"Hello, my dearest young master" - Taekook (Vkook)

Permission

Como eu esperava que fosse ser, os pais de Taehyung não foram contra o nosso relacionamento. A senhora Kim foi quem mais ficou contente pela notícia, afinal ela gostava de mim por causa dos meus trabalhos como ator. Inclusive disse me acompanhar desde o meu primeiro trabalho aos 18 anos.

Bem, não é a minha primeira profissão durante a minha vivência, e nem é a minha primeira vez atuando, mas para essa geração eu sou um artista muito promissor. Pelo fato de eu não envelhecer, acabo tendo que sumir por um tempo, até que esqueçam de mim. Por conta disso, precisei esperar quase uma década para voltar as telas.

Esse é um dos pontos ruins de não envelhecer. Acabo flutuando por diversas vidas. Uma das que eu deixei para trás foi ser presidente de uma empresa pequena, já em outra eu fui fundador de uma marca de roupas. Existiram outros cargos pelo qual eu passei, então pude experimentar vários ramos. O que permaneceu igual em todas as minhas profissões foi apenas um ponto; evitar me envolver demais com os colegas de trabalho já que deixarem mais próximos á mim, seria o mesmo que correr o risco de descobrirem o que eu realmente sou.

Isso mudou nessa profissão atual, porque eu me senti atraído pelo Taehyung. Quando me falaram sobre ele, estranhei por terem o escalado para fazer parte do elenco, ainda mais como o protagonista. Mesmo que o sobrenome kim se referisse aos artistas mais promissores, ele não tinha experiência atuando, mas ainda assim quiseram ele. Claro que além de ter estranhado o fato, fiquei curioso, e essa curiosidade aumentou ainda mais quando vi a foto dele.

Era uma foto dele enquanto sorria. Ver aquela foto foi o suficiente para me fazer agir e ir de encontro á ele, sem nem pensar duas vezes. Na noite em que fui verificar por conta própria se ele era apto para desempenhar o papel da série, eu me encantei por ele definitivamente. Então, o observando do outro lado da rua, quando o vento veio, o cheiro dele chegou até mim. Naquele momento eu gelei, e achei que fosse estar imaginando coisas, porque seria impossível que ele tivesse um aroma tão doce.

Foram instantes, mas continuei relutante. Então decidi observá-lo de longe. Observei pelo vidro daquele restaurante. Vi o quanto ele claramente não se sentia confortável estando com aquelas pessoas. Pensei em entrar naquela lugar e tirá-lo daquele ambiente, mas não o fiz. Fiquei curioso em saber por quanto tempo mais ele se submeteria aquele tipo de situação.

A conversa que ele tinha com os outros não era boa, a maneira como eles falavam dele soavam como pura bajulação. Não se importavam com ele de fato. Mas ainda assim ele continuou lá por mais tempo. Eu o observei. Desde suas expressões de desconforto, até os seus olhares perdidos. Ele não sorriu como eu vi na foto. E por eu não ter conseguido ver o sorriso, agi por impulso quando Taehyung finalmente decidiu ir embora depois de uma saída triunfal e uma resposta perfeita para a sua suposta amiga.

Enquanto ele andava por aquela rua deserta, o segui sorrateiramente. Até o jeito de caminhar dele chamava a minha atenção e eu me perguntei como isso era possível. E quando ele me notou e murmurou um simples “droga”, a voz soou como um timbre maravilhoso para os meus ouvidos. A voz dele era ainda melhor de perto e isso serviu para que eu imaginasse outras coisas.

Naquela época talvez eu só estivesse carente e precisasse de uma companhia diferente, mas minha aproximação o envolveu nos meus problemas e então tudo se desenvolveu até que nós chegássemos ao ponto no qual estamos agora. Bem, eu certamente não me arrependo de estarmos juntos, mas eu gostaria de que Taehyung não tivesse passados por momentos perigosos. Certamente guardar memórias de acontecimentos ruins não é legal para ninguém.

- Para alguém que devia estar feliz por ter recebido a permissão dos pais do seu namorado, acho que você está com uma expressão muito fechada. – Jennie falou. Ele estava sentada no sofá de frente para o qual eu me encontrava. Taehyung estava na cozinha tendo que lidar com algumas perguntas certamente constrangedoras dos próprios pais – Está se arrependendo de ter feito isso? Ou quem sabe...