Pran se levantou, foi ao banheiro e trouxe um pedaço de papel para Ming limpar os olhos e o nariz. Ele o agradeceu com um aceno de cabeça, se levantou e andou rápido para o quarto, sem esperá-lo.
Wai e Korn viram Ming passar apressado e de cara fechada e correram para encontrar Pran.
"Está tudo bem?" Eles perguntaram ansiosos.
"Sim, eu o avisei. Está tudo bem!"
Pran não tinha assimilado todos os acontecimentos do dia, então optou por não contar para ninguém sobre a conversa com o sogro.
"Phat falou o que aconteceu, como ele caiu?" Wai perguntou nervoso.
"Ele não lembra."
Phat ainda ficaria em observação aquela noite. A mãe dele e Pa decidiram ficar no hospital e Pran não quis ir embora. No meio da noite, Pa acordou o amigo, que dormia na sala de espera, para que ele ficasse com seu irmão um pouco.
No dia seguinte, Pran saiu para comprar um café. Nesse intervalo, o médico passou pelo quarto para assinar a alta; Ming tinha acabado de chegar e disse que eles iriam para casa.
Phat se recusou, sua vontade era ir para SUA casa, seu lugar junto com Pran. Ming estava visivelmente contrariado e ia começar a discutir, quando sua esposa colocou a mão sobre seu braço e o apertou, refreando sua raiva. Nessa hora, Pran entrou no quarto e Ming o encarou.
"Sua mãe pode cuidar de você em casa, por isso seria melhor você vir conosco." Ele disse e respirou fundo "Mas se sua vontade é outra, tudo bem." Ming parecia perdido e olhou novamente para Pran e saiu.
"Se a senhora quiser ficar conosco, vamos ficar felizes!" Pran falou se aproximando da mãe de Phat e ela concordou sem consultar o marido.
Phat estava bem fisicamente, mas sua cabeça doía muito e ele dizia que parecia ter espinhos dentro da pele. Os remédios o deixavam sonolento e ele dormiu assim que deitou na sua cama.
Pran ligou para P'Aof e avisou que ele não iria para o estágio e informou sobre o estado de saúde do namorado.
A mãe de Phat cozinhava o jantar e Pran a ajudava quando Dissaya tocou a campainha. Pran ficou feliz com a visita e repassou toda história, sem conseguir se controlar, ele chorou abraçado a ela.
Dissaya limpou as lágrimas do filho, após se acalmar, eles foram para a cozinha. Os três ficaram conversando e cozinhando, entre os assuntos, Dissaya contou que viu Ming passar a tarde lavando e polindo o carro de Phat e eles se encheram de esperança de uma mudança de comportamento dele.
Phat acordou faminto e ficou animado ao ver parte da sua família ali. O jantar foi tranquilo e era tudo o que ele precisava para se sentir melhor.
A mãe de Phat viu que ele estava bem e decidiu voltar para casa com a vizinha. Ela não tinha mais receio de Ming, no entanto achava, dentro do seu coração, que ele precisava dela. Pran poderia cuidar do filho tão bem quanto ela, ele estava em boas mãos.
Phat tomou seus remédios e deitou no peito do namorado, jogando todo peso do seu corpo sobre Pran e sua respiração fazia cócegas, mas ele não se mexeu. Phat dormia com a boca levemente aberta e ressonava baixinho, do jeito que tinha que ser. Com o tempo as marcas roxas intrusas e o corte sumiriam e ficaria tudo bem. Pran o abraçou mais apertado e ficou vigiando seu sono até de madrugada.
_______________Pran estava terminando de fazer o café da manhã, quando sentiu os braços dele envolta da sua cintura e o queixo encostando no seu ombro. Ele inspirou profundamente tentando não chorar. Por algumas horas, naquele dia, ele achou que tinha perdido isso para sempre. Ele deitou sua cabeça para trás e relaxou.
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No palco - Bad Buddy Multiverso
FanficNanon lançou essa música, "Please try again" e ele gosta muito dessa ideia de mundos alternativos, por isso eu fiquei pensando: E se Ming perdesse a bolsa de estudos para Dissaya? E se Dissaya conseguisse a bolsa, mas largasse no meio pra casar? E s...