|Koby

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Vai ter muita piadinha sobre cálculo de engenharia/matemática. Então, como os dois personagens, nesse imagine, cursam esses cursos, vão fazer referência sobre. Por favor, não achem cafona :)

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Mordisco lentamente a ponta do lápis até colocá-la parcialmente na boca, encaro o livro com diversos cálculos e textos e não entendo absolutamente nada. Fico frustrada, reviro os olhos e os fecho respirando fundo ainda mordendo o pobre lápis que já deve estar todo machucado.

Empurro a mesa com a força das minhas mãos e me inclino para trás, na cadeira, jogando a minha cabeça logo em seguida.

—Deveria ser um pecado a junção de números e letras.— bufo observando o teto branco com algumas sujeiras evidentes  —A cada dia mais próximo de trancar esse curso.

Ouço sua risada baixa e melódica sendo inevitável não rir também. Volto a minha postura anterior e encaro o homem a minha frente delicado igual a uma flor, ele percebe a minha atenção exagerada sobre si e desvia o olhar para qualquer canto que não seja eu.

—Diga-me, Koby, como você pode ser tão inteligente assim?— pergunto e volto a movimentar o lápis em minha boca
—Só você para aguentar essa matéria chata, cálculo III é o inferno na terra!

—Eu gosto de derivada e... integral...— vejo ele tomando coragem para me olhar novamente e suas bochechas tomam um tom rosado, muito parecido com a cor dos seus lindos e sedosos cabelos rosas
—E-eu go-gosto de resolver c-cálculos...

—Oh, é perceptível.— fico sem entender o nervosismo repentino do meu colega de classe e, no fundo, acho terrivelmente adorável.

Na verdade, é um fato que desde o momento em que cheguei na casa do Koby ele está nervoso. Quando me recebeu, gaguejou tantas vezes que fiquei com medo que estivesse passando mal.

Somos da mesma turma da universidade e ficamos como dupla em um trabalho muito chato e sem graça, no entanto, quando soube que seria com o garoto mais inteligente do curso e, ainda, estranhamente atraente, abracei essa oportunidade apenas para ter um vislumbre seu. Mesmo que não haja tanta interação entre nós dois, sempre noto as espiadas e nervosismo dele para mim.

Acho muito fofo além de ficar extremamente satisfeita com o efeito que causo nele. Parando para analisar, talvez essa seja a minha deixa para concretizar algo que tenho dúvida há tanto tempo.

—Koby?

—Sim?— o rosado levanta a cabeça rápido de suas anotações e arregala os olhos como se algo estivesse acontecido, ansioso.

Fico ereta na cadeira e impulsiono meu tronco para frente deixando em evidência uma parte dos seios através dos botões da minha camisa. Meus cabelos caem para o lado e enfio o restante atrás da orelha; seguro o lápis em meus lábios e lhe dirijo um sorriso sarcástico e um tanto sedutor.

—E você gosta de algo a mais, hum?— indago me passando de "inocente" e volto a mordiscar o objeto.

Koby engole em seco e me encara com a face completamente vermelha, sinto a sua quentura de onde estou e não me sinto nada mal por provocá-lo. Paro de morder a ponta do lápis e passo a língua entre lábios, lentamente, para que ele acompanhe cada movimento que faço. 

—E-eu gosto...— o meu colega de turma não termina a sua frase e meu ego infla mais ainda, a excitação quase presente em saber que ele me deseja com toda a sua timidez.

—Vamos, Koby. Conte-me o seu segredo sujo.— levanto-me da cadeira e em passos largos me aproximo do homem que está sentado, mantendo uma distância respeitável, inclino meu corpo em sua direção empinando meus quadris para trás que faz a saia mediana subir. O ato não passa despercebido do meu inocente amigo e volto a pressioná-lo
—Ainda não respondeu a minha questão anterior, você sabe, uma equação do primeiro grau é facilmente resolvida, mas e uma integral? é tão fácil assim para você?

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