09| o homem da tatuagem (parte final)

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Aviso importante: gente estou sendo denunciada no tiktok e fiquei bem triste por isso sumi então peço para que vocês sigam minha nova conta vou começar a criar conteúdo lá.

Tiktok novo: queridadescarada2

Boa leitura!

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A noite passou rápido como um passeio de montanha russa cheio de emoções, aquele homem não desgrudou da minha mente nem quando estava com os olhos abertos e muito menos quando os fechava.

A manhã chegou e Evie, já estava de pé se arrumando para tomar logo o café da manhã porque segundo ela queria ser uma das primeiras a confessar algo ao padre para que não interrompesse as suas atividades do dia e eu chuto que essas atividades incluem Samantha. Eu por outro lado, não estava com nenhuma pressa e sim com uma sensação mista que embrulhava o estômago de medo. Deveria confessar tudo ao padre? Contar a ele até que cheguei a assistir um vídeo impróprio e me estimulei?

─Anda!─ me balançou─ Amber, é sério a madre não deixa que ninguém coma antes que todas se confessem então por favor vá logo hoje é torta de frango.─ ela falou e me deixou feliz por ver que ela está tentando se alimentar todos os dias corretamente.

─Tá bom! Só pela torta.─ sentei-me na cama calçando os chinelos.

─Perfeito! Vou tomar café com Samantha─ falou enquanto passava perfume, aqui nós usamos um perfume natural feito pelas próprias freiras não podíamos usar tantos produtos de beleza como maquiagem, saltos e etc… usávamos apenas o básico e algumas coisas são produzidas aqui mesmo para nosso uso.

─Nossa ela tá se perfumando toda para encontrar a Samantha, dormindo com o ursinho que ela te deu de presente de aniversário… sei não em.─ cheguei perto dela e belisquei sua cintura enquanto ela sorria.─ Oh, Samantha, beije-me meu amor!─ Comecei a tirar com sua cara e Evie se virou, porém, corri e subi em cima da cama.─ Samantha, por favor! Mais rápido! Seja carinhosa! Sou virgem! ─ zombei e Evie ficou tão vermelha quanto um tomate e em sinal de sua fúria jogou uma almofada em meu rosto.

─Pare de falar esse tipo de coisa, Amber.─ esperneou─ Estamos em um convento e você falando em safadezas!

─Evie, estamos em um convento mas, jamais desejamos ser freiras ué! Estamos aqui porque é a única opção de moradia que temos até fazer dezoito anos ou vai me dizer que você prefere virar uma freira e nunca sentir os dedos da Samantha entrando em você?─ Ela arregalou os olhos e bufou respirando fundo como se não tivesse uma resposta.─ Não me diga que quer ser freira e largar sua carreira de estilista.

─Não, Deus me livre! ─ falou rapidamente ─ Não espere, Deus me perdoe não que eu não queira servir ao senhor mas, acho muito rígidas suas regras.─ justificou olhando para o teto como se estivesse "olhando" para Deus.

Apenas sorri dela e me levantei pegando o hábito limpo para me vestir e arrumar meus cabelos,todavia, antes parei ao lado de Evie e falei:

─Cuidado! Samantha, é uma predadora, acho que quando ela te pegar já deverá ter comprado até um pênis de borracha.─ vi ela revirar os olhos e morder os lábios, não sei se estava imaginando algo ou se estava repreendendo minha ação.

Evie, saiu às pressas do quarto batendo a porta e eu fui me arrumar rindo de sua situação e apesar de estar rindo dela ainda estou tensa por mim e pretendo ser a última a me confessar porque pelo que ouvi dizer no dia de se confessar às vezes a madrinha ou qualquer uma das outras freiras ficam perto para auxiliar e até mesmo ajudar o padre caso ele peça algo como água benta.

Me arrumei e desci as pressas pelo atraso, estava arrumando minha corneta no cabelo para que nenhum fio ficasse de fora. Quando cheguei ao refeitório estava praticamente vazio, faltavam poucas pessoas para terminar o café e provavelmente ir para a fila da confissão.

Me apressei e peguei a bandeja do café da manhã, tomei meu suco e comecei a cortar o pão com as mãos, comíamos o conhecido "pão de Cristo" era feito com ingredientes naturais e demoravam sete dias para ficarem prontos, não podíamos cortar ele com facas e muito menos comer com manteiga ou qualquer outro tipo de "complemento".

