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Júlio saiu e o ar ficou mais leve.  Todos estavam contentes apesar de não terem ganho.
Parabenizavam o Rodolffo e reclamavam um jantar de comemoração.

R - Eu vou fazer o jantar mas de momento não dá.  A minha mãe está hospitalizada e não tenho clima.

Todos entenderam e aceitaram comemorar depois.

Eram horas de sair.

Rodolffo esperou por Juliette e seguiram para o hospital.

Marta não tinha melhorado mas estava consciente.

R - Mãe, ganhei.  Sou o novo Director da empresa.

M - Que orgulho meu filho.  Eu sabia que tu ias chegar longe.

Marta estendeu as mãos para Juliette.

Juliette,  perdoa este meu filho.  Foi cabeça doida,  errou muito mas uma coisa é certa, o amor por ti é verdadeiro.

J - Esteja calma.  Nós estamos nos entendendo.  Vamos todos ficar bem.

Terminaram a visita e seguiram para casa da Juli.

R - Juliette,  não temos clima de festa mas podíamos ir jantar os dois para comemorar.

J - Queres?  Podemos deixar para outro dia.

R - Não.   Eu hoje quero estar contigo.   Amanhã é sábado saímos com as crianças.  Pode ser?

Deixei Juliette em casa e fui a minha casa tomar banho e mudar de roupa.

Voltei para buscá-la e ver os pequenos.

M - Papá, pensei que não vinhas!

G - Papá, anda brincar.

R - Só um bocadinho.  O papá vai sair com a mamã.  Amanhã saímos todos,  pode ser?

M - Se fores namorar com a mamã pode.

Esta minha filha vai ser fresca, Ana!

A - Vai, vai.  Prepara a espingarda.

Segredei no ouvido da Ana.  Talvez a gente não regresse hoje.

Ana sorriu para mim e levantou o polegar.

Juliette apareceu e estava deslumbrante.

R - Uau!!! Quem é a gata?

J - Vamos?  Portem-se bem meninos.  Obedeçam à vó Ana e cama cedo.

A - Bom jantar para vocês.

Entrámos no carro e Juliette disse que queria ir a um restaurante simples e sossegado.

Rodolffo sabia exactamente onde ir.

Conduziu durante meia hora e chegaram a um restaurante não muito grande mas que possuía uma sala no terraço de onde se avistava a cidade quase toda.

À noite a cidade era ainda mais bonita.  As luzes conferiam-lhe uma beleza a mais.

J - Que lindo este lugar.   Nunca tinha vindo a este lado da cidade.

R - Nem eu.  Só ouvi falar muito bem dele.  Que queres tomar antes do jantar?

J - Pode ser um Gin tónico.

Rodolffo pediu 2 Gins antes de escolhermos os pratos.

J - Amor,  fiquei tão orgulhosa com os elogios do Fernandes para ti.

R - É.  Eu sou aquilo tudo?

J - E muito mais.  O Júlio pediu-me desculpa por tudo mas o Fernandes  deu-lhe uma bronca por ser tanto tempo depois.

R - Devia querer agradar ao chefe.

J - Devias ver a cara dele quando foi despedido.

R - Vamos falar de nós.   Deixa esse parvo pra lá.

J - E vamos falar o quê?

R - Dorme comigo esta noite.  Não tem ninguém lá em casa.

O garçon aproximou-se com o cardápio e eles começaram a escolher.

R - Carne ou peixe?

J - Peixe para mim.  Pode ser aí o bacalhau à lagareiro.
Gosto do mufete mas feijão com óleo de palma à noite é pesado.

R - Eu vou de bochechas de porco estufadas.
Vinho?

J - Sim.  Tinto.

Pedimos para vir primeiro o bacalhau e depois as bochechas, para dividirmos os pratos.

A noite estava muito quente então pedimos de sobremesa um leite creme com uma bola de gelado e chantilly.

Com o café Rodolffo pediu uma aguardente velha na qual eu dei um trago.

Acho que já estava bem alegrinha com tanta bebida.  Mas estava feliz.

No lado oposto à nossa mesa havia alguns sofás.  Fomos para lá.

Ficámos durante um tempo abraçados apreciando a vista.
Estava tudo tão bom que desejei que o tempo parasse.

R - Amor, há bocado não me respondeste.  Dorme comigo hoje?

J - Mas não disse nada à Ana!  Ela fica preocupada.

R - Eu disse.

J - Como, tu disseste?

R - Eu disse que talvez não voltássemos.

J - Bem safadinho.  Tudo planeado.

R - Isso quer dizer que aceitas. Vamos?

Seguimos em direcção à casa de Rodolffo na qual nunca entrei.

R - Bem-vinda à minha humilde casa.

Mostrei a casa à Juli e fomos para o meu quarto.

Senti que ela ficou mais tensa mas fingindo não perceber fazia de tudo para que ele relaxasse.

Sentei-me na cama e com ela no colo disse.

R - Se não estiveres bem vamos só dormir.

Ela começou  a beijar-me e eu rodei e fiquei por cima dela.

Devagar comecei por baixar as alças do vestido e afaguei-lhe os seios.

Passei os beijos para o pescoço , ombros e deslizei para os seios.  Beijei um e o outro e voltei aos lábios olhando-a nos olhos.
Parei um pouco tentando decifrar o que lhe ia na mente e ela mandou-me continuar.

Ajudei-a a retirar a roupa dela e a minha e pela primeira vez fiz amor com ela.
Senti-a por vezes um pouco tensa e tentava proporcionar-lhe tanto prazer que a fizesse esquecer daquele dia.

Por fim deitei-a no meu peito e abracei-a.  Foi quando senti as suas lágrimas molharem o meu corpo.

Virei-me apoiando a mão na cabeça e levantei o queixo dela.

R - O que foi amor, magoei-te?

J - Não.  É uma sensação boa mas não sei.  Ainda tem os fantasmas do passado mas senti-me muito amada.

R - Isso nunca duvides.  Se eu pudesse voltar no tempo mas não posso.   Só posso prometer muito amor a partir de agora.

J - Não usámos camisinha percebeste?

R - Pois foi.  E agora?

J - Reza para não virem mais dois.

R - Se for de minha vontade eu rezo para virem.

J - Seja o que Deus quiser.  - Juliette foi para cima dele e começou a beijar o peito definido dele.

A noite ainda agora tinha começado e pelo andar da carruagem alguém iria passar um sábado cheio de sono.

N/A

Gelado = Sorvete no Brasil

Sorvete para nós é aquele que é só àgua e suco de fruta congelado.

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