Parte 15 - Onde quero estar

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Phat não se sentia a vontade para contar sobre o namoro para as pessoas, principalmente porque seria um grande problema na sua família. Pran entendia e eles decidiram manter o relacionamento entre eles.

Com Pa ficando na casa de Ink a maior parte dos dias, Phat não viu problema em passar mais tempo com Pran. Só existia um empecilho: Pran.

Por algum motivo cruel, o curso do seu namorado exigia muitas atividades extra classe e Pran no modo estudante ativado resultava em Phat carente e abandonado. E se isso já não fosse ruim o suficiente, muitas vezes era Phat quem o lembrava de comer ou dormir; uma das noites, ele acordou de madrugada e Pran havia voltado a estudar e eles discutiram.

Phat sabia como o namorado era quando estava focado em algum assunto e ele tinha acabado de descobrir coisas sobre ele próprio que o deixavam inseguro.

Em geral, Phat era muito independente, responsável e um pouco introvertido. Ele sabia que era assim até se envolver com Pran. Estar ao lado dele significava que Phat podia amado, e ele se permitia isso, como se todas as barreiras de auto proteção que ele criou durante toda sua vida não fizessem sentido na presença do namorado. Isso era reconfortante e assustador.

O efeito dessa guarda baixa, foi o surgimento de uma necessidade constante de estar ao lado dele, essa dependência (ele via dessa forma) o preocupava e muitas vezes ele sentia que estava atrapalhando.

Seu jeito para lidar com essa sensação foi se afastar, dar espaço a Pran e se isolar. Eles se viam todos os dias, mas ele não passava mais do que uma hora com ele. Mesmo assim, vez ou outra, ele deixava algum lanche na porta de Pran com um bilhete, ia para seu quarto e ficava sondando pelo olho mágico para ver reação dele ao encontrar a surpresa. Ele sempre sorria e suas covinhas apareciam para felicidade de Phat, que abria a porta pra roubar um beijo.

Pran, por sua vez, queria ter mais tempo para ele, mas quando achava que estaria livre, outro relatório, seminário ou projeto apareciam. As surpresas de Phat eram as únicas coisas que o alegravam nesses dias.

Eles estavam juntos há pouco mais de um mês e, além daquele dia,  eles nunca mais transaram: ou Pran estava muito ocupado ou muito cansado ou a duas coisas. Phat o masturbou uma noite, porque disse que ele precisava relaxar. Pran queria ter tempo para o namorado, fazer coisas de namorado, mas estava difícil.

Um dia Phat estava mais triste que o normal e Pran desconfiava de que tinha acontecido outra discussão com Ming. Ele percebeu que nem tempo para conversar direito eles tinham. Ele não queria perdê-lo.

Phat se isolou ainda mais e Pran não sabia como ajudar ou o que fazer. Eles se conheciam a vida toda, mas entender todas as nuances de quem era a pessoa ao seu lado ainda era uma novidade. A única ideia que lhe ocorreu foi colocar a camisa que tinha usado naquele dia na porta do quarto dele e o sondou do mesmo jeito que ele fazia. Phat pegou a camisa e a cheirou, fechou os olhos e riu. Pran abriu a porta com o coração mais tranquilo e cumprimentou o vizinho.

Phat foi até ele e o beijou delicadamente e se virou para voltar para sua casa, mas desejo reprimido por tantos dias aflorou. Ele queria esse Vizinho, seu corpo, esse corredor, ele próximo a porta, tudo era tão familiar.

Pran examinava, curioso e enfeitiçado, o olhar em transe de Phat, que passava a língua pelos lábios

"Você precisa de alguma coisa?" Nanon perguntou.

Phat andou na direção dele, o virou de costas e pressionou contra a porta e esfregou seu membro contra a bunda dele e sussurou no seu ouvido:

"Exatamente como eu me lembrava, Vizinho!"

Pran ansiava pelo beijo de Ohm. Phat!! O que ele estava pensando? Ele ansiava pelo beijo do seu namorado. Eles não tinham se beijado no dia que ele o masturbou. Pran balançou a cabeça e várias memórias que não pertenciam a ele surgiram na sua frente. Pran sabia que era apaixonado por Ohm. Ele lambia seu pescoço e continuava roçando o pau na sua bunda.

No palco - Bad Buddy MultiversoOnde histórias criam vida. Descubra agora