Não é o ideal. Nunca é.
Eu jogo vôlei desde que aprendi a andar, literalmente, tenho fotos sacando desde os meus seis.
É quase como respirar, seria fisicamente impossível viver sem.
- Ei. Você tem certeza disso? Seu pulso ainda está... - Me viro para Viviy, uma das minhas colegas de equipe.
Finalmente chegamos às Olimpíadas depois de dez anos de jogos e trabalho duro.
- Mais certeza do que qualquer outra coisa na minha vida. - Lhe respondo e fazemos um Hi-five.
O barulho se tornou silencioso e se pode ouvir a voz do apresentador pelas enormes caixas de som.
- E finalmente, o momento que todos esperavam, Coreia Do Sul contra os EUA!
A atmosfera é eletrizante quando nosso time entra na quadra. Todos vibram.
- É ela! A prodígio em vôlei, Dália Linons! Após dois anos de recuperação por uma torção em seu pulso, ela está de volta! - Sorrio com a menção ao meu nome e aceno para a plateia que vai mais uma vez à loucura.
De todos os doze, apenas seis de nós se posicionam na quadra do jogo, entro na minha posição de líbero.
- Vamos lá meninas! - Grita Layla, a levantadora. Todas nós entramos num abraço e gritamos o lema.
"Jogue forte, vença logo! Red bullets!"
Que o jogo comece.
1x1
Último set, aqui é onde tudo se decide.
EUA 12x09 Coréia.
Só mais três pontos.
A multidão clamando, o suor descendo pelo meu pescoço, a pressão alojada dentro do peito gritando para sair.
Um atleta sempre deve saber como inibir seus nervos até o fim do jogo.
Layla controla o fluxo e lidera as meninas, eu mantenho minha defesa e passo a bola, Kendall e Víviy são nossas ponteiras, já Caroline ocupa o papel central e Nádia o oposto.
Trabalhámos como uma máquina, marcando e mostrando todos nossos treinos e progressos extensivos nos últimos meses.
Layla marca mais um ponto de saque.
13x09
A Coréia está colocando uma luta dessa vez.
13x10
Só mais dois. Mais dois.
- Minha! - Grita Kendall a dar um salto enorme e acertar a bola, numa força assustadora, que derrapa e se torna impossível de rebater.
14x10
Só. Mais. Um.
14x11
14x12
- Merda.- Sussurro baixinho enquanto tento secar meu suor com a manga da camiseta.
Meu pulso está latejando, a gritaria, o suor, calor, a atmosfera. Como eu amo isso.
É a vez deles de sacar.
O saque é incisivo, Caroline faz uma manchete e logo a bola está voando sobre nossas cabeças.
A sensação de sair do chão em direção a vitória é assustadora, mas não por medo de voar, e sim de quando aterrissar não tiver alcançado o seu objetivo.
Saio do chão e minha palma direita queima ao rebater a bola.
Meu coração para ao ver a bola encostando na rede.
Pude ver minha vida passando, enquanto descia novamente ao chão e prestava atenção na trajetória daquela bola.
Meu nome completo é Dália Josephina Oliveira Linons.
Dália é, na verdade, uma flor. Muito bonita, pode pesquisar.
Meu avô trabalhava numa floricultura e essas eram as flores preferidas dele, por isso, meu pai me nomeou assim.
Sou latina-americana.
Jogo vôlei desde meus seis anos com minha mãe. E agora, tenho vinte e oito anos.
1,78, cabelos marrons cacheados, pele morena e olhos castanhos.
Minha vida é o vôlei.
Perder ele, seria como morrer em si.
O que é uma dependência emocional foda.
Voltando à realidade, vejo a bola finalmente aterrissar no chão.
Muito obrigada por ler o prólogo de FCA, os capítulos vão ser postados de 4 em 4 dias, significando que o primeiro capítulo vem no domingo, e assim em diante. Vou deixar algumas perguntinhas para vocês:
Qual seria o melhor horário para postar a história?
O que vocês esperam dos personagens?
É isso, fiquem ligados para o 1° capítulo, beijos Jellybeans!
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Falso Contrato de Amor
RomanceDália Linons é uma jogadora de vôlei, na verdade, é uma das melhores, e ela é capaz de levar seu time para a vitória, só para no fim da noite receber a notícia que está sendo traída por seu namorado de dois anos, que na cabeça da moça, pensava que i...