Prólogo

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\Nicole Kyung-Soon Fonseca - 18 anos de idade\

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\Nicole Kyung-Soon Fonseca - 18 anos de idade\


-Então nos encontramos na biblioteca amanhã após o almoço, garota bonita? 

Um dos meus colegas de turma pergunta enquanto saímos do pavilhão de aulas rumo ao estacionamento.

Estamos exaustos após termos enfrentado uma hora e quarenta minutos de uma maçante disciplina, a qual muita gente é reprovada todo semestre, porém que tenho muita facilidade, e devido a isso, vários alunos sempre me procuram querendo algum tipo de ajuda ou reforço na hora de estudar para ela.

E eu ajudo, é claro. Porque eu não o faria se sou ótima nisso? Não é querendo me gabar, entretanto, sendo bem franca comigo mesma e com os outros, sou uma garota muito inteligente. Já faz três anos que ingressei na universidade, estou cursando o sexto período do curso de medicina em uma das universidades federais mais importantes do país, depois que aos quinze anos, uma idade precoce para alguns, contudo ideal para mim, consegui passar com uma nota indecentemente alta no curso que desejava.

Amo minha família, sou o orgulho dos meus pais e o xodozinho do meu irmão mais velho Enzo, que me trata como uma verdadeira princesinha por ser a sua tão sonhada irmãzinha caçula. Meus avós maternos Sara e Daniel, também são boas pessoas as quais eu adoro demais. E talvez, devido a esse ambiente intensamente amoroso, cercada por uma família quase perfeita e muitos amigos leais, que têm um coração de ouro dentro do peito, eu tenha aprendido certos princípios que se enraizaram de um modo profundo em minha mente e que tornaram a pessoa a qual sou hoje em dia.

E um desses princípios que aprendi desde cedo é o da generosidade e empatia. Se tenho ciência de que uma pessoa necessita de ajuda em determinada área e eu posso auxilia-la naquele quesito, então porque não fazê-lo? O mal do ser humano é muitas vezes ser egoísta e não se colocar no lugar do outro. Então longe de mim ser um individuo mesquinho e sem amor ao próximo, pois não foi assim como meus pais me criaram. Por essa razão eu faço tudo o que estiver ao meu alcance para ser generosa e uma boa garota sempre que possível, para as pessoas a minha volta que possam precisar de uma mãozinha. 

-É claro, Caio! Com certeza nos vemos lá. 

Bato em seu ombro com o meu, e o rapaz me sorri contente ao fitar meu rosto com entusiasmo pela resposta positiva que recebe.

-Até amanhã então, garota bonita. 

Caio se inclina na intenção de beijar minha bochecha em despedida, entretanto, distraída com a conversa, não percebo o obstáculo em meu caminho e acabo tropeçando justamente na hora em que ele vem ao meu encontro, o que faz com que o erre o alvo e ele passe bem longe do meu rosto.

-Até, Caio. 

Reprimo uma risada ao notar suas bochechas avermelhadas de vergonha pela situação embaraçosa, porém me contenho ao vê-lo partir um tanto sem graça para o caminho oposto ao que sigo. Eu ainda fico parada por mais alguns minutos observando o pobrezinho se afastar cada vez mais a passos apressados até sumir de vista. Balanço a cabeça negativamente de um lado para o outro achando graça do rapaz um tanto tímido, mas que sempre tenta ser simpático comigo.

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