Tudo aconteceu tão rápido... Em um momento Jungkook estava me abraçando contra o seu corpo e no outro ele lutava contra seu tio em uma velocidade na qual eu conseguia apenas ver os vultos. Mas ouvir os grunhidos de Jungkook era possível. A vontade de fazer algo só crescia, assim como a minha angústia de ter que esperar o desfecho disso tudo.
- Eu preciso fazer algo... – soei baixo, mas Jaebeom virou minimamente o seu rosto e balançou a cabeça em negação.
- Acredite nele. A aura dele está tão massiva quando da vez em que precisou eliminar opositores no seu breve reinado... Não. Está mais intensa do que antes.
- Como assim? – questionei sem entender muito bem aquilo – Aura...?
- É assim que é determinado a força dos Jeon’s. Quanto mais eles matam, mais intensa ficam suas auras, sem instintos primitivos. Não é apenas uma questão de quem bebe mais sangue. – dizia aquilo com certa dificuldade por conta do seu ferimento – Eu me pergunto quantos mais o jovem mestre matou desde que deixou esse lugar...
Engoli seco ao pensar naquilo. Jungkook já havia demonstrado alguns sinais dessa sua aura antes, mas não se comparavam nem um pouco ao seu estado atual. Eu conseguia sentir. Um arrepio percorria a minha espinha só de estar próximo dele... Mas talvez não fosse uma reação apenas por causa dele, afinal desde que eu entrei aqui sentia isso.
Então vi Jungkook finalmente parar e se afastar. Meu peito apertou ao ver que estava ferido em várias partes do corpo, porém ele estranhamente tinha um sorriso mínimo nos lábios. Jungkook devia estar se sentindo livre por poder lutar daquela forma, era o que dava a atender. E por um instante, achei que essa sua convicção fosse ser o suficiente para tudo acabar bem, mas não foi.
Eu pisquei um segundo e no outro meus olhos arregalaram assim que vi seu tio com a mão atravessada por trás do corpo de Jungkook. Eu precisava fazer algo, ou então Jeon seria de fato morto.
Não pensei duas vezes e peguei a pequena adaga que havia deixado bem guardada entre minha cintura e a calça que usava. E sem nenhuma hesitação, fiz um corte em meu braço.
Johan automaticamente deixou Jungkook cair no chão e veio logo em minha direção. Agiu tão rápido, que nem Jaebeom pôde fazer algo para pará-lo, tanto que foi empurrado para longe. E assim que fui erguido do chão pelo braço o qual havia feito o corte, grunhi pela força que ele o apertava. Tal ação fazia o sangue escorrer por ele.
- Esse aroma... – ele dizia com os olhos vidrados no sangue que escorria. A essa altura o meu feitiço já havia se desfeito. Logo senti a sua língua percorrer certa extensão de meu braço e eu só pude morder o meu beiço com certa força por achar aquilo repugnante – Doce. – disse sorrindo em seguida.
- Se afaste dele! – Jungkook soou alto. De onde eu estava conseguia ver que ele não estava em boas condições para se mover. Até cuspiu sangue após sua fala.
A situação era nitidamente crítica e eu não via uma maneira de todos saírem vivos. Então direcionei o meu olhar ao ser a minha frente.
- Humano, seu olhar me lembra a Ayla, mas o seu cheiro supera o daquela humana... Torne-se meu.
Ouvir aquilo me fez cerrar o punho. Como ele podia ser tão ruim daquele jeito? O quão fora de si ele deve ser para ter matado Ayla e ainda ter feito o que fez com Jieun?
Mesmo agora eu estando a beira da morte, eu queria entender aquilo. Tudo o que aconteceu foi injusto. Por causa desse ser, Jeon sofreu duas grandes perdas e precisou lidar com aquilo. Precisou suportar e superar aquela dor e agora por minha causa ele também estava em perigo.
- Vai pro inferno. – aquelas palavras que saíram de minha boca me surpreenderam, mas ao mesmo tempo me senti tão bem.
- Como?
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"Hello, my dearest young master" - Taekook (Vkook)
Fiksi PenggemarTaehyung ao aceitar fazer parte do elenco de uma série, não esperava ser pego de surpresa logo em seu primeiro dia. "Olá, meu queridíssimo jovem mestre" Foi a primeira coisa que Jeon Jungkook disse ao vê-lo, mas além da abordagem, nunca pensou que o...