Reviravoltas no Futuro

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Catherine De Médici

Enquanto voltava aos meus aposentos, necessitando ler uma carta de uns de nossos espiões na corte inglesa, ouço um pedido de socorro, porém, a voz me soa familiar e ao me aproximar, vejo de quem se trata. - Tire as suas mãos dela! Guardas! Guardas! - Me deparo com uma cena hedionda, Lorde Darnley por cima de Mary, após rasgar a saia de seu vestido, Mary com o nariz sangrando e hematomas nos pulsos.

- Mary, meu Deus! O que ele fez com você?! - Digo após os guardas chegarem, ajudando Mary a se levantar, ela aparenta ter tentando resistir ao máximo contra o ataque, mas sei que ela não teria a mínima chance de se salvar.

Caso eu não tivesse aparecido, esse animal a teria estuprado sobre o chão do castelo, na minha corte, na minha casa. - Levem-no até o calabouço! E notifiquem o carrasco, ele morrerá ao anoitecer! - Digo sem pensar suas vezes, enquanto coloco um dos braços de Mary apoiados atrás de meus ombros, ajudando-a a andar até seus aposentos.

- E mandem um médico aos aposentos de Mary! O mais rápido possível! - Digo antes que os guardas sumissem ao virarem o corredor.

- Mary, fale comigo... - Ajudo ela a se deitar. - Você vai ficar melhor, amanhã mesmo o melhor médico da França virá a corte. - Eu dei a sugestão de convidar Darnley a corte, sugeri ele como suposto noivo e agora a vejo assim, a culpa cai sobre mim inevitavelmente, e é uma sensação horrível.

Nostradamus chega aos aposentos de Mary...

- Ela foi agredida, por favor, ajude-a. Se precisar de algo, qualquer coisa, arranjarei. -

Nostradamus se aproxima e limpa os sangramentos, perguntando a Mary os lugares exatos onde ela sente dor... - Ela não foi ferida ao extremo, precisa repousar, mas ficará bem..- Ele diz e suspiro aliviada, porém, antes que ele completasse os curativos nos pulsos de Mary, ela se contrai na cama, reclamando de dor no estômago e dor de cabeça.

- Estou sentindo dores desde ontem... - Ela diz baixinho, com dificuldades para falar devido a um ferimento no lábio inferior.

- Deveria ter me dito, chamaríamos Nostradamus ou algum especialista. - Digo, advertindo-a.

- Achei que não fosse nada, agora não tenho mais certeza do que seja. - Ela diz, e Nostradamus volta a examiná-la.

- Terei que testar algumas ervas, para excluir algumas hipóteses, não posso dizer o que é de fato agora. - Nostradamus diz, o que me deixa apreensiva. Se Mary estiver com alguma doença grave, Francis se culpará, achando que a vinda até a França foi a motivação dela adoecer.

- Precisa repousar. Quer que eu chame as suas damas? Para lhe fazer companhia. - Sento na beira da cama após Nostradamus sair dos aposentos, e pergunto.

- Não quero que Francis saiba... - Ela diz e no mesmo segundo vejo lágrimas deslizarem pelo seu rosto.

Mary Stuart

- Mary... O que aquele homem fez, não foi sua culpa. Você e eu mesma não podíamos prever isso, fomos enganadas e Francis tem o direito de saber, por favor, não afaste ele. Vocês podem não casar, mas sua presença, é o que tem trazido alegria a ele. Não posso pedir que vocês se afastem, em um momento que você mais precisa dele. - Catherine diz. Nunca imaginei que a mãe de Francis me faria ver o quanto preciso dele, e que não preciso lutar contra isso.

- Preciso dele... Eu o amo, Catherine. O amo tanto... -

- Sei que ama. - Queria tanto ouvir da Rainha da França que eu e Francis podemos nos casar, queria tanto que mesmo se mostrando solidária comigo, ela conseguisse aceitar nossa união. Mas, nem em um momento como esse, sou capaz de conseguir isso.

Meu Príncipe FrancisOnde histórias criam vida. Descubra agora