Parte 19 - Recomeço

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Phat cumprimentou Dissaya e seu esposo e perguntou se Pran já estava pronto, ele queria ir para casa. Durante o caminho de volta no ônibus, Pran ouviu Phat contar por telefone para a irmã  como tinha sido a conversa com o pai e depois Phat dormiu.

Eles compraram algumas coisa para comer quando chegassem em casa e enquanto Pran estava tirando as coisas das embalagens, Phat o abraçou por trás e o cheirou.

"Você podia pegar pratos, copos, talheres, né? Ajudaria bastante."

"Não quero!"

Ele não estava bravo, porque tudo o que queria era esse namorado carente de volta.

Phat o apertou mais forte e o beijou na bochecha com força, depois o soltou e foi arrumar a mesa.

"Eu estava pensando em contar para o Korn."

"Então eu vou falar com Wai. Porque eles são casal fofoqueiro, o que um sabe o outro sabe."

Phat riu do comentário.

"A gente pode marcar com os dois e falamos juntos, pode ser?"

Eles se sentaram e começaram a comer.

"É bom que você fale com o Korn, quem sabe assim ele para de querer te empurrar para as meninas que te seguem na faculdade."

"Que meninas?" Phat o fitou curioso.

"Korn disse que tem muitas garotas atrás de você e uns caras também."

"Você estava ouvindo minha conversa com ele no aniversário da minha mãe? A gente só falou sobre isso lá" Phat tinha parado de comer e encarava o namorado.

"Eu não estava te espiando. Eu estava no meu jardim e vocês falam alto." Pran respondeu com pouco caso.

"Já que você quer falar sobre isso" Phat soltou seu garfo e se encostou na cadeira "O que minha irmã quis dizer sobre..."

"A Pa fala muito!" Pran o interrompeu.

"Agora eu quero saber, por que você é canalha? Você é tipo um pegador? Eu preciso me preocupar?" No início, Phat teve ciúmes, mas agora estava preocupado porque eles tinham transado sem camisinha.

"Não! Eu saí com algumas pessoas, mas não sentia vontade de ficar com elas por muito tempo e Pa me julgava por isso." Pran ia voltar a comer, porém o rosto tenso do namorado o fez parar.

"Você usava camisinha?"

"Claro!" Agora Pran entendia sua feição "Eu só transei sem camisinha com você."

Phat o olha desconfiado.

"Ok, eu fiz... é... eu chupei alguns caras sem usar nada" era embaraçoso falar sobre o que ele já tinha feito com outras pessoas e Pran queria que essa conversa terminasse logo.

"Eu tenho que me preocupar?" Phat ainda estava sério.

"Não! Eu já disse que não. Eu fiz teste depois. E você fala como se só eu fosse capaz de transmitir alguma coisa. E você? Você usava camisinha sempre?" Pran estava levemente insultado e na defensiva.

"A única vez que transei com uma garota, eu usei sim."

"Você só ficou com uma garota? Você? gostoso assim? Você quer me convencer que só transou com uma garota? Vai se foder, Phat!"

"Eu só transei com uma garota e uma única vez."

Pran não acreditava no que ele dizia.

"Eu gostava dela, mas ela se mudou. Depois disso, eu não gostei de mais ninguém." Phat voltou a comer, encerrando o assunto.

"Ela era uma nota dez?"

Pran estava irritado por ter tido esse pensamento e a risada sarcástica de Phat o fez ficar ainda mais nervoso.

"Ela era, Phat?"

"Eu não lembro." ele sorriu.

Pran se levantou e foi em direção a cozinha e Phat o seguiu.

"Pran..."

"Eu só vim pegar mais água gelada."

"Ela foi importante para mim, eu não quero falar dela. Eu quero ficar com você!" Phat falava sério e Pran o empurrou e tentou passar por ele.