Vi uma a uma das meninas entregando suas bandejas e saindo do refeitório para ficar em frente a capela esperando o seu momento de se confessar e eu ainda estava aqui comendo devagar como um "bicho preguiça".

O sino da capela deu uma badalada indicando que já era 10:30  e eu era a única a estar aqui,finalmente me levantei e levei minha bandeja a cozinha.
Quando saí em direção à capela minha cabeça não parava de pensar em "todos" os pecados que eu já havia cometido na vida e tudo me fazia voltar para a noite de ontem como se estivesse vivendo um dejavu.

A fila não estava tão grande agora acho que tanto Evie como Samantha já deveriam ter entrado na capela já que eu não estava vendo nenhuma das duas do lado de fora, as meninas estavam quietas e pareciam estar fazendo uma espécie de "preparação" enquanto eu só estava me preparando para fugir dessa situação.

Agora entendi porque Evie disse que a madre não deixava ninguém comer antes de todas se confessarem, também ficava uma freira na porta da capela anotando o nome das noviças era como ser uma militar o que uma fazia todas pagavam e se uma não fizesse todas também pagavam.

Passaram-se as duas horas mais agoniantes da minha vida e ainda sim eu estava na metade do caminho, o sol já estava mudando a sua posição novamente e eu não aguentava mais toda a ansiedade e agonia que me cercava.
Esse convento tinha a estrutura de um castelo velho de filme de terror ao mesmo tempo que era uma casa linda por dentro.

─Amber Heard.─ escutar meu nome fez cada pequeno pelo do meu corpo se arrepiar, a minha nuca se esquentou e aquela sensação esquisita que ninguém consegue explicar se aproximou me querendo tomar a ela a todo custo.─ Pode entrar o padre já está à sua espera.─ abriu as grandes portas de madeira me mostrando a visão da capela, a mesma em que desejei que o padre me possuísse sem ao menos me lembrar onde estávamos e que ele era um padre.

Andei no corredor reto que separa uma fileira de bancos da outra, subi em cima do altar e virei parando no confessionário. Entrei e sentei-me por trás da tela que separava o padre e eu, no momento indicado por ele fiz o sinal da cruz ficamos em silêncio por alguns segundos até que o padre falou:

─A quanto tempo está sem se confessar?─ sua voz grossa ecoou pelos meus ouvidos me dando pequenos pegamos pelo corpo. Oh Deus! A voz dele é exatamente como eu imagino a voz daquele homem feroz.

─Ah… acho que essa é a minha primeira confissão da vida!─ engoli o nó que estava na minha garganta ao mesmo tempo que tentava espantar os milhares de pensamentos em minha cabeça.

─E como anda a sua fé?─ retrucou.

─Acho que longe…ela anda longe! Digamos que eu nunca fui muito religiosa.

─Quais são seus pecados minha filha?

─Todos!Não espere! Desculpe, estou nervosa.─ respirei fundo.─ Eu acho que nunca pequei muito na vida assim quando criança coloquei laxante na água do meu professor de história por ter me tirado a hora do intervalo, na adolescência eu já vesti o mesmo sutiã várias vezes sem lavar e ontem eu…─ parei pensando se deveria falar ou não.

─Tudo que disser aqui ficará aqui, você está aqui para receber o perdão e não para ser julgada.─ Por que ele parecia falar como um Deus grego…sempre calmo e misterioso.

─Ontem eu estava estudando─ olhei para minhas mãos e mexi na saia do hábito nervoso.─ Encontrei algo que certamente não deveria ter encontrado e fiz algo que não deveria ter feito.

─E o que era isso, filha?

─Um vídeo inapropriado,sabe? Daqueles que o pessoal faz amor por dinheiro. Eu sabia que não deveria ver mas, quando vi aquele homem com aquela enorme tatuagem de leão nas costas tão feroz…─ percebi que estava exagerando.─ Eu acabei pecando contra a minha castidade.─ esperei sua resposta dizendo o que eu deveria fazer mas, tudo que eu ouvia era sua respiração.─Eu deveria rezar?

Escutei a porta do confessionário sendo aberta e logo saí confusa se outra pessoa havia entrado,entretanto, quando olhei o padre estava andando às pressas pelo corredor da capela que dá acesso ao quarto dele.










QUENTE COMO O INFERNOOnde histórias criam vida. Descubra agora