Pran empurrou Phat e fechou a porta do dormitório. Seu coração pulsava dentro da sua cabeça e também no meio das suas pernas. Ele estava duro, chocado e cheio de tesão.
A voz de Pa chamando por Ink, o trouxe de volta a realidade. Pelo olho mágico, ele viu Pa bater no irmão e fechar a porta. Pran se escorou nas parede e apertou seu membro por cima da calça. A eletricidade do encontro das suas bocas ainda corria pelo seu corpo. Ele não queria mais pensar nisso, ele não queria pensar naquele cabelo macio entre seus dedos, muito menos na rigidez da musculatura do seu ombro, no seu riso exagerado de felicidade, nos olhares ora feroz ora fofo, não queria pensar na respiração dele no seu ouvido, no calor do seu corpo.
Pran perdeu a noção de quanto tempo ficou ali, encostado, pensando em não querer pensar no amigo, até ouvir Pa sair.
Ele se afastou da porta como se tivesse medo do que poderia fazer e foi tomar banho para recuperar o juízo. As roupas suadas dele estavam jogadas no chão. Aquelas roupas que marcavam seu corpo e tocavam na sua pele com suavidade.
Não! Pran não iria pensar mais nele e entrou, ainda vestido, debaixo do chuveiro e deixou a água morna cair em sua cabeça.
"Não aconteceu nada" ele dizia em voz alta ao tirar sua roupa molhada.
"Só esbarramos um no outro" ele repetia enquanto ensaboava as mãos.
"A gente se assustou, só isso" ele acariciava o abdomen.
"Ele precisa cortar aquele cabelo" ele apoiou um dos braços na parede.
"Aquele rabo de cavalo idiota" sua mão começou a se movimentar em vai e vem
"É ruim pra secar, meus dedos se enroscaram" ele aumentou a velocidade.
"Se meus dedos se prenderem naqueles fios e eu puxar muito forte, vou machucá-lo" ele apertou a base do pênis, não queria terminar agora e recomeçou mais lento, lembrando do rosto de Phat sorrindo quando ele prendeu seu cabelo, sorrindo quando se aproximou na cozinha, sorrindo como um cachorrinho perdido no corredor, ele não conseguia parar de pensar nele e gozou com um lamento alto.
Pran juntou suas roupas molhadas com as roupas suadas dele e levou para lavanderia.
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Nos dias seguintes, Pran e Phat se evitavam. Se um estava perto do elevador, o outro ia pela escada; se um estava na porta, o outro ficava sondando até o corredor ficar livre.
Pran também ignorava Pa, ele não teria condições de estar perto dela sem dar sinais de... Sinais de que? Ele não sabia explicar, ele não queria pensar, às vezes ele só queria sumir.
Até a presença de Korn nos ensaios era um lembrete da existência de Phat. Ver Wai e o namorado juntos, de chamego, abraços e carinhos era um martírio.
Por sua vez, Phat estava evitando a biblioteca e qualquer prédio que não fosse o da Faculdade de Engenharia. Sua vida estava bem difícil e limitada agora, porque também não queria voltar para casa, ainda era difícil para ele ficar perto de seu pai.
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Como estavam no início do semestre, alguns calouros vinham com certa frequência assistir a banda tocar. Algumas pessoas ali já eram familiares aos músicos, apesar deles não as conhecerem pessoalmente.
Pran estava mais tranquilo porque já tinham se passado duas semanas desde o dia que "nada" aconteceu e ele estava tendo sucesso em não encontrar Phat.
Até aquela tarde.
Ele e Wai estavam chegando para ensaiar e viram Phat sentado em frente a bateria com alguns dos calouros a sua volta. Um deles, particularmente pequeno e fofo, estava com a mão no ombro de Phat, que parecia explicar algo sobre as viradas e harmonia, pois tocava o prato e bumbo ao mesmo tempo.
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No palco - Bad Buddy Multiverso
FanficNanon lançou essa música, "Please try again" e ele gosta muito dessa ideia de mundos alternativos, por isso eu fiquei pensando: E se Ming perdesse a bolsa de estudos para Dissaya? E se Dissaya conseguisse a bolsa, mas largasse no meio pra casar? E s...