"Sugar Daddy"
Uma música calma ecoa por todo o bar, a sua melodia é viciante e boa de se acompanhar. As pessoas que se encontram no local parecem satisfeitas, mesmo que o lugar em si não seja dos melhores com suas mesas rústicas e que precisam de uma pintura nova, um teto composto por ventiladores e pequenos lustres, além das poucas atendentes que se encontram ali para atender a demanda de pessoas.
Uma mulher limpa o balcão com um pano surrado, ela pega os copos deixados pelos clientes e os limpa com todo o cuidado possível, sabe o quanto seu chefe é exigente e não quer perder a miséria da comissão que recebe. Ela vai até o armazém pegar bebidas para reabastecer a parte central, como atendente e uma das poucas ali, é o seu dever deixar o lugar agradável, limpo e sempre abastecido.
Enquanto arruma as bebidas nas prateleiras, a mulher tem a visão do seu rosto em um pequeno espelho ali presente, ficando levemente insegura por não estar arrumada e nem bonita o suficiente. Mesmo que a sua beleza não seja algo extraordinário, ela gosta de andar sempre bem arrumada, com os seus lábios pintados e com um pouco de cor nas bochechas, porém, sente-se tão indisposta ultimamente que nem tem mais vontade de estar bem apresentável.
No canto do bar, alguém acompanha cada movimento da atendente que só fica no balcão com um sorriso enorme a cada pessoa que atende e que fica zangada com alguém querendo agarrá-la. Silvers Rayleigh a observa por baixo dos seus óculos; a funcionária parece ser jovem mas muito bem focada no que faz.
Tomando a sua última dose de tequila, o homem que se encontra desacompanhado sai de sua mesa e anda despreocupado até uma das cadeiras que fica no balcão. Ele se senta no lugar a espera até que ela o note, ouvindo alguns burburinhos de insatisfação dela e a sua movimentação inquietante. Rayleigh apoia um dos braços no que está a sua frente e sorrir quando a atendente nota a sua presença, parecendo realmente envergonhada por não tê-lo percebido antes.
—Boa noite.— ela diz um pouco tímida com o homem a sua frente —No que posso ajudar, senhor?
Ela o analisa discretamente enquanto ele parece pensar no que vai pedir e, com toda a certeza, o homem é atraente.
Os cabelos longos e brancos, o rosto bem marcado e com algumas cicatrizes adquiridas pelo tempo, o corpo bem marcado pela roupa que cai tão bem nele e que muito provavelmente deve valer seu rim. Esse homem esbanja mistério, sexualidade e de ser bem mais velho que ela, do jeitinho que ela mais gosta.
—Irei querer mais uma tequila, por favor.— o homem a responde olhando diretamente em seus olhos o que, de certa forma, a deixa desajeitada por um momento —E pode me chamar de Rayleigh, não sou tão velho assim.
—Certo, Rayleigh.— a jovem parece testar o novo nome em sua boca e o homem aprova o modo como o seu nome soou nos lábios dela —Pode me chamar de [S/n], a seu dispor.
A mulher se volta rapidamente para ele, ficando de costas e procurando o que lhe foi pedido. A garota se encontra estranhamente atraída por ele e se sente tímida, algo que ela não costuma ser, e, para piorar, sente-se mais desarrumada ainda e feia ao notar a diferença entre as suas roupas.
—Se concentre, garota.— [S/n] sussurra para si mesma e, já com a garrafa em mãos, o serve —Aqui está, Rayleigh. Deseja mais alguma coisa?
O Silvers a olha de cima a baixo querendo falar exatamente o que quer, porém, tem seus modos e não quer parecer um velho tarado para a garota.
—A sua companhia seria o suficiente.
[S/n] é pega de surpresa com a sua sugestão, no entanto, ela aceita sem hesitar mesmo que isso seja contra as regras do estabelecimento em que trabalha. Mas quem liga? Seu chefe nem ao menos está presente, e por que não conversar com um homem maduro e bonito ao menos uma vez?
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▪︎DREAM▪︎ One Piece
Fiksi PenggemarLivro dedicado para você se imaginar com os personagens de One Piece! Embarque nessa aventura emocionante em forma de pequenas ou grandes histórias criadas por mim. *Conteúdo não recomendado para MENORES DE 18 ANOS*