Capítulo 23

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|NIC|

Sentada no sofá da sala, o peso das últimas semanas parece querer me sufocar. Eu nunca me senti tão dividida. Amo o Max, disso tenho certeza. Mas é impossível ignorar a sombra das mentiras que espalharam sobre ele, a angústia que vi em seus olhos, por mais que ele tente disfarçar para não me preocupar. Max é um homem íntegro, um promotor respeitado, e vê-lo envolto em rumores mentirosos por minha causa me dói como uma ferida que não para de latejar. Ele diz que não se importa com o que os outros pensam, mas eu vejo a pressão que ele enfrenta, o peso de carregar esse amor, mesmo com toda a oposição e falsidade ao nosso redor.

Enquanto meus pensamentos voam, sinto minha mãe se aproximar, sentando-se ao meu lado no sofá. Ela fica em silêncio por alguns segundos, observando, e finalmente, com um leve sorriso, diz:

— Você está diferente, Nic. Distraída, longe daqui... Posso saber o que está acontecendo?

Tento me conter, inventar alguma desculpa, mas sinto o calor subindo pelo meu rosto, e antes que eu consiga dizer qualquer coisa, ela ri, uma risada leve e divertida, como se me lesse por completo.

— É o Max, não é? — pergunta com aquele brilho nos olhos de quem já sabe a resposta.

Engasgo, tentando controlar a vergonha, mas logo acabo soltando uma risada sem jeito. Sei que não adianta mentir.

— É... é complicado, mãe. — finalmente admito, a voz quase num sussurro.

Ela balança a cabeça, satisfeita e, para minha surpresa, me tranquiliza:

— Fica tranquila, Nic. Eu sei que seu pai pode ter uma reação diferente, mas pode contar comigo. Esse segredo é nosso. Eu só quero que você seja feliz. Isso sempre foi o que eu mais quis para você.

— Sério, mãe? — pergunto, ainda surpresa, esperando algum sinal de desaprovação.

— Claro que sim! — Ela diz, seus olhos brilhando com um carinho que só uma mãe pode ter. — Ver você vivendo algo tão especial é tudo que sempre desejei para você. E, sabe... você sempre foi minha menininha corajosa. Então nunca deixe ninguém tirar o que é seu.

— A senhora não está... não está brava comigo? — pergunto, surpresa.

— Claro que não. Só estou feliz que você encontrou alguém que ama e que parece te amar tanto.

Incentivada por sua compreensão, conto sobre as fofocas que têm nos assombrado. Explico como Max está sendo pressionado, como estão distorcendo nossa relação. As palavras começam a fluir, uma após a outra, e ela escuta, atenta, até o fim. Ao término, sua resposta é simples, mas carregada de firmeza.

— Nic, você já tem a resposta dentro de você. Max está disposto a enfrentar tudo por você, ele quer enfrentar isso ao seu lado, porque ele acredita no que vocês têm. E você? Vai desistir desse amor ou vai lutar com ele?

—Eu... eu só não quero que ele sofra por mim, mãe. -meu sussurro quase some no ar, mas ela me ouve.

Em um instante, ela segura minha mão, seus olhos cheios de ternura e força.

— Nic... —ela começa, séria e carinhosa. —O amor verdadeiro não é algo que a gente larga no primeiro obstáculo. É fácil desistir, é mais seguro. Mas o amor... o amor precisa ser conquistado, precisa de coragem. Eu lutei pelo seu pai, e você está aqui hoje por causa disso. Porque eu não deixei nada e nem ninguém roubar o que era meu.

Respiro fundo, as palavras dela me atingem como uma onda de coragem, e vejo meu reflexo em seus olhos, agora tão cheio de determinação. Um calor novo me invade, e percebo que é exatamente isso que quero. Eu quero lutar por Max, por nós. Sinto uma faísca crescer, substituindo a dúvida e o medo. Me levanto, sorrio, e decido que não vou deixar nada destruir o que tenho com Max.

Agora sei o que preciso fazer...

Sei que não posso deixar esse medo destruir o que sinto por Max. Eu o amo, e vou lutar para que nada nem ninguém destrua isso. Encaro minha mãe e sorrio, cheia de um novo propósito. Poucas horas depois, estou em frente ao apartamento dele. O coração bate acelerado, mas dessa vez é por um motivo diferente, finalmente estou pronta para enfrentar tudo. Eu quero fazer isso, e sei exatamente qual passo tenho que dar neste instante. Quando Max abre a porta, vejo a surpresa em seu rosto, mas antes que ele diga algo, avanço e o beijo com toda a paixão que há dias esteve presa dentro de mim.

— Nic... — ele sussurra, um pouco sem fôlego, me segurando como se estivesse me redescobrindo.

— Eu não vou a lugar nenhum, Max. — digo, os olhos fixos nos dele. — Eu te amo, e nada, nem ninguém vai me fazer desistir de você.

Ele me olha, os olhos brilhando com uma emoção que faz meu coração acelerar ainda mais. A expressão em seu rosto é de uma mistura de alívio e amor profundo. Em resposta, ele me beija com uma intensidade desesperada, como se precisasse de mim para respirar, e eu me deixo ser levada por ele. Caminhamos até o sofá, onde nos deixamos cair, as mãos dele percorrendo meu corpo como se buscassem gravar cada detalhe, cada sensação.

— Nic... — ele sussurra entre um beijo e outro, a voz rouca e carregada de emoção. — Eu te amo. Você é tudo para mim.

— Max, eu... eu te amo tanto que me dói. — murmuro em resposta, minhas palavras entrecortadas pelos beijos intensos que trocamos.

Nossos corpos se movem em harmonia, mãos explorando, tocando, sentindo cada centímetro um do outro. As roupas caem ao nosso redor, esquecidas, enquanto nossos corpos se encontram, sem nenhuma barreira. O desejo entre nós é quase palpável, e cada toque, cada beijo, cada sussurro parece selar uma promessa que vai além das palavras.

— Eu nunca vou te deixar, Nic. Nunca. — ele diz, a voz carregada de emoção enquanto seus olhos se fixam nos meus, intensos, sinceros.

— E eu nunca vou desistir de nós, Max. — respondo, a voz trêmula, mas cheia de certeza.

Nos entregamos ao momento, de corpo e alma, nossos corações batendo em perfeita sincronia. No meio de sussurros, declarações e promessas, a entrega é completa. Sinto como se o mundo ao nosso redor desaparecesse, como se apenas nós dois existíssemos, presos naquele instante eterno de amor e cumplicidade.

Mais tarde, enquanto nos abraçamos, sinto uma paz que há muito tempo não sentia. Max acaricia meu rosto, os dedos deslizando gentilmente pela minha pele, enquanto seus olhos me observam com carinho. Ele sorri, um sorriso que é só dele, e diz baixinho:

— A gente vai superar isso, Nic. Nada vai separar a gente.

Eu sorrio de volta, sentindo uma confiança renovada, sabendo que, ao lado dele, posso enfrentar qualquer desafio. O amor que nos une é forte o suficiente para resistir a qualquer coisa.

— Eu sei, Max. Juntos, somos mais fortes do que qualquer mentira, meu amor.

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Uma Escolha para Nic [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora