CAPÍTULO 1- DÁLIA LINONS, A ASCENSÃO E A DECADÊNCIA.

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"Dois anos atrás, em 2019, a jogadora de vôlei femino, Dália Linons, se acidentou durante um jogo contra o time Dawn Fight. A esportista acabou saindo em uma ambulância do evento e desde então não tinha retornado às quadras. Depois de tanto tempo sem fazer uma aparição pública, hoje, ela ajudou a levar o time dos EUA à vitória contra a Coréia do Sul. Ainda vamos ver muito dela até o fim dos jogos."

Desligo a televisão e me deito na cama quentinha

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Desligo a televisão e me deito na cama quentinha.

- Funcionou. - Abro um sorriso gigante.- Funcionou.

Solto um grande suspiro de alívio e me afogo entre os travesseiros do quarto de hotel.

Vencemos. O primeiro já foi.

O alarme do meu celular toca e me levanto preguiçosa.

Conto três comprimidos do pequeno frasco e os adiciono com água em meu estômago, abro o pequeno frigobar e retiro uma bolsa de gelo pressionando-a contra meu pulso.

O tratamento virou uma rotina, até que eu esteja cem por cento recuperada pelo menos.

Foi um acidente, o chão estava escorregadio, pisei em falso e cai em cima do meu pulso, e desde então, foram hospitais, sessões de fisioterapia, analgésicos, anti-inflamatórios, gelo, gelo e mais gelo.

Mas tudo isso vale a pena. Por vôlei, qualquer coisa valeria.

Enquanto mantenho uma mão imóvel por causa do gelo, uso a outra para discar o número familiar no celular.

Ele leva três toques para atender.

- Babe! - Diz a voz doce do outro lado, sorrio instantaneamente. Meu namorado, Tobey Jones, é um astro de um time de futebol americano, o American Scorpios, resumindo, ele é o running back de um time muito, muito grande e famoso.

Não que eu o ame por isso, ou ame de qualquer modo, ainda estamos nos conhecendo.

Há dois anos.

- Ei! Que horas são aí? - Digo animada.

- Dez da manhã, e como está em Tokyo?

- Escuro. Sinto sua falta.

A linha fica em silêncio por alguns segundos.

- Eu também, estou com muita saudade. Queria que você pudesse voltar logo, temos que conversar sobre umas coisas.

Será que.... ele vai...

Me pedir em casamento?!

- Ahn, que tipo de coisa? - Pergunto depois de um surto internalizado.

- Não vou te falar pelo celular.- Ele diz rindo alegremente. Meu coração palpita. - Vi seu jogo, você foi maravilhosa, marcou o ponto da vitória.

Ele muda de assunto antes que possa interrogá-lo mais.

- Muita gentileza sua de dizer isso, estou com medo dos próximos jogos. - Falo.

Falso Contrato de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora