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A saúde de minha mãe mantinha-se num impasse. Um dia estava bem e no outro piorava.  Mantinha-se por isso internada.

Rodolffo ia todos os dias visitá-la.  Por vezes ia com Juliette e uma  vez por semana levava os gémeos.

O aniversário de Juli estava chegando.  Não havia clima para festas mas pelo menos um bolinho teríamos.

Combinei com Ana para preparar um jantar caprichado e encomendei um bolo.

Logo pela manhã comprei um lindo buquê de flores que lhe entreguei no escritório.

R - Parabéns meu amor.  Muitos mais anos a meu lado e dos nossos rebentos.
Os presentes principais só terás mais logo.

J - Obrigada amor! Vocês já são os meus presentes.

Logo chegaram Micaela e as outras meninas para parabenizá-la.

Cada uma delas trazia um pequeno presente.

Dos colegas homens recebeu flores e chocolates.   Do dr. Heitor recebeu uma linda pulseira que sua esposa escolheu.

J - Muito obrigada a todos.  Agora voltemos ao trabalho porque não é feriado.  Mais logo comemoramos com um lanchinho no café ao lado.  Podem esperar-me lá todos à saída.

O dia decorreu tranquilo como tinha que ser.  No regresso a casa Rodolffo estava muito enigmático.  Ao fazer a curva de acesso à rua da casa da Juli pediu para ela fechar os olhos.

J - Porquê?

R - Surpresa amor!  É para fechar mesmo não vale fazer batota.

J - Até vou colocar esta bandana.  Assim não tenho tentação de espreitar.

Cheguei em frente à casa de Juli e Ana veio à porta com os gémeos.

Abri a porta do carro e ajudei-a a sair, conduzindo-a até aos filhos.

R - Já podes abrir.

PARABÉNS, gritamos todos em conjunto.

Na frente da Juli estava um lindo carro branco, decorado com um grande laçarote vermelho.  Estendi a mão para ela e entreguei-lhe a chave.

J - É pra mim? Verdade?
Rodolffo, como é que compraste um carro para mim?

R - Amor,  agora eu tenho uma posição que já me permite alguma estabilidade financeira.

J - Eu amei.  Meu sonho desde sempre.
Abracei e beijei os meus filhos e Ana e por fim beijei Rodolffo.
Obrigada, mil vezes obrigada.

Rodolffo segredou-me ao ouvido - Agradeces mais logo de maneira especial.

Respondi-lhe - Nem imaginas como.

Tirei o laçarote e fomos todos fazer um teste drive.  Juliette tinha habilitação de condução apesar de nunca ter tido oportunidade de comprar um carro.

Só era necessário desenferrujar e praticar.

Voltámos e fomos tomar um banho antes de nos reunirmos à mesa para jantar.

M e G - Mamã,  hoje podemos ficar acordados mais um pouco?

J - Só mais um poucochinho.   Depois de cantar parabéns e comer bolinho podem brincar um pouco com o papá enquanto a mamã e a Ana arrumam a cozinha.  A seguir, cama.

Terminado o jantar foi um corropio no apagar de velas.  Cantámos parabéns para a Juli apagar e depois repetiu-se tudo para cada um dos gémeos.

Não há nada que pague  ver a alegria espelhada no rosto das crianças.
Tudo irradiava felicidade nesta casa.  Não fosse o problema de Marta e estava tudo perfeito.

J - Vamos guardar uma fatia para levar amanhã à avó Marta,  sim meninos?

M e G - E podemos ir também?

R - Sim.  Vamos todos.

Rodolffo já tinha conversado mais cedo com Ana.  Ia dormir com Juli na casa dele.  Queria fazer-lhe outra surpresa.
Ana concordou de imediato.

Assim que Juli subiu para colocar as crianças para dormir, Ana despediu-se dela e de Rodolffo.

A - Até amanhã.   Tenham uma boa noite.

Rodolffo depois de darem um beijo nos filhos segurou na mão da Juli e desceram.

R - Vamos dormir a minha casa.

J - Sério!  Porquê?

R - Outra surpresa.   Anda, já falei com a Ana.

J - Tu e a Ana sairam-me dois alcoviteiros!

Chegádos a casa de Rodolffo,  este entrou primeiro deixando Juliette na entrada.
Não demorou nem 5 minutos quando regressou e a colocou no colo para entrar.

A casa estava decorada com flores e velas.
Rodolffo pegou um garrafa de champanhe da geladeira, duas taças,  uma taça de morangos e seguiu com juli para o quarto.

Por cima da pequena mesa estávamos vários tipos de bombons.
No aparador um enorme buquê de rosas vermelhas e duas velas acesas.

O quarto estava apenas iluminado com a luz das velas e a luz da lua que refletia através da enorme janela.

J - Está tão linda a lua. 

R - Em tua homenagem.  Vem cá.  Senta aqui na cama.

Juli sentou-se com Rodolffo ao lado dela e ele começou por dizer 

- Este ano foi o melhor da minha vida.
Por muito tempo eu fui um jovem inconsequente.   Vivia de esbórnia na noite.  O meu lado lunar não era o melhor.  Nunca media as consequências dos meus actos.  Só queria sair à noite e divertir-me sem olhar a meios.
Aquela noite maldita foi um virar de página na minha vida.  Parei, pensei, analisei tudo e prometi a mim mesmo que nada a partir dali seria igual.

Infelizmente não consegui sem magoar outras pessoas.  Precisei de ir ao fundo para regressar à tona.

Quando te revi, alguma coisa se acendeu em mim.  Instintivamente eu sabia que tínhamos algo em comum.   Lamento mais uma vez que esse algo em comum fosse tanto sofrimento.
Nunca me cansarei de pedir o teu perdão.

Depois deste-me o maior presente que um homem pode desejar: os nossos filhos.  Eu amo-os tanto!

Por isso tudo e porque não pode ser de outro jeito, - Rodolffo ajoelhou-se na frente da Ju e retirou do bolso uma caixinha de veludo vermelho com duas alianças e um anel de noivado,

♡  casa comigo ♡

Juliette ouvia todo este discurso atentamente e com os olhos marejados.
Segurou o rosto de Rodolffo com as duas mãos,  beijou-o nos lábios e respondeu:

♡  caso sim ♡

Rodolffo colocou o anel e a aliança nela e por sua vez ela colocou a dele.

Beijaram-se apaixonadamente e ali à luz da lua prometeram amar-se por toda a vida.

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