give love.

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Eu sei que você me odeia
Estou triste,
Por que você não pode me entender?
Você não entende, eu gosto de você

O que eu fiz de errado?
Por que está fazendo isso comigo?
Quanto mais você fizer isso, o mais triste fico

Depois que eu descobri que você me odiava
Você fez a minha forte motivação murchar
Pensei que meu coração acelerado estaria acabado
Mas mais uma vez, lentamente

Posso chegar mais perto?

Give love; AKMU.

··· • ···

Esta era mais uma das noites em que Wooyoung chegava após um dia corrido de trabalho presencial que o lembrava o motivo de amar trabalhar apenas de casa, sem o caos de dia a dia, do trânsito, das vozes altas em seus ouvidos sensíveis, da temperatura oscilando a cada parte do dia e principalmente: da distância que ficava de San.

Era normal que ele se sentisse perto do namorado mesmo que San estivesse trabalhando, o cheiro dos feromônios dele estavam por toda parte da casa, era como se ele estivesse sempre lá.

Mas era diferente agora, San estava lá. Não irritado com algum croqui que desenhou errado, não choroso vendo algum filme e menos ainda excitado enquanto brincava sozinho esperando por Wooyoung.

O cheiro dele entregava uma tristeza conhecida comum, que ele tentava esconder quando estava perto dos outros mas deixava fluir quando estava sozinho, ou pensava estar, como agora.

Wooyoung não sabia se poderia ou não ir até o quarto e demonstrar sua presença, mas não queria deixar San sozinho daquela forma, cercado de tristeza e seus próprios pensamentos depreciativos. Era melhor ir, San ainda era um ômega, ainda estava sozinho e emocionalmente instável.

Quando Wooyoung entrou no quarto, San estava sobre a cama, encolhido dentro de seu ninho milimetricamente organizado, algo que ele não fazia nem mesmo em seus cios.

— Sannie. — Wooyoung chamou ao entrar no quarto, fazendo a atenção do ômega ir para si. — Você fez um ninho…

Wooyoung deixou a pergunta no ar, se aproximando da cama e tocando os fios escuros do cabelo de San antes de acariciar sua bochecha.

— Você está frio. — Wooyoung franziu o cenho, tocando também o pescoço dele e o peito, a temperatura era baixa em todo o corpo de San. — O que você está sentindo?

San continuou em silêncio, e Wooyoung não queria forçá-lo a falar, mas também não podia ignorar aquela temperatura tão baixa quando a casa estava aquecida e San estava debaixo das cobertas.

— San, eu preciso que você fale comigo. O que você está sentindo? — Wooyoung disse mais uma vez, se abaixando para San olhar para si, mas o ômega desviou o olhar.

— Nada, só estou um pouco triste. — San tentou sorrir, mas seus lábios quase não fizeram o que ele quis, e seus olhos estavam azuis, em um tom tão claro e ao mesmo tempo opaco, que Wooyoung engoliu em seco, tentando não se desesperar. — Estou bem, não precisa se preocupar.

— Posso entrar no seu ninho? — San negou com um aceno, mas se arrependeu no mesmo instante e assentiu, permitindo que Wooyoung ficasse perto. Wooyoung entrou rapidamente no ninho, cuidando para não estragar nada, e então abraçou San, não se importando se o ômega era maior ou mais forte, apenas o apertou em seus braços. — O que você está sentindo? Tem certeza que não é nada?

— Uhum. — San respondeu, com o rosto escondido no pescoço do alfa. O cheiro de Wooyoung o acalmava, então ele aos poucos cedeu ao cansaço e apenas dormiu deitado ali, recebendo o carinho de Wooyoung.

𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓 𝐎𝐅 𝐔𝐒 • seongjoong | ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora