[Aviso]: Para ler esse imagine é preciso ter lido o capítulo anterior, a do Buggy.
.
.
.
As ruas da Inglaterra são sempre bem movimentadas e frias, agora entendo o porque de os ingleses adorarem beber chá em quase todas as suas refeições. Levo a xícara até a minha boca e saboreio o líquido quente, me seguro para não fazer alguma careta por causa do chá amargo.
Odeio chás, sempre preferi um bom café.
De amargo já basta a minha vida. Vida que estou tentando seguir de todas as maneiras viver sem arrependimentos, ou dizer que nem ao menos tentei superar ele.
Lembro quando Buggy me convidou para o seu casamento, quero dizer, ele não, a mulher perfeita dele. Ela veio com tanto entusiasmo, no último ano da universidade, me entregar o convite que me vi na obrigação de ir. Só fiquei triste por o meu ex melhor amigo não ter vindo pessoalmente me entregar, mas já esperava por isso.
Também já esperava que eu não seria a sua madrinha de casamento igual quando prometemos quando crianças com o Shanks. Mas, na verdade, Buggy e eu prometemos algo diferentes, falávamos que não seriamos padrinhos um do outro, mas sim os próprios noivos.
Pobre criança e adolescente iludida que eu era, tão fútil de achar que, por causa de uma promessa infantil, teríamos que ficar juntos eternamente.
O casamento foi incrível e lindo, Buggy estava tão bonito no altar que me senti uma pecadora por estar desejando estar ali ao seu lado.
Mas apenas sorrir e acenei, ao longe, para o meu amigo.
Lembro-me de Shanks estar acompanhado de alguém, como sempre, e de me procurar pela multidão, quando seus olhos bateram em mim, ao longe, notou-se que ele estava triste por mim e eu me senti miserável por isso. Mas o seu sorriso bonito e aconchegante me confortou como sempre fez, igual naquela vez em que eu chorei em seu colo até ficar exausta e admitir para mim mesma que eu não seria o par do Buggy.
Passei o casamento inteiro quieta e no meu canto, Shanks até tentava vim até mim algumas vezes, mas a sua irritante e bonita acompanhante não desgrudava do seu pé.
Foi apenas um motivo para mim rir alto da sua desgraça.
O momento da valsa foi lindo também, os noivos tão bonitos e apaixonados me fez notar que eu não devia estar ali e, mesmo que Buggy fosse meu amigo, o melhor para mim deveria estar longe dali e daquele ambiente.
Naquele exato momento eu me levantei da cadeira e sai discretamente da festa sem ninguém me perceber, pela primeira vez na vida eu tive coragem de pensar em mim mesma e agir por mim mesma sem pensar em machucar os outros. Esse meu lado boa, de ajudar amigos independente da situação só me ferrou de tantas maneiras e nunca sequer uma vez fui retribuida.
Fui para casa naquele dia aos prantos por ter a sensação de que, o tempo todo, eu só estava ao lado do Buggy para segurá-lo para mim, para mantê-lo ao meu lado independente de estar com alguém ou não. Mas eu vivia pisando sob ovos com ele, vivia agindo diferente de mim e me machucando sozinha.
Eu mesma fui a culpada da minha própria infelicidade.
Na mesma noite tomei a decisão de que viajaria pelo mundo, juntei, por impulso, todo o dinheiro que guardei durante meu tempo na universidade e fui embora sem ao menos me despedir de alguém. Para mim, a pessoa certinha e que sempre estava na reta, aquele foi o meu maior passo para seguir em frente e superar todo o meu sofrimento criado por mim mesma.
VOCÊ ESTÁ LENDO
▪︎DREAM▪︎ One Piece
FanfictionLivro dedicado para você se imaginar com os personagens de One Piece! Embarque nessa aventura emocionante em forma de pequenas ou grandes histórias criadas por mim. *Conteúdo não recomendado para MENORES DE 18 ANOS*