PARTE QUATRO: AMOR PIRATA"Gosto quando sua boca mente assim, eu não sou pra você, você não é pra mim"
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Era mais um daqueles típicos dias de sol, onde você só queria beber água gelada, se trancar em um lugar onde tivesse ar condicionado, reclamar do calor a cada cinco minutos e dizer que mal podia esperar para chegar o inverno.
Aquele definitivamente era Dante.
Gael também fazia suas reclamações, no entanto, ele era uma pessoa que amava sentir o calor na pele, acordar em um dia com o céu azul e sem nenhuma nuvem à vista.
Aquela era mais uma das provas de como eles eram diferentes, mas sendo clichê ou não, os opostos se atraem.
O som das risadas de Gael e Dante ecoava pelo quintal enquanto eles se preparavam para mais uma partida de vôlei.
Gael, com o boné - que tinha roubado de Dante - virado para trás e um sorriso confiante no rosto, ajustava a rede improvisada que haviam montado entre duas árvores. Dante, com a bola nas mãos, revirava os olhos enquanto ouvia provocações.
- Vamos lá, Dantinho. - provocou Gael, esperando a bola ser jogada no ar, pronto para pegar. - Achei que tu soubesse jogar.
- Vai se foder, nessa partida eu ganho pra você parar de ser convencido. - respondeu Dante, se posicionando.
Os primeiros saques foram equilibrados. A bola subia e descia em um bom ritmo, enquanto os dois se moviam com agilidade pelo gramado. A cada ponto que Gael fazia, dava um grito de comemoração que era acompanhado pelo riso falso e debochado de Dante.
Mas o que Gael podia fazer? Ele era extremamente competitivo, fosse isso um bom ou um péssimo traço na sua personalidade. E quem sabe se ele não era a personificação do meme "sou igual cacto, chegou muito perto, eu já esperto, mas, eu também decoro o ambiente, acho que ela pode ser a vilã"?
Aí desculpa, desculpa se eu nasci competitivo.
A certa altura, Gael fez um saque perfeito, enviando a bola para o canto mais afastado da área de Dante, com um salto, Dante conseguiu salvar a bola, mas ela foi parar perto de um canteiro de flores. Ambos correram até lá, esbarrando um no outro e quase caindo de tanto rir.
- Não vai ganhar dessa vez! - Disse Dante, recuperando o fôlego e a bola, depois de ter empurrado Gael levemente com o quadril.
- Você tá tentando roubar. - retrucou Gael.
- Só não chora quando perder. - Dante diz sorrindo, sela rapidamente os lábios dos dois, depois volta para a sua área e pega a garrafa de água gelada, bebendo mas também jogando um pouco no corpo, fazendo Gael observar atentamente cada ação.
Vale ressaltar que, em um calor como o que estava fazendo, eles usavam apenas shorts que iam até metade da coxa, Gael estava fazendo um verdadeiro esforço para não se distrair durante o jogo ao fitar descaradamente o corpo de Dante. Mas não se engane, Gael fez questão de espalhar protetor solar no corpo dele, demorando mais que o necessário, e isso rendeu vários minutos de beijos.
A bola passou por cima da rede, e Gael se preparou para recebê-la, levantando-a suavemente com os dedos antes de dar um salto e cortá-la com força.
Dante mal teve tempo de reagir antes de a bola tocar o chão ao seu lado.
- Ponto para mim. - exclamou Gael, levantando os braços em comemoração.
- Foi sorte. - retrucou Dante, pegando a bola e caminhando até a linha de saque. - Não vai se animando muito.
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Infinity | Romance gay
RomanceDante é um policial cansado da sua profissão, foi infiltrado para descobrir sobre a "Infinity" depois de seis meses afastado da corporação, segredos serão encobertos e o passado voltará como uma memória do presente. Gael é um traficante conhecido de...