Mary Stuart
Antes da Festa de São Miguel, todos da corte, por cortesia da família real, foram convidados a comparecer a um banquete generoso, um reconhecimento aos trabalhos prestados por cada servo do castelo, uma bela atitude, realmente.
Após colocar um vestido verde claro que dá vida a fantasia de caçadora, finalizo com brincos de esmeraldas e após pegar minha máscara, saio do quarto, suspirando aliviadamente por não ver Darnley... Não sei se será fácil dizer a ele que receberei outros pretendentes, pois tenho certeza de que isso não irá intimidá-lo.
Chegando no grande salão, me deparo com toda a família real, e enquanto meu olhar percorre cada um dos rostos presentes, sorrio para Catherine que retribui o gesto e logo após meu olhar se direciona até Francis... Não nos falamos ou ficamos sozinhos a um tempo, e ainda me dói muito tratá-lo assim. Não acho que podemos voltar a ter intimidades, mas devemos tratar um ao outro como amigos, pelo menos. Ainda não sei quanto tempo ficarei na corte, e se diariamente for obrigada a vê-lo, não quero que continue sendo assim, precisamos nos entender, sem mencionar o que já passou. Pensando nisso, o vejo sentar em uma das cadeiras ao redor da mesa e sento ao seu lado, sem dizer nenhuma palavra inicialmente, só tentando me aproximar aos poucos, tentando dar fim a barreira que ergui entre nós.
- Majestade... - Ele diz formalmente, sem nem ao menos esboçar um sorriso.
- Alteza. - Digo no mesmo tom de voz, pensando que talvez ele esteja mesmo magoado e dificilmente conseguirei fazê-lo entender que desejo fazer as pazes.
- Estamos aqui hoje para retribuir todo o trabalho prestado, todo o esforço diário de cada servente, lembrando que vocês são valorizados e que fazem parte da nossa história! - Francis se levanta e diz a todos presentes no banquete, suas palavras me fazem sorrir, me fazem pensar que será um grande Rei um dia.
- Acho que farei um banquete assim, quando retornar a Escócia... É uma bela homenagem, um dia em que ninguém é melhor do que ninguém. - Digo aos sussurros a Francis após vê-lo se sentar.
- Cada súdito é valioso, não sabemos se eles entendem de fato, mas são os súditos que nos mantém no trono, uma revolução é a ruína de um monarca, mas nunca terão motivos para isso se os tratarmos como iguais. - Ele diz em meio a um sorriso, e logo vejo seu olhar desviar até meus lábios, ato que ele disfarça, mas não me incomoda.
Já a meia hora após o início do banquete, estava tão distraída enquanto conversava com as minhas damas que nem ao menos percebo uma das mãos de Francis tocar uma de minhas coxas por debaixo da mesa... Até que o sinto apertá-la. - O que pensa que está fazendo? - Digo quase em um tom de voz imperceptível, somente pra que Francis possa ouvir, mas isso não o faz parar, o que me faz levar uma das mãos até embaixo da mesa, porém, antes que eu o afastasse, sinto ele segurar minha mão com firmeza e no mesmo segundo levá-la até centímetros abaixo da altura de sua cintura, onde, no mesmo segundo, consigo sentir sua ereção, o que me faz tentar afastar a mão com toda a força que consigo, mas ele aperta o volume que há por dentro de sua calça com a mão sobre a minha, me fazendo sentir o quão duro está...
- Mary, minha querida... Se sente bem? - Catherine pergunta e no mesmo segundo Francis solta a minha mão, me fazendo suspirar fundo, ofegante, sem conseguir nem ao menos formular uma resposta para a pergunta que Catherine acabará de me fazer, já que jamais poderei contar o que acabou de acontecer.
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Meu Príncipe Francis
RomanceApós um ataque inglês e inúmeras solicitações de apoio às nações católicas das quais a Escócia é vizinha, somente o Rei Henry ll da França enviou um de seus exércitos para socorrer a nação da Rainha Mary. Seu filho, o Delfim da França, o príncipe Fr...