「 20 」

301 34 35
                                    

Tinha dez polícias na frente da casa de Gael, todos devidamente uniformizados e dois carros estavam estacionados.

Três deles trabalhavam em abrir a porta com as ferramentas do kit de arrombamento, quatro foram verificar os arredores, dois olhavam as casas próximas e Dante só observava os outros tentando abrir a porta enquanto tinha as mãos no bolso da calça, nenhum pouco interessado naquilo.

Assim que chegou na delegacia naquele dia, foi informado que teriam que investigar a casa às pressas, o pai de algum riquinho que frequentava a infinity deu um dinheiro a mais ao delegado pra dar mais prioridade ao caso.

A questão era que a operação infinito caminhava de forma lenta, Dante não sabe como diabos Gael conseguiu, porém, o esquema de tráfico na boate era complexo, organizado de forma minuciosa e sem deixar muitos rastros, claro que tinha falhas que foram descobertas, mas fora isso, era um esquema impecável.

E o que mais deixava os policiais intrigados era: onde foi para Gabriel de Castro Martins?

Bom, Dante espera que eles nem sonhem que o traficante que estão atrás está nada mais nada menos que na casa dele, como um hóspede folgado.

Eles finalmente conseguiram abrir a porta, revelando o inteiro da casa luxuosa.

O interior da casa de Gael era um lindo, Dante tem que admitir que gosta bastante de design de interiores e arquitetura, assistiu muito "Irmãos a obra". O hall de entrada tinha um lustre - que com certeza custou um rim - pendurado no teto alto e decorado com detalhes em dourado. O chão era de mármore, refletindo a luz suave que vinha através das enormes janelas que ocupavam a parede do chão ao teto.
À esquerda do hall, uma sala de estar se estendia, mobiliada e o sofá parecia confortável, ali era possível ter a vista do jardim e da piscina. À direita, uma sala de jantar, uma cozinha equipada com eletrodomésticos e tudo surpreendentemente organizado.

Os policiais avançaram pela casa, revirando os móveis dos cômodos, dando prioridade ao quarto espaçoso com cama king size, que diferente da cozinha, estava uma bagunça.

A atmosfera era de tensão e expectativa enquanto os policiais continuavam sua busca, cada um deles atrás de qualquer coisa que os levasse até Gael.

A curiosidade de Dante foi despertada e ele andava pelo local tirando os objetos do lugar, observando tudo, tentando não demonstrar o desconforto que sentia, ele sabia que cada segundo contava e que a pressão estava sobre eles para resolver o caso rapidamente.

Os policiais continuavam a vasculhar cada canto da casa, abrindo gavetas, armários, cães farejadores foram trazidos para auxiliar, percorrendo cuidadosamente cada sala e corredor em busca de qualquer sinal de drogas ou outras evidências.

Apesar de todo o luxo e extravagância da casa, Gael tinha sido cuidadoso em manter sua real profissão bem escondida. Os policiais não encontraram nada que pudesse incriminá-lo diretamente. Não tinha documentos importantes, o computador parecia que tinha saído da caixa, a configuração estava de fábrica e sem nenhuma informação e cofre, bem, estava vazio.

Enquanto caminhava pelo closet, Dante notou um brilho sutil vindo de uma das gavetas que tinha divisórias. Ele se aproximou e encontrou um colar fino de ouro, tinha um pingente de uma cobra enrolada que no meio formava o símbolo do infinito, sem chamar a atenção dos outros policiais, Dante rapidamente o pegou e o escondeu no bolso do seu uniforme.

Passaram cerca de duas horas revirando todos os cantos da casa e não tinha nenhuma prova, nenhuma falha, hackearam o sistema de câmeras e era um loop infinito da mesma imagem, não aparecia ninguém na filmagem em vários dias.

- A gente precisa achar esse rato! - O comandante da operação falou, quando todos eles já estavam de volta à delegacia reunidos, ele estava tão puto que bateu a mão na mesa de madeira com força. - É impossível que não tenha nenhuma falha.

Infinity | Romance gay Onde histórias criam vida. Descubra agora