Juliette hoje acordou já com cólicas e contrações.
Ana preparou os gémeos para o início do ano escolar. Depois de tomarem o café, esperaram o autocarro escolar que os levava e trazia.
Rodolffo ajudou Juliette a tomar banho e vestir-se para seguirem para a maternidade.
A - Depois dá notícias Rodolffo.
R - Sim. Fica em casa e quando os gémeos voltarem explica que a irmã vai nascer.
Chegados à maternidade, Juliette foi atendida de imediato e encaminhada à sala de partos.
Ali não era permitido o pai assistir.
Rodolffo ficou do lado de fora andando de um lado para o outro muito nervoso.
Era a sua primeira vez no papel de pai.A par da angústia que tinha, também sentia uma espécie de decepção por não ter estado presente no parto dos gémeos.
Mil e uma coisa passou novamente na sua cabeça. A vida passada por vezes ainda o assombrava.
Não era só Juliette que vivia a dor de ter sido violada. Ele também sofreu. Dores diferentes, talvez uma mais física e outra mais psicológica mas quando lembrava, lá no íntimo, doía.
Era o lado obscuro. A transformação noturna tal como a criatura em noite de lua cheia. Foi assim naquela noite em que violou Juliette.
- Senhor, sua filha nasceu!
- Senhor, sua filha nasceu!
R - Ahhh, desculpe. Estava distante.
- Sua filha nasceu. Vão levar a sua esposa para o quarto e depois pode entrar.
R - Muito obrigado.
Rodolffo entrou no quarto e encontrou uma Juliette calma e sorridente.
J - É tão linda a Matilde.
R - Estás bem amor, correu bem?
J - Estou bem foi tranquilo. Nem demorou muito.
R - Porque ela não está aqui.
J - Já vem. Foram prepará-la. Já a trazem para comer.
- De quem é esta princesa cheia de fome?
- Dona Juliette precisa de alguma indicação sobre amamentação?
J - Não senhora enfermeira. Já sou mãe de 2 gémeos.
- Então vou deixá-los. Qualquer coisa é só pedir.
A enfermeira entregou Matilde ao pai a pedido de Juliette.
Rodolffo pegou nela a medo. Temia machucá-la.
Umas lágrimas surgiram nos seus olhos.R - Nunca me vou perdoar por não ter estado no nascimento dos gémeos. Ela é tão linda!
Matilde fez uma careta e quis chorar mas Rodolffo entregou-a à mãe.
R - Ela está com fome.
Matilde mamou e Rodolffo sentado ã cabeceira da cama encostou o rosto na cabeça de Juli e com a mão fazia festinhas nos dedos de Matilde.
J - Comilona ela. Olha só como suga!
R - Aproveita filha que isso aí tem dono. Estou cedendo temporariamente para ti. Não abuses e não estragues.
J - Rodolffo!!!!
R - E não é verdade? Logo, logo volta para o seu legítimo proprietário.
Juliette deu um tapa no braço de Rodolffo e ganhou um beijo em troca.
R - Obrigado amor! Hoje ganhei mais um presente de Natal.
J - A médica disse-me que como correu tudo bem amanhã posso ter alta. Não é preciso trazer cá os gémeos.
R - Ok. Daqui a pouco vou lá a casa e explico-lhes tudo. Vão ficar doidos.
J - A Madalena porque o Gabriel queria um mano.
R - Vai ter que esperar mais um pouco.
J - E quem disse que eu quero?
R - Ué! Mas o meu pedido de Natal foi mais dois, então ainda falta um.
J - Mas nem sempre ganhamos o que pedimos.
Matilde adormeceu e Rodolffo colocou-a no berço.
Aproveitou para ficar de chamego com Juli pois daqui a pouco tinha que ir a casa.
Puxou-a para os seus braços e apertou-a num abraço de agradecimento e muito amor.
R - Juli, vou marcar o nosso casamento. Quando queres?
J - Daqui a três meses. Pode ser no inicio do ano. Ano Novo, vida nova.
Sem muita festa. Não quero nada pomposo. A nossa família e poucos amigos. É só uma oficialização do que já é um facto.R - Tudo o que a senhorita desejar. Sua palavra é ordem.
E assim numa tarde de Janeiro, Rodolffo e Juliette casaram numa pequena capela apenas com Ana, os filhos, Micaela, Rute e o Dr. Heitor e esposa como testemunhas.
Almoçaram todos juntos num restaurante com direito a um bolinho de comemoração.
Cerimónia simples mas sincera como Juliette sempre quis. Nunca foi sonho dela fazer uma festa para muita gente nem com muita ostentação.
O Dr. Heitor ofereceu-lhes uma viagem com destino à escolha. Rodolffo e Juliette não viajariam agora. Talvez fossem sózinhos ou talvez esperassem pelas próximas férias escolares.
Por agora Juliette ficaria em casa mais 2 meses e Rodolffo aguentaria o rojão com o apoio da Micas.
Todos ergueram as taças incluindo as crianças que bebiam refrigerantes.
- Aos noivos. Que sejam uma família sempre unida e feliz, disse Heitor.
- Aos noivos e às crianças presentes e às que virão, disse Micaela.
J - Grande amiga eu tenho.
Todos- AOS NOIVOS
Fim
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Lado lunar
Fanfiction~~ Toda a alma tem uma face negra nem tu nem eu fugimos à regra Tiremos à expressão tido o dramatismo por ser para ti eu uso o eufemismo Chamemos-lhe apenas o Lado Lunar Mostra-me o teu Lado lunar ~~~ 《trecho de...