Carioca
– essas festa de playba rende nada - digo olhando na direção de sophia e magrelo, pegamos um camarote maneirin, mas não ter uma da branquinha é sacanagem
– eu vou descer - diz sophia olhando empolgada lá para baixo, colfoi gosto nem de lembrar da última vez que deixei essa mandada descer pra pista sozinha
– bó, eu vou junto - magrelo diz e o encaro
– vai porra nenhuma, aquieta o rabo aqui - sophia ri, certeza que ela sabe o deja vu que me causou
Mandada filha da puta
– deixar ela sozinha com os playba vai ser perdição - diz ele assim que ela sai do camarote
– pior é deixar com tu - digo sem o olhar
– tá com ciumes dela? - diz ele abrindo mó olhão
– to nada - resmungo
A real mermo é que nem eu sei o que to sentindo, mó bagulho louco.
Desde que a gente veio pra essa missão o bagui mudou muito, da aguá pro vinho mermo.
papo de sujeito homem, nunca senti "atração" dessa forma por ninguém, mandada feiticera pô– colfoi, ela desenrola demais - acompanho seu olhar para o meio da multidão e a avisto, ela dança demais, me deixa malucão mermo
Dou um gole em minha bebida ainda a observando, ela olha em nossa direção e manda um beijo e logo some na multidão, faço menção de sair dali e magrelo me segura
– pô assim fica feião pra tu, indo igual um cachorro na mandada - ergo a sobrancelha
– tá chapando? - o encaro e ele continua
– cê apaixonou sem nem ter comido, qual a tua patrão? - gargalha e o fuzilo com o olhar
– apaixonado está minha pica pelo teu cu, filho da puta - resmungo e ele ri
– qual foi, vou fazer a boa pra você. - ele diz passando os olhos pelo camarote, mas logo bufa – foda não ter ninguém pra mandar né - ele ri – vou descer e buscar umas putas
O ignoro mantendo meu olhar fixo em sophia que dançava até o chão com aquela bunda enorme, logo vi um mané se aproximando dela e continuei encarando até que ela me olhou e deu um leve empurrãozinho no cara, foi o gatilho que precisava para descer dali e ir ao encontro dela
Magrelo já não estava mais no camarote e quando voltar já não vai me encontrar mais, desci com pressa me metendo no meio daquela multidão e empurrando qualquer um que estivesse no meu caminho, logo a avisto de costas e o cara estava cochichando em seu ouvido, deu nem duas e adentrei minhas mãos em seu cabelo apertando e a puxando de leve para trás, ela se inclina dando alguns passos para trás e seu corpo se encosta ao meu, ela olha por cima do ombro e assim que me vê sorri de canto
O cara meteu o pé dali, essa foi a melhor escolha que ele já fez na vida.
– você adora estragar quando as coisas estão ficando boas, não é? - ela diz olhando pra minha cara por cima do ombro, seus olhos já estavam ficando vermelhos e me questionei se ela já estava bebada
– as coisas só ficam boas quando você está comigo - digo passando minha mão por sua barriga até chegar em seu pescoço, onde aperto de leve e ela suspira fundo
– e por que não faz elas ficarem melhores ainda? - ela diz virando seu corpo em minha direção, passo a língua nos lábios observando seu rosto pouco iluminado pela luz da balada, seus olhos estavam focados em minha boca me provocando para ataca-los, desço a mão devagar por suas costas a pousando em sua cintura e a puxo deixando ainda mais próxima de mim
– você sabe o que tem que fazer - murmuro em seu ouvido e a mesma se contorce arrepiando seu corpo inteiro
No fundo estava maluco para parar com essas merdas de joguinhos e a fuder aqui e agora, mas sei que quando eu começar não vou querer parar.
E isso iria fuder muito mais pessoas além de nós, não é sobre mim, muito menos sobre ela.
– carioca... - ela diz em um sussurro e ergo a sobrancelha sem acreditar que ela realmente estava prestes a fazer isso, acabo não contendo o riso e ela me encara parando de falar e ficando sem reação
– você realmente iria se entregar facil assim? Achei que me odiava - debocho soltando-a antes que fosse tarde e ela me empurra com brutalidade
– é claro que não! Eu iria falar outra coisa. - ela rebate com sua mentira insignificante
– a cachaça sobe aqui - digo tocando sua cabeça – e o ódio vira fogo, relaxa... vai ficar entre nós - digo debochando e me afasto da mesma indo até o bar
– quero a mais forte que você tiver ai, festa de playba me cansa - digo para o mané que estava preparando as bebidas, ele sorri fraco antes de virar de costas para mim
– nossa, nem acredito que é você! - sophia diz chegando ao meu lado e chamando atenção do cara das bebidas
– e ai, moça bonita. - ele diz com um sorriso de orelha a orelha e franzo a sobrancelha os encarando
– você acredita que da última vez que nos vimos eu fui sequestrada minutos depois? - ela diz e olha pra mim como forma de deboche me fazendo rir de canto, essa filha da puta nunca vai tirar isso da cabeça
– caralho, é verdade? - ele diz e ela assente – mas você conseguiu descobrir quem era o sequestrador? - pergunta curioso
– isso seria bom, né? Você descobriu quem era? - digo a olhando serinho e ela revira os olhos
– por ironia do destino talvez eu nem queira descobrir isso - ela diz sorrindo fraco.
Ou por "ironia do destino" ela esteja maluca pra sentar pro sequestrador
– caraca - ele diz com sua expressão incrédula
– colfoi, fica pronto nunca essa porra ai? - resmungo e ele volta sua atenção para a bebida rapidamente
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Atração perigosa
Romance"- - atração, sophia? - ela assentiu - você tem noção do quanto isso é uma atração perigosa? - por favor, mãe - ela revira os olhos virando-se para o freezer e pegando uma cerveja - acha que estou brincando? Onde que você acha que vai te levar a se...