CAPÍTULO 26- OS OLHOS SÃO A JANELA DA ALMA.

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"Um velho ditado diz que os olhos são as janelas da alma, parecido com aquele que fala sobre a bolsa ser a essência de uma mulher, sendo assim, conseguimos ver exatamente o que uma pessoa sente pelos seus olhos, mas minha pergunta é, e quando o que vemos não é satisfatório?"

"Um velho ditado diz que os olhos são as janelas da alma, parecido com aquele que fala sobre a bolsa ser a essência de uma mulher, sendo assim, conseguimos ver exatamente o que uma pessoa sente pelos seus olhos, mas minha pergunta é, e quando o qu...

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Me sinto nauseada.

Queria poder saber, queria poder obter a resposta das minhas milhares perguntas silenciosas ao olhar em seus olhos. Nada disso acontece, obviamente, já que histórias de romance têm seu devido lugar em livros, e quanto a vida real... não funciona bem assim.

É exaustivo, tudo isso, viver. Tudo que eu faço é errado ou um arrependimento, cansei de me arrepender, às vezes é isso, caso se arrepender seja viver, e eu estou exausta da vida, logo, me torno cansada do arrependimento em si.

- Você está bem?

Você está dizendo a verdade?

Posso confiar em você?

E todos meus erros? Vai perdoar? E se eu pular de cabeça, vou me machucar?

Não quero me machucar.

- Sim. - Respondo e continuo encarando o espelho da elevador enquanto os andares passam, devagar e calmo, tudo que eu não sou.

- Aconteceu algo... com a Rebecca? - Ele pergunta novamente.

- Nada aconteceu, só esclarecemos alguns mal-entendidos. - Respondo.

Estou cansada, cansada, cansada, cansada, cansada, cansada, cansada, será que algum dia não estaria cansada?

Não sou suficiente para nada.

Nem para você.

- Dália. - Ele segura meu braço docilmente, puxando minha atenção para si, porém, não quero ver seu olhos. - O que aconteceu?

Sou madura, sou uma adulta, não posso ter sentimentos infantis, não posso agir assim, será mesmo que vinte e oito anos é mesmo tanto assim?

Me falaram que dezessete anos já era muito tempo, não podia mais agir como uma criança, como adolescente, então, presumo que vinte e oito seja uma pequena eternidade.

Mesmo sabendo disso, concebendo essa ideia, dezessete anos é tão pouco, é tão miseravelmente pouco, vinte e oito anos não é nada. Nada é suficiente, nunca vai ser suficiente, eu nunca vou ser suficiente não importa o quanto tempo eu viva.

Cansei.

- Você acha que vinte e oito anos é muito tempo? - Pergunto com meus pensamentos escapando da cabeça.

- Com certeza não é uma quantidade pequena. - Ele responde, entro em um transe só ouvindo as palavras de fundo. - Mas sério, você está bem, docinho?

Vinte e oito é muito.

E mesmo assim, me sinto tão pequena e inútil como quando tinha dezessete. Incapaz de julgar as ações dos outros ou não me arrepender das minhas, tudo é horrível.

Falso Contrato de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora