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Nessa história, Dante é um anti-herói.

Não que exista algum herói por aqui, todos estão longe de serem como o Capitão América, o bom moço.

E que segundo a lenda memorável, o maior herói de todos, concorde você ou não, o Homem de Ferro, o Capitão América é um picolé.

Dante não tem atitudes de nenhum herói, mas não é inteiramente mau, pode ter caráter duvidoso, mas quem dessa história não tem desvio de caráter?

Os últimos seis meses de Dante foram resumidos em poucas coisas: dormir, ficar o dia inteiro vendo série, fisioterapia e encontrar um novo hobby a cada semana, já que ele sempre decidia que não era bom e partia em busca de outro.

Ele foi baleado durante o trabalho, por muita sorte foi atingido na perna, mas aquele era risco de ser um policial.

Pouco mais de um mês ele voltou ao trabalho e ganhou a Operação Infinito como presente de boas-vindas, ele deveria se sentir privilegiado por ser tirado de operações de combate e ter sido colocado para investigações. Mas pelo ao contrário, Dante já estava fadado daquilo.

Veja, ele se formou em direito aos 22 e no mesmo ano entrou para a polícia, fazia 5 anos que ele estava naquilo, nos últimos 6 meses ele se questionou se aquele emprego realmente valia a pena, e olha só, ele levou um tiro!

Dante tinha uma boa estabilidade financeira, tinha uma casa ótima que havia gastado bastante dinheiro para deixar do jeito que ele desejara, tinha um carro, conseguia ajudar financeiramente seus pais e não tinha muitos amigos.

Seu fiel companheiro era um vira-lata caramelo com espírito de criança atentada de dente torto e que usa chinelo do homem aranha.

Ele é chamado de Melo, porque é um caramelo... e foi apelidado de Melinho.

Dante não tem muita criatividade, mas achou que seria engraçado.

E é isso, Dante é um homem simples.

Naquele momento marcava dez da manhã e ele lia os arquivos sobre a Infinity, odiando o fato de que estava tudo no monitor e não no papel, onde ele poderia marcar e fazer rabiscos.

O que mais era interessante era que por muito tempo não souberam quem estava no comando da infinity, depois descobriram que ele era conhecido como Gael, mas aquilo não queria dizer muita coisa, recentemente tiveram acesso ao nome completo e verdadeiro do suspeito, agora ele estava na mira.

E o engraçado daquilo era que o dito cujo, Gael, há alguns quilômetros dali estava na praia.

Como em qualquer dia típico no rio de janeiro, o sol queimava a pele, Gael colocou um shortinho de tecido leve, pegou uma ecobag que tinha roubado de Triz, jogou celular e protetor solar dentro, depois calçou os chinelos e foi até a praia, era dia de jogar vôlei.

E sim, ele jogava vôlei todas as sextas de manhã, tal qual um burguês que tem tempo livre o suficiente para praticar algum esporte durante a semana.

Sob o sol quente, as ondas quebram ao fundo enquanto equipes se reuniam e se preparavam para começar a partida, Gael sentiu a areia quente aquecendo os pés, mas já havia se acostumado, estava pronto para o saque inicial.

O som dos banhistas e risos se mistura com o som do mar, criando uma atmosfera animada e descontraída. O jogo começa com um saque, seguido por trocas rápidas e habilidosas, enquanto os jogadores se movem ágeis na tentativa de marcar pontos.

Os jogadores fazem movimentos precisos e certeiros. Gael faz um saque, a bola subindo pelo ar antes de ser golpeada, cortando o vento em direção à área adversária, ele segue jogando e ignorando o suor acumulado na testa

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