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Segunda feira chegou e com ela um dia muito difícil para Rodolffo.  Tratou de toda a burocracia para o funeral de sua mãe que seria terça feira.

Logo cedo Juliette ligou para Micaela informando que nem ela nem Rodolffo iriam à empresa.
Micaela deixou-os à vontade e disponibilizou-se a ajudar.  Por ser um familiar directo poderiam faltar a semana toda.

Terça de manhã na pequena capela estavam Rodolffo,  Juliette,  Micaela e alguns colegas, o Dr. Heitor e meia dúzia de vizinhos de Marta.

A cerimónia foi rápida e o cortejo fúnebre seguiu para o cemitério local onde Marta foi sepultada em campa rasa.

Todos foram cumprimentando Rodolffo e saindo um a um.  Juliette permaneceu abraçada a Rodolffo e depois de todos saírem fizeram juntos uma oração.

De seguida regressaram a casa.  As crianças brincavam na àrea externa e logo correram à  abraçar os pais.

J - Madalena, Gabriel, toca a lavar as mãos para almoçar.

Durante o almoço o ar estava um pouco sombrio.  Rodolffo esforçava-se para parecer alegre em frente às crianças.

J - Amor, queres ir ficar em tua casa?
Lá descansas melhor pois há mais silêncio.

R - Não.   Hoje prefiro ficar aqui.  Lá tem muitas lembranças.

J - Está bem.  Sobe e vai descansar.  Eu já vou ter contigo depois de por as crianças a dormir a sesta.

As crianças depressa adormeceram.   Juliette ajudou Ana a arrumar tudo e subiu.

Rodolffo estava deitado abraçado ao travesseiro da Juli.

Juliette tirou o travesseiro e abraçou-o.  Rodolffo deitou  a cabeça no peito dela, abraçou-a pela cintura e ficaram os dois em silêncio.
Juliette  fazia carinhos no cabelo dele até que finalmente ele adormeceu.  Fez questão de se afastar para o deixar mais à vontade mas ele apertou-se mais contra o seu peito.  Por fim ela pegou também no sono.

Acordaram perto das 16 horas com o barulho das crianças.

Ana bateu à porta para dizer que ia sair um pouco com eles até ao jardim.

Com isto os dois permaneceram deitados a conversar sobre o futuro.

J - Amor, agora já podes mudar para cá de vez.

R - Sim.  Mas a minha casa tem uma àrea externa maior que esta.  É melhor para as crianças.  Podemos decidir viver cá ou lá.  E o que fazemos a uma das casas?

J Depois resolvemos o que acharmos melhor.

R - O que faço às coisas da minha mãe?  Não tenho familiares a quem doar.

J - Não penses nisso agora.  Amanhã vamos buscar as tuas coisas e o resto resolvemos mais tarde.  Felizmente a casa é tua,  não precisamos tirar nada com urgência.

R - Eu amo-te tanto.  - Rodolffo puxou Juliette para si e beijou-a.

J - E eu a ti meu amor. - Olha, temos esta semana livre.  Podíamos ir a qualquer sítio com Ana e as crianças.

R - Onde?

J - Estamos no Verão.  Logo vem o Natal.  Podíamos ir até à praia.  Vamos até ao Lobito.  Vamos amanhã e regressamos sábado pois segunda já vamos trabalhar.

R - Está bem.  Então vou a casa buscar roupa para levar.

J - Eu vou preparar as malas e avisar a Ana.  Entretanto preparo o jantar.

Rodolffo levantou-se um pouco mais animado.   Estes dias longe e em família vão fazer-lhe bem.

Dei um beijo na Juli e saí para ir a minha casa.
Voltei atrás.

R - Juli, não sei se consigo ir lá sózinho.  Vem comigo.

J - Eu vou sim.  Deixo um bilhete à Ana,  assim ela vai separando as roupas.

Entrei na casa de Rodolffo abraçada a ele e senti o corpo dele retrair-se.
Segurei o rosto dele, dei-lhe um beijo e puxei-o em direcção ao quarto.

J - Coragem.   Pensa só nos momentos bons com ela.

R - E foram muitos felizmente.  Ela era a minha heroína, a minha confidente,  o meu pilar.

J - Então é nesses momentos que deves focar.  Vamos lá separar a roupa.
Não é preciso muita.  Algumas peças para a praia, umas desportivas e uma mais formal para qualquer eventualidade.

R - Gosto da tua praticicidade.  Eu sózinho levaria quase tudo o que está aí no closet.

J - Mas são poucos dias.  Quando tivermos férias será diferente.

Enquanto Juliette arrumava as roupas,  Rodolffo abraçou-por trás.
Afastando o cabelo dela começou a beijar-lhe o pescoço.

J - Não comeces se não for para terminar.

R - Eu jamais deixo as coisas a meio.
Para aí um bocadinho.  Deixa-me provar o quanto eu te amo, o quanto preciso de ti agora.

Juliette largou tudo e enroscou-se nele.


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