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Angola - Nova Lisboa

Juliette, Rita, Lisa e Eva preparavam-se para ir a uma balada.

Todas estavam entusiasmadas pois contavam curtir muito. Eram todas maiores de idade e trabalhavam juntas na mesma empresa.

Juliette era a menos entusiasta. Não era fã daquele tipo de festas onde rola muito álcool e sexo. Para não lhe chamarem desmancha prazeres resolveu ir.

Juliette era órfã de pais e desde muito cedo foi preparada para esta fatalidade. Sua mãe sofria de câncer e se foi. O pai não suportou a dor e suicidou-se em seguida.
Já com 20 anos Juliette ficou a morar na casa que era de seus pais.

Teve que se virar e conseguiu emprego de escriturária numa empresa de importação/exportação onde ainda está. Lá conheceu Lisa, Eva e Rita que viviam zoando dela pois nunca lhe tinham conhecido nenhum namorico. Ju ainda era virgem e esse era um ponto que para ela não era nada de especial.
Só não tinha ainda encontrado alguém que lhe fizesse querer mudar isso.

Entretanto ela desconfiava das amigas. Hoje por várias vezes apanhou-as a cochichar e quando ela se aproximava mudavam de assunto.
Resolveu ignorar.

Rodolffo, Luís, Sérgio e Carlos, 4 jovens com idades entre os 23/27 anos eram todos estróinas. Durante o dia cada um tinha o seu trabalho mas no quesito diversão ninguém os segurava.
Rodolffo era o que tinha mais fama de doidivanas. Os amigos diziam que ele quando chegava a noite transformava-se tal qual um ser maléfico em noite de lua cheia.

Engenheiro e bastante responsável na sua àrea era à noite que dava asas à sua parte ruim.

Os quatro amigos encontraram-se na boate Restinga para uma noitada. Era sexta feira e por não trabalharem sábado contavam divertir-se à grande.

Eva conhecia o Luís e o Sérgio e como normal combinou encontrar-se com eles.

Já passava da meia noite quando as meninas chegaram à boate. Os 4 rapazes já tinham bebido bastante. Eva apresentou o Luís e o Sérgio e estes apresentaram Rodolffo e Carlos.

Todos ocuparam a mesma mesa e ficaram em amena cavaqueira. Uma ou outra vez tocava uma música que algum gostava e iam dançar. Numa dessas vezes os casais foram dançar e só ficaram Eva e Luís na mesa.

E - Tudo certo Luís?

L - Por mim sim. Trata da tua amiga que eu trato de Rodolffo.

A noite foi bastante animada. Juliette deu-se bem com todos mas foi com Rodolffo que ela teve mais empatia.

E - Vou pedir bebidas. Ju o que queres?

J - Um sumo de laranja. Eu não bebo álcool.

L - Eu vou contigo. O mesmo de sempre meninos?

Sim, responderam em coro.

Eva e Luiz sorriram um para o outro e foram em busca das bebidas.

Meia hora depois Ju começou a passar mal. Eva foi com ela ao banheiro e como a boate tinha alguns quartos e a Ju estava quase inconsciente Eva levou-a para o quarto que já estava destinado a ela.
Mais cedo Luís tinha tratado disso.

Eva regressou sózinha ao grupo.

Todos - Onde está Juliette?

E - Não estava bem e quis ir para casa. Não se preocupem. Liguei a um taxista amigo e ele veio buscá-la. Estive com ela até ela entrar no carro.

R - Que chato. O que será que lhe fez mal.

Luís aproveitou a foi buscar nova rodada de bebidas e baptizou a do Rodolffo.

R - Já bebi demais. Está tudo a girar.

L - Só mais essa. Depois vamos ali para o reservado curtir um pouco.

R - Estou sem par.

L - Eu tenho um par à tua espera.

Por conta da bebida com droga, Rodolffo estava entre a euforia e alucinação.

L - Rodolffo, vou levar- te até um quarto onde uma profissional te espera. Presente dos amigos. Entra e é só ires até à cama.

Luís fez questão de acompanhar o Rodolffo até ao quarto conduzí-lo até à cama sem acender a luz.

Rodolffo deitou-se e verificou que estava alguém mais deitado. Era uma mulher. Luís entretanto ficou um pouco na porta e vendo que seu amigo se preparava para atacar, fechou a porta e foi embora.

Rodolffo subiu para cima da mulher que não tinha reacção. Uma vez que ela já se encontrava nua ele tentou fazer sexo.

Ao sentir o peso em cima dela Juliette reagiu lentamente tentando perceber o que se passava. O quarto estava escuro e não conseguia ver nada.

Rodolffo tentava beijá-la mas ela debatia-se debaixo dele. Como ela tentava gritar ele tapou-lhe a boca com a mão.

Devido à diferença na estatura de ambos, Juliette logo perdeu a luta. Rodolffo completamente alucinado devido à droga parecia um animal e não media meios para os fins.

Juliette com a mão ainda a tapar-lhe a boca soltou um gemido e contraiu-se com dor quando foi penetrada. A partir daí deixou de resistir até que o animal se satisfez e caiu para o lado.

Juliette chorou e vendo que ele acabara de dormir pois já ressonava, levantou-se às escuras, apalpou e achou os sapatos, depois aos apalpões achou o vestido.
Não queria acender a luz não fosse o homem acordar e voltar a atacá-la.

Desceu as escadas que davam para a rua e esperou passar um táxi. Não esperou muito.
Deu ao motorsta o endereço e só depois verificou que não tinha a sua carteira.

Já em casa pediu para o motorista esperar e foi buscar dinheiro para pagar.

Entrou, Trancou a porta e dirigiu-se ao banheiro.

Ligou o chuveiro e sentada no chão com a àgua a cair por cima dela permitiu-se chorar.

Tinha sido uma noite para nunca mais esquecer e ainda por cima perdeu o fio com a fotografia da mãe que ela lhe tinha oferecido no seu último aniversário.
Era uma das poucas recordações físicas que tinha de sua mãe.

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