Dália Linons é uma jogadora de vôlei, na verdade, é uma das melhores, e ela é capaz de levar seu time para a vitória, só para no fim da noite receber a notícia que está sendo traída por seu namorado de dois anos, que na cabeça da moça, pensava que i...
"De acordo com fontes confiáveis, a atleta Dália Linons está se relacionando com um famoso jogador de futebol importante na indústria, também foi dito que os dois começaram a se relacionar por causa de um mal entendido mas acabaram se apaixonando perdidamente no holofote. O casal agora mantém o máximo de discrição possível e esperaram o momento certo para se revelarem em público."
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SEIS MESES ANTES.
Meus joelhos nus tremem pelo frio da noite enquanto me escondo ainda mais no pequeno cobertor que uma das paramédicas foi gentil o suficiente para me prover. Estou sentada silenciosamente numa ambulância observando, ao longe, Tobey e sua pequena modelete contando demoradamente aos policiais toda sua versão do ocorrido.
Ao ligar para treinadora, ela queria entrar imediatamente em um avião e vir dar um chute nas, como diria América, jóias reais de Toby, tive que utilizar muita da paciência e autocontrole que eu mal tinha para impedir ela, e consequentemente, chamei a única outra pessoa possível, minha mãe.
Com a combinação de uma calça branca decorada com diversos desenhos de margaridas e uma blusa azul com a imagem do sapo kermit, ou seja, ela está a um passo de coringar. Cabelos desgrenhados, crocs azuis em seus pés e uma expressão totalmente angustiada em sua cara, definitivamente não era isso que ela planejava estar fazendo num sábado às duas da manhã.
Respiro fundo o ar gelado da madrugada e deixo mais algumas lágrimas amarguradas caírem sem ninguém notar, noto mais alguns policiais saírem do prédio e se direcionarem para falar com minha mãe, ou de outra forma, minha advogada. Penso se vão me fichar na delegacia, provavelmente, escondo minha cabeça da pequena fila de fotógrafos tentando ganhar algum furo na situação.
Por que diabos isso está acontecendo comigo? O que foi que fiz para merecer isso?
Escoro minha cabeça na lateral do carro e fecho os olhos.
- Levante. - Ouço a voz e acordo levemente perdida, encaro minha mãe e percebo imediatamente, ela está puta. - Vamos para casa.
Ela me ajuda a descer da ambulância cuidadosamente por causa do meu pulso, agora novamente, enfaixado.
- Mas e Tobey? E o apartamento? - Eu pergunto tentando saber onde me encontro em toda situação.
- Não existe mais Tobey, o apartamento vai ficar aí, de manhã cuidamos disso. - Ela fala e me caminha até seu carro ajeitando o cobertor em meus braços para impedir os fotógrafos de verem minha cara.- Por sorte, convenci eles a não abrirem uma queixa, mas você ainda está em um grande problema.
Ela abre a porta e eu me sento enquanto espero ela também entrar e ligar o motor, por um segundo, não me importo mais em ser raivosa e forte.
- Eu achei... eu achei que ele ia me pedir em casamento. Realmente, achei que... como pude ser tão estúpida? - Pergunto em desespero em meio ao choro sufocados.
