iris.

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Eu desistiria da eternidade para te tocar
Porque eu sei que de alguma forma você me entende
Você é o mais próximo que estarei do paraíso
E eu não quero ir para casa agora

E tudo que posso sentir é este momento
E tudo que posso respirar é a sua vida
E cedo ou tarde isso acabará
Eu só não quero sentir sua falta esta noite

E eu não quero que o mundo me veja
Porque eu não acho que eles entenderiam
Quando tudo é feito para ser quebrado
Eu só quero que você saiba quem sou

E você não pode lutar contra as lágrimas que não virão
Ou o momento de verdade em suas mentiras
Quando tudo se parece como nos filmes
É, você sangra apenas para saber que está vivo

E eu não quero que o mundo me veja
Porque eu não acho que eles entenderiam
Quando tudo é feito para ser quebrado
Eu só quero que você saiba quem sou

—  iris; goo goo dolls.

··· • ···

Hongjoong segurou o rosto do ômega delicadamente, mostrando a ele seu olhar mais calmo e sorriso gentil, tentando fazer com que Seonghwa entendesse que estava tudo bem.

— Eles disseram sobre o que querem falar? — O alfa perguntou, precisava saber porque Seonghwa estava tão assustado, mas o ômega negou com um simples aceno. — Certo, você não precisa ter medo, sim? Vou falar com eles no meu escritório, beba um pouco de água e tente se acalmar um pouco. Vai ficar tudo bem, eu prometo.

Seonghwa assentiu e Hongjoong sorriu mais uma vez, se esticando um pouco para beijar sua testa antes de sair do quarto e seguir até as escadas. Quando já não podia ver o alfa, correu diretamente para o banheiro, não sabia se havia sido seu nervosismo por ter a polícia ali ou se era apenas mais um enjôo comum da gravidez, mas era tão ruim quanto e o deixou tonto por alguns instantes.

Sentou na cama após lavar a boca e abraçou o ursinho de pelúcia que Hongjoong havia comprado para si na última vez que brigaram. Seus instintos diziam que ele deveria sair dali e ir ouvir a conversa do alfa com os policiais, mas no fundo ele tinha medo de saber sobre o que se tratava. Claro que confiava cegamente no marido, mas isso não significava que Hongjoong era um santo que nunca fez ou faria algo errado, ele era bom, mas continuava sendo humano e poderia fazer algo que o faria se arrepender depois.

Depois de dez minutos ali roendo as próprias unhas e apertando o urso de pelúcia, Seonghwa se levantou e saiu do quarto, indo para a sala ficar sentado no sofá para ouvir algo, mas o escritório tinha isolamento acústico assim como o quarto principal da casa, então o ômega teve que se contentar com o silêncio.

Parecia que nunca ia acabar, Hongjoong nunca saía daquele cômodo. Pensou em ligar para San, mas sabia que o Choi estava em casa com o próprio alfa e não queria mais atrapalhar o mais novo,

Por fim, apenas pegou o celular e buscou qualquer coisa para se distrair.

[...]

Se perguntassem a Wooyoung o que mais o irritava, ele com certeza diria que eram as celebridades que acreditavam genuinamente que eram as melhores em absolutamente tudo. Felizmente, no entanto, chegar em casa era libertador quando San já estava ali, deitado no tapete felpudo da sala, desenhando em seu caderno de rascunhos e resmungando sozinho sobre como a costura era difícil e ele deveria ter escolhido seguir outra carreira.

— Sani. — Chamou, parado na porta. O ômega o olhou, tinha pontinhos azuis da caneta em seu rosto e suas mãos estavam sujas de grafite.

— Oi. — Ele sorriu, colocando os materiais sobre o sofá e indo até o alfa para beijá-lo enquanto Wooyoung enlaçava sua cintura com os braços. — Dia ruim?

𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓 𝐎𝐅 𝐔𝐒 • seongjoong | ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora