Capítulo 4

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|NICOLE|

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|NICOLE|

-É apenas um conselho que te dou minha doutora, você deveria fazer assim como eu. Levar tudo com a maior naturalidade possível.

Ele ri provocativo ao recuar alguns centímetros de distância para observar a reação do meu rosto que já se encontra vermelho e em chamas. Seu hálito contra minha bochecha causa tamanho frenesi em meu interior, que eu penso ver um vislumbre do brilho de convencimento e diversão nos olhos azuis feito o mar de Max, ao me flagrarem tremendo sob sua presença. É marcante, intenso e muito tentador, devo confessar. E o pior de tudo é que o malandro parece saber exatamente disso, e por essa razão continua a me pressionar dessa forma. 

-Porque para mim é uma rotina bastante normal, mas não totalmente comum, o prazer de ter a agradável companhia da minha futura namorada ao meu lado, depois de sair do trabalho enquanto seguimos para as nossas casas.

Max comenta com tamanha seriedade, que durante alguns segundos chego a pensar que ele está realmente colocando fé naquilo que diz. Mordo o lábio inferior para conter a vontade que tenho de lhe desafiar por um instante, ao mesmo tempo em que capturo seu olhar abrasador imediatamente cair sobre minha boca como resultado do movimento que acabo de realizar. Ele estica um dos cantos dos lábios em um tipo silencioso e sutil de aprovoção, antes de enfim se reeguer outra vez e endireitar a postura de sua coluna, já fora do carro.

Então, no mesmo minuto sinto frio e o incômodo da ausência do calor de sua mão na minha, depois que ele a abandona sobre meu próprio colo, ao mesmo tempo em que sou atingida por uma leve sensação de alívio por enfim conseguir voltar a respirar normalmente diante de seu afastamento abrupto. Max me fita com um semblante um tanto estranho, que eu não entendo, pelos cantos dos olhos, antes de fechar a porta do veículo e dar a volta no mesmo para assumir a posição atrás do volante. 

-E é por esse mesmo motivo que eu venho buscá-la na faculdade, minha doutora. Todos os dias se você me permitir, é claro.

Ele emenda sua fala com extrema tranquilidade, enquanto se dobra sobre meu corpo displiscentemente para poder alcançar o meu cinto de segurança e colocá-lo em mim, antes de fazer o mesmo com o seu, e dar partida no automóvel. Eu ofego mais uma vez com o contato. É inevitável. Me deixa alerta, sensível e atenta. Ao mesmo tempo em que fico na expectativa, tenho que me refrear para não pedir que ele avance um pouco mais. Eu não devo, lembro-me disso.

Não seja imprudente, Nicole Fonseca! É o que digo a mim mesma observando-o retomar seu assento novamente e começar a manobrar o carro para deixar o estacionamento. UFA! Essa foi por pouco... Respiro fundo na tentativa de me recompor, mas me arrependo no segundo em que o perfume de Max se impregna em minhas narinas, e me deixa meio tonta com sua magia e magnetismo predominantemente masculinos que me seduz.

-Pelo visto você arranjou um novo apelido para mim, não é mesmo senhor promotor?

Eu faço a pergunta na tentativa de desviar o assunto para outro rumo e ligo a rádio no seu carro. Os auto-falantes não estão no volume máximo, porém, mesmo na altura em que o som sai, eu percebo tarde demais a besteira que acabo de cometer quando a música começa a tocar, tendo somente nós dois dentro de um veículo fechado. 

Uma Escolha para Nic [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora