntima de Dean coberta pela sua calça jeans de lavagem escura.

Avistei um pequeno local que parecia agitado, havia muitas motos de vários modelos diferentes mas, nesse mesmo estilo retrô paradas em frente.
Dean, começou a frear e sair da rodovia estacionando ao lado da fileira de motos.

Desci da garupa e logo tirei meu capacete, olhei ao redor e o que me parecia era um tipo de bar de beira de estrada.

─Você trouxe uma menor de idade em um bar?─ Olhei para ele que ajeitava os seus cabelos olhando o retrovisor da moto.

─Aqui dentro não existem essas regras.─ respondeu-me passando por mim e indo até a entrada do local.

A porta de entrada é estilo "velho faroeste" e logo depois dessa porta passamos por outra, porém, essa era toda de ferro e bem pesada pelo barulho que fazia quando ele a abriu.

O espaço do estabelecimento me foi revelado e apesar da parte de fora aparentar que aqui é um lugar abandonado onde alcoólatras param para beber por dentro é completamente diferente.
É um típico bar daqueles filmes antigos, tem um enorme balcão com banquinhos para sentar e mesas encostadas na parede junto com um "sofá".

O bar é decorado por cores fortes como vermelho,preto e cinza. No canto pude perceber uma máquina antiga de karaokê, o movimento do local é grande e diversas pessoas entre homens e mulheres estavam aqui.
A maioria está vestida com roupas pretas e de couro, as garotas usam roupas decotadas e ousadas.

Eu fiquei boquiaberta com esse local e curiosa sobre como um padre conhece um local desse tipo.
Enquanto andávamos pelo bar alguns caras fortes cumprimentavam Dean, como se eles fossem velhos amigos. Paramos e sentamos em banquinhos altos perto do balcão, um barman muito bonito de cabelos pretos e lisos se aproximou falando com Dean.

─Não acredito!─ ele disse como se estivesse espantado.─ Senhor Dean? A que devo a honra da sua ilustre presença nesse humilde bar.─ os dois deram risadas.

─Continua o mesmo otário e cafajeste de sempre,Eli?─ Dean, brincou com ele.─ Está é Amber.

─Olá bela dama!─ Eli, fez uma reverência como se eu fosse uma rainha.

─Vim fazer uma visitinha aos velhos amigos e trazer esta dama para se divertir.─ ele explicou.

─Fico feliz que tenha vindo porque já fazem oito anos que a gente não se vê desde que você …

Dean não permitiu que Eli terminasse a sua fala e logo o interrompeu falando de drinks, confesso que fiquei curiosa sobre o que Eli iria dizer sobre o passado do padre apesar de saber um de seus segredos gostaria de saber o que mais a sua alma sombria escondia.

Ele pediu um Frozen de White Horse para nós dois e disse que é uma bebida docinha e bem deliciosa.

─Você ainda não me contou porque me trouxe aqui padre Dean.─ debochei de sua cara quando falei  a palavra "padre".─ Embora o meu maior interesse neste momento é saber, como o senhor conhece esse local? É um local muito inapropriado para um padre.

─Vinha aqui no período da minha vida em que eu era um…─ ele fez um silêncio parecendo estar lembrando de algo, seus olhos se perderam como se  sua cabeça estivesse em outro lugar.

─Ator pornô?─ completei.

─Sim.─ ele balançou a cabeça concordando.─ A maioria das pessoas que andam por aqui também já tiveram essa vida que eu tive, aqui era o único lugar da cidade que deixávamos de ser apenas "pessoas pecadoras e sem escrúpulos" e nos tornamos pessoas normais com sentimentos e com problemas.

─Eli também era?─ questionei olhando para ele que estava sacudindo o copo de nossos drinks.

─Eli também tem um passado, todos nós temos um passado e muitas vezes ele não é tão bom então por isso se torna "passado".─ respondeu.

Eli, chegou com duas taças e uma bebida bem amarela pelo que vi quando ele estava fazendo sorvete nessa bebida o que eu confesso que achei interessante.

─Aqui estão! Querem mais alguma coisa?─ perguntou gentilmente.

Dean, negou com a cabeça então ele se virou para atender outros clientes que encostaram no balcão enquanto isso eu analisava o copo da bebida como se tentasse saber se era seguro beber aquilo e se não tinha nenhum veneno.

Quando criei coragem coloquei o canudo na boca e suguei sentindo a bebida descer pela minha garganta, era exatamente como ele me disse docinha e com um gosto forte por conta do álcool.
Tomei metade do copo de uma vez só e Dean me olhava com os olhos impressionados.

Seguimos no bar vendo o pessoal se divertir cantando no karaokê alguns cantavam bem e outros nem tanto, eu confesso que me diverti bastante ali porque parecia que eu estava livre de uma prisão em que vivo que simplesmente não posso ser quem eu sou mas, ali eu podia porque ninguém iria me julgar por isso.

Dean, também teve uma conversa com seus velhos amigos enquanto eu cantei no karaokê e fui terrivelmente mal cantando uma música da Avril Lavigne, minha idola suprema.
Lembro-me de não querer descer do palco e ele teve que me pegar no colo para que a próxima pessoa pudesse cantar.

─Me solta!─berrei no ombro dele enquanto ele me carregava para fora do bar,pois segundo ele estava tarde e vão desconfiar da nossa demora.

Ele me jogou em cima da garupa da sua moto de forma bruta me ajeitando no assento mas, quando ele pegou o capacete para colocar em mim eu me levantei da moto e me aproximei dele.

─Não vai foder a sua noviça hoje?─ suas íris esverdeadas estavam focadas na minha boca.

─Você está bêbada.─ respondeu.

─Mas, você está aqui para cuidar de mim, não é?

─Amber, eu não sou seu salvador. Não sou o mocinho da história que vai te salvar no final e que vai ter um felizes para sempre com você.─ disse de forma dura.

─Não estou pedindo para ser salva,estou pedindo para que cuide do meu tesão me comendo.─ olhei em seus olhos e senti-me perdida neles.

Seu suspiro foi forte e bateu em meios seios que ficaram com frio, o bico dos meus seios ficaram à mostra na camisa colada que eu usava.
Os seus olhos desceram para meus seios, ele passou sua língua entre os lábios parecendo pensar no que fazer.

O capacete que estava em suas mãos caiu no chão e fez um barulho forte, suas grandes mãos logo me pegou pela cintura me levantando e me colocando sentada na moto.
Seus beijos lentos em meu pescoço me faziam suspirar, o calor subia em meu corpo de forma rápida e eu sentia o meu tesão aumentar à medida que percebia o quanto ali é um lugar perigoso e o quanto tudo que estávamos fazendo é mais perigoso ainda.

─Desde que comprei essa moto sempre quis saber se dava para foder alguém aqui e hoje acho que vou matar essa curiosidade.─ seu dedão deslizou pela minha boca.

QUENTE COMO O INFERNOOnde histórias criam vida. Descubra agora