"Pran, estou falando a verdade." Ele o segurou pelo braço. "Cada vez que a gente se separa, eu me sinto despedaçar, você é muito valioso para mim. Sem você, nada mais importa. Te dou minha palavra. " Phat falava e soava como música aos ouvidos de Pran. "Não pensa nela, não é ela quem eu quero na minha vida, não foi por ela que eu enfrentei meu pai."
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Pa desligou o telefone e se sentiu feliz pelo irmão e por tudo o que ele disse para o pai deles. Seu irmão nunca desrespeitaria seu pai, contudo, ele não merecia ser maltratado daquela forma pelo resto da vida. Ela acreditava que era um processo pelo qual ele precisava passar para amadurecer, por mais que fosse doloroso. Ela era grata por Pran estar com ele, trazendo o de volta para casa em segurança.

O apartamento de Ink era grande e bem decorado. Era uma herança da sua avó e, por esse motivo, ela não precisaria dividir o aluguel, mas Pa não aceitaria viver às custas da namorada e já estava procurando algum jeito de ganhar dinheiro. Ink disse que ela poderia ser ajudante nos ensaios e sessões de foto que ela fazia esporadicamente, entretanto Pa era orgulhosa demais para aceitar mais essa ajuda.

No dia seguinte, depois das aulas, ela foi até algumas cafeteiras e lanchonetes onde ela pensou que poderia encontrar vagas de meio período. Sem sucesso, ela foi ao shopping, apesar de ser mais longe da sua casa, poderia ter alguma coisa.

Pa estava frustrada, ela nunca precisou ser preocupar com trabalho e receber tantos nãos era irritante.

De longe, ela viu Dissaya passeando com uma amiga e a cumprimentou com um aceno. A mãe de Pran sorriu e foi até ela. Mesmo a amizade entre Pa e Pran sendo de longa data, as duas nunca conversaram de verdade. Eram somente cumprimentos e formalidades.

Dissaya a abraçou calorosamente, para espanto da garota. Ela apresentou sua amiga, Davika; as duas se conheceram na faculdade e eram amigas até hoje. Davika sabia sobre a a relação conturbada entre Ming e Dissaya, e as duas sabiam sobre os acontecimentos recentes e confortaram Pa, que não se sentia a vontade para falar sobre isso nesse momento. Para mudar de assunto, ela contou o motivo de estar ali e, brincando, perguntou se ela sabiam de algum trabalho ou vaga para indicar.

Davika a encarou com seriedade e fez algumas perguntas sobre seu curso, seus interesses e no final perguntou se ela gostaria de estagiar na empresa de publicidade e propaganda em que ela trabalhava.

Pa não acreditava na sua sorte e aceitou.

Saindo de lá, ela mandou uma mensagem de celular para o grupo Família, onde estavam Ink, Phat e Pran.

Ela chegou em casa e beijou Ink, que estava terminando de arrumar suas coisas da faculdade. Elas e os garotos iriam jantar fora para comemorar o novo emprego.

Pa foi para o banho e não demorou muito tempo, a porta abriu e a Ink entrou no chuveiro com ela.

"Faz tempo que você não pede minha ajuda." Ela tocava a cicatriz na barriga de Pa.

"Ai! Você me ajuda a lavar o cabelo?" Pa fingiu uma dor inexistente e riu.

Ink segurou seu rosto com as duas mãos e a puxou para um beijo profundo. Ela encostou a namorada na parede, fez espuma nas mãos com o sabonete e começou a espalhar por todo corpo de Pa. Suas mãos iam do pescoço para os seios, alisando e apertando, depois desciam pela cintura, onde ela segurou forte e a puxou para beijá-la, enquanto sua coxa entrava no meio das pernas dela.

"Pedi para me ajudar a lavar o cabelo, Ink!" Pa gemia e suspirava.

"Se você quiser, eu paro!"

Pa a olhou e passou os braços em volta dos seus ombros e a trouxe para mais perto e a beijou.

No palco - Bad Buddy MultiversoOnde histórias criam vida. Descubra agora