Capítulo 29 - Gangsters

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Henry

Eram 22 horas quando Alex colocou June para dormir. Ele disse para eu me agasalhar porque provavelmente, voltaríamos tarde. Eu não tinha nem noção do que ele havia planejado para aquela noite, mas decidi vestir uma calça justa preta, uma blusa branca e uma jaqueta de couro preta por cima, nos pés calcei um coturno.

Eu estava me olhando no espelho quando senti a presença de Alex no quarto, então me virei e o fitei. Ele abriu um sorriso e veio na minha direção, beijando a minha testa em seguida.

- Está pronto? - Ele perguntou, me olhando da cabeça aos pés.

- Sim. - Falei.

- Você está lindo...

- Ah, obrigado! - Abri um sorriso tímido.

- Eu vou pegar só uma jaqueta e volto aqui.

Assenti, dando alguns passos para fora do quarto e descendo as escadas.

Rita estava sentada no sofá assistindo TV. Ela ficaria acordada até chegarmos para ficar de olho em June, mas eu já me sentia bem mais seguro quanto a isso: June não acordava mesmo à noite.

Me virei para a escada quando ouvi Alex descer os degraus e vir em minha direção. Ele vestia uma roupa tipo a minha: Calça preta, um par de coturno nos pés, uma camiseta branca lisa e uma jaqueta de couro preta. Estávamos parecendo um par de jarros. Com uma única diferença, já que ele também estava com uma touca que eu nunca o tinha visto usar.

Ele estava maravilhoso.

O seu sorriso era cafajeste tanto quanto o seu andar. E eu poderia enlouquecer ali mesmo.

Parece até que somos gangsters de filmes. - Comentei, rindo fraco.

- Hoje a gente vai testar isso.

Franzi a testa e Alex riu, pegando a chave o carro que estava em cima da mesa.

- Vamos, meu bem.

Assenti, sentindo ele me puxar pela cintura.

- Rita. - Ele a chamou. - Qualquer coisa me liga!

- Pode deixar Diaz. - Ela disse, voltando a prestar atenção na TV.

Ele abriu a porta do apartamento e eu saí em primeiro, indo até o elevador e chamando. Alex trancou a porta do apartamento e veio na minha direção, no momento em que a porta do elevador abriu e eu o puxei para dentro junto comigo.

Assim que a porta se fechou, Alex me encostou na parede daquele pequeno lugar e eu senti meu corpo todo arrepiar. Olhei nos seus olhos e depois para cima, vendo a câmera que provavelmente gravava tudo o que se passava ali dentro.

- Tem câmera, Alex.

Ele também olhou para cima e riu. O fitei e no mesmo instante nossos olhos se encontraram.

- Foda-se. - Ele disse, me beijando no mesmo instante.

Eu senti vontade de rir, mas a sua língua começou a explorar todos os cantos da minha boca, me impossibilitando de falar algo, eu só podia retribuir. A sua mão estava presa na minha cintura e eu pude senti-lo apertando como se o mundo fosse acabar ali, me fazendo gemer baixo dentro da sua boca.

Ih! - Ouvi alguém resmungar fora do elevador e empurrei Alex, vendo que a porta já estava aberta e que já estávamos no térreo, e que do lado de fora havia um casal de velhinhos olhando para aquela cena de olhos arregalados.

Segurei a risada, abaixando a cabeça e saindo do elevador enquanto o moreno me acompanhava. O casal de velhinhos nos encarou até dobrarmos para o estacionamento. Soltei toda a risada que eu segurava e Alex começou a rir também.

Flatline (Versão Alex e Henry)Onde histórias criam vida. Descubra agora