- Tu tá achando que é quem pra tá falando comigo assim, porra?!
- Tu é pouca merda, se enxerga, garoto.
- Sorte tua que eu saí de uma foda muito boa e não tô com meu canivete.
- Ih, como se eu tivesse medo, não se garante no braço?
Essas e muitas outras atrocidades foram ditas em gritos, os dois homens na casa dos vinte estavam aos berros, um deles só de cueca, com cabelos bagunçados e a maior cara de pós-sexo, o outro estava vestido casualmente, regata e shortinho de tecido leve, a questão não era nem o que eles estavam vestindo, isso só foi uma enrolação, vamos voltar ao foco.
Enquanto a discussão rolava solta, "Sou musa do verão" da Luísa Sonza e Marshmallow tocava na Alexa depois de Gael dar o comando de voz.
O dito cujo e protagonista dessa história saiu da sala - onde a briga acontecia - e foi até a cozinha americana fazendo pequenos passos de dança, uma ou duas vezes colocando as mãos nos joelhos e rebolando, cantarolando a música.
Pegou uma garrafa de vodka da geladeira e suco de laranja de caixinha, ele tinha consciência que não deveria tomar vodka pura de estômago vazio, colocou as duas bebidas em um único copo e pegou um pedaço da pizza que tinha comprado na noite anterior, apoiou os cotovelos na bancada de mármore enquanto assistia à cena dos dois homens brigando com um sorriso de lado, às vezes soltava uma gargalhada quando falavam algo realmente engraçado.
Mas o que é bom dura pouco, durou pouquíssimo.
Di Angeli abriu a porta e ao ver aquela cena lançou um olhar horrorizado para Gael, que se esforçou para não se engasgar com a bebida ao tentar conter mais uma gargalhada.
- Alexa, desligar a música. - O homem que acabara de chegar falou, andou até o meio da sala onde os outros dois se empurravam e tinham dedos um na cara do outro. - Vocês dois aí, parem agora, caralho.
Di Angeli gritou mais alto que os que brigavam, chamando a atenção para si e conseguindo o que queria.
- Fora os dois daqui, agora! - Disse já empurrando-os levemente pelo ombro em direção à saída, os dois se opuseram, mas não fisicamente já que Di Angeli era um homem alto e Gael jura de pé junto que já viu ele fazer um cara desmaiar só com um soco.
Talvez ele tivesse um pouco doidão quando "viu" isso.
Foram 10 minutos até tudo estar resolvido, um dos caras teve suas roupas devolvidas e o outro xingou até a décima quinta geração de todos que estavam ali.
Di Angeli tranca a porta com um suspiro, tinha pedido aos segurança do condomínio para ficarem de olho em tudo, ele queria estrangular Gael por ele parecer tão despreocupado ao sair do quarto depois de escovar os dentes.
- Não sabia que você ia chegar tão cedo.
- São três da tarde e o que caralhos estava acontecendo aqui? - Na boa? Ele tava começando a ficar puto, sempre resolvia as merdas de Gael e nem era pago para aquilo.
- Passei a noite com um ontem e o outro chegou aqui pra me fazer uma surpresa, não fui eu que atendi a porta e deu nesse barraco.
- Você acha tudo isso divertido, né?
- Eu não. - Gael disse todo cínico, tentando conter um sorriso que crescia.
- Acha, sim, seu filho da puta. - Di Angeli joga a almofada mais próxima no amigo, acaba rindo quando recebe um almofadada de volta.
Vamos fingir que eles não tiveram uma pequena guerra de almofadas e vamos pular para parte em que eles estão confortáveis no sofá, Di Angeli tinha tirado aos tênis e se aconchegado no estufado macio.
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Infinity | Romance gay
RomanceDante é um policial cansado da sua profissão, foi infiltrado para descobrir sobre a "Infinity" depois de seis meses afastado da corporação, segredos serão encobertos e o passado voltará como uma memória do presente. Gael é um traficante conhecido de...