「 16 」

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Se uma coisa que Gael não gostava era ter a marca de sunga no corpo, na opinião dele, era esquisito se olhar no espelho e ter uma parte do corpo de um tom diferente do restante, há quem goste, porém, ele não faz parte desse grupo pessoas.

Quando ele acordou do cochilo no ombro de Dante, se desculpou rapidamente e foi para o quarto e ficou trancado lá pelo resto da noite, no dia seguinte não viu o policial e naquele dia de sol quente também não esperava vê-lo.

Por isso, enquanto suava dentro de casa, resolveu tirar proveito do calor, tomou banho e passou protetor solar - que achou no banheiro - por todo corpo, tendo certa dificuldade nas costas, mas com esforço, conseguiu.

Andando pela casa apenas com uma toalha enrolada na cintura, abriu a porta do quintal e arrastou uma das duas espreguiçadeiras dali para o sol, se sentindo grato e aliviado por o vira-lata não tê-lo seguido até a área externa.

Dante morava praticamente no meio do mato, o que era ótimo para ter privacidade, por isso Gael não teve receios em desenrolar a toalha e forrar na cadeira, deitando por cima enquanto pegou fones de ouvido bluetooth e conectou no celular, procurando pela playlist mais recente que tinha criado.

20 minutos depois, Dante estaciona o seu carro na garagem, ainda faltava pouco de mais uma hora para o meio dia e era dia de folga, mas tinha saído de casa cedo para ir na academia e fazer compras.

Ao entrar e colocar as sacolas na mesa, não notou nada de diferente, estava tudo muito quieto, então ele subiu e foi até o quarto onde encontrou um envelope na porta, quando pegou pôde confirmar as suas suspeitas: era a porra de 100 mil reais.

Gael deixou escrito a quantidade em um post it.

Dante suspirou fundo três vezes antes de ir bater na porta do quarto de visitas, mas não teve resposta, abriu a porta e não encontrou ninguém, acabou por deixar o dinheiro lá, começou a procurar pelos outros cômodos até restar apenas o quintal, ele abriu a porta e piscou algumas vezes por causa da claridade do sol, foi tempo o suficiente para Gael perceber que tinha mais alguém ali e começar a gritar.

O policial acabou de assustando e gritou também, vendo Gael se atrapalhar ao se cobrir apenas com as mãos.

- O que porra você tá fazendo?! - Dante gritou e cobriu os olhos com as mãos

- O que você tá fazendo aqui? - Gael levanta em um pulo e se enrola na toalha.

- Essa é minha casa!

- Pensei que estivesse no trabalho, já pode olhar.

- Então é isso que tu faz quando eu não tô? Fica pelado? - Dante diz, tirando os dedos dos olhos, ainda desconfiado.

- Foi a primeira e última vez, eu só queria pegar um bronzeado e achava que ninguém ia ver.

- Azar o meu de ter visto. - Dante resmunga para si mesmo, porém foi alto o suficiente para que o outro ouvisse.

- Azar é o meu rabo! De verdade, eu me acho um grande gostoso, me esforcei pra ter esse corpinho, tá legal?

Dante não pôde evitar rir.

- Ah, tá rindo é? - Gael leva as mãos até a toalha de novo, fazendo menção em desenrolar da cintura.

- Não! - Dante grita e cobre os olhos de novo.

Foi a vez de Gael rir daquela situação, depois do susto, parando pra pensar bem, era engraçado.

- Relaxa, não sou exibicionista. - Ele diz, passando ao lado de Dante para entrar na casa, deixando celular e fone no balcão de mármore.

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