Trinta e dois

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Carioca

– onde essa filha da puta se meteu - resmungo encarando os menor da barreira – se eu descobrir que algum de vocês tá sabendo de algo e está marolando com minha cara, o bagulho vai feder

– eu vi uma garota saindo pelo beco, mas nem rendi... só quem sai ali é as do quartin - menor diz e o encaro rindo com ironia

– e como você garante que não foi ela que saiu se nem se prestou pra conferir? Filho da puta - digo desferindo um soco em sua cara, o mesmo cai no chão e coloca a mão no rosto rapidamente

– desculpa, eu vacilei mermo - ele suplica e o ignoro pegando minha moto e indo o mais rápido possível pra chegar antes dela no complexo do alemão, afinal, ela com certeza iria para lá

Cortei alguns caminhos e quando ainda estava no asfalto com menos de 10 minutos pra chegar até lá avistei um carro preto passando voado na rua, entraram em frente a uma moto e logo vi os menor descer trajado de arma, parei a moto descendo rapidamente e já puxando minha .40 da cintura

Corri até perto deles logo vendo sophia ser puxada de uma moto pelos cabelos, deu nem tempo de raciocinar e já comecei a meter bala em um por um, está de tiração porra.

Com o susto o menor acabou soltando a sophia e vi a mesma correr bem pro meio do tiroteio, maior besta do caralho. Atirei na perna de um maluco que estava tentando chegar perto dela e logo sinto meu pescoço ser apertado por um filho da puta que chegou por trás, forço meu corpo para frente o fazendo voar por cima de mim e cair deitado no chão, engatilho a arma atirando em sua cabeça e olho  novamente para sophia que agora estava imobilizada por trás e com uma arma em sua cabeça

– pode parar por ai, carioca. - encaro o mané que estava atrás da mesma, mas não o reconheço

Ouço um disparo e logo abaixo vendo a bala acertar no vidro do carro que estava atrás de mim, alguns vidros voam em minha direção e sinto minha pele queimar quando me perfuram em vários locais diferentes, forço os olhos por conta da dor e sinto meu ódio aumentar ainda mais

Miro no filho da puta que havia me atirado dando 3 tiros em suas pernas e barriga, ele cai gritando no chão, mas o deixo vivo para que sinta bastante dor antes de morrer

Agora restavam apenas dois além do que estava com sophia imobilizada, olho em seus olhos vendo que a mesma estava com medo e sem entender o que estava acontecendo

– qual a sua, desgraçado? - rosno em direção a eles que riem alto

– não é nada pessoal, carioca. Na verdade não imaginava te encontrar assim logo de cara - ele diz rindo

– larga ela e a gente resolve - digo e ele aperta ainda mais seu braço no pescoço de sophia me fazendo chutar o carro com raiva ao ouvir o grito de dor da mesma

– ela é tão importante assim? Confesso que não imaginava - ele diz e dou um passo em sua direção – se der mais um passo, vou matar ela. - paro engolindo em seco

– carioca - ela diz baixo e vejo seus olhos começarem a revirar e atiro minha arma no chão

– larga ela, porra - chuto a arma para perto dele que ri afrouxando o aperto e sophia suspira fundo

– desarmado e sem a tropa do Vidigal, o que vai ser de você em, carioca? - continuo o encarando sem desviar meu olhar nem por um segundo, não importa o que aconteça, vou arrebentar a cara desse desgraçado

Os outros dois vapores miravam em minha cabeça e sabia que a chance deles resolverem me matar aqui e agora era muito grande, mas que se foda.

A única que não poderia morrer aqui é sophia, a única que interessa nessa merda toda.

Mesmo que depois eu mesmo a mate para que não fuja dessa forma nunca mais

– para de ser um covarde e vem até aqui resolver essa porra, só se garante dessa forma? Estou desarmado e você precisa fazer a garota de refém? - digo rindo com deboche e o vejo bufar

– sei muito bem do que você é capaz, carioca. - ele retruca e sorrio de lado – mas estou vendo que nossa princesa aqui está valendo muito para você, então vou levar ela comigo. - ele diz e atira nos pneus de minha moto

– carioca, por favor - sophia suplica e sinto um nó se formar em minha garganta por estar com as mãos amarradas, se eu tentasse qualquer coisa eles não mediriam esforços para matar ela, e não consigo nem pensar nessa possibilidade

– eu vou te buscar, nem que eu precise chegar ao inferno - digo entredentes

– ela vai ter um tratamento especial, não se preocupe - ele diz e se vira enquanto os outros dois continuam com as armas apontadas para mim

Vejo o mesmo entrar no banco traseiro do carro levando sophia com ele, desvio rapidamente da mira dos otários chegando em minha arma, a pego atirando nos dois sem pensar em nada e ouço o carro cantar os pneus saindo dali com pressa

– FILHO DA PUTA! - grito dando um soco no chão antes de me levantar indo até minha moto que não estava em nenhuma condição de andar

Vou até o cara que ainda estava caído no chão e vivo, o seguro pelo pescoço puxando o mesmo de forma que sua barriga curvasse e ele grita de dor

– de onde você veio? - pergunto e o mesmo fica calado, o atiro novamente no chão o fazendo bater a cabeça e coloco o pé em seu ferimento da bala forçando cada vez mais

– pedreira, caralho - ele grita e destravo a arma atirando no meio de sua cabeça

– era só isso que eu precisava. - digo saindo dali, abro o carro que estava na beira da estrada e faço um macete que o liga, logo estava de volta no Vidigal, desço do carro e os menor correm em minha direção sem entender o que estava acontecendo

– qual foi? - magrelo diz olhando os vários machucados causados pelos vidros que voaram em mim

– pegaram a sophia e eu vou regaçar um por um da pedreira. - digo firme

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Atração perigosaOnde histórias criam vida. Descubra agora