No dia seguinte assim que cheguei à empresa liguei para Juliette.
R - Bom dia Juli. Liguei só para pedir desculpa por ontem ter ido ver os nossos filhos sem pedir autorização.
Não fiques brava com a Ana pois a falha foi minha.J - Está tudo bem. Podes ir à hora que quiseres. As crianças não têm culpa dos erros dos adultos.
R - Obrigado. Estás bem? Quando quizeres temos que conversar sobre eles.
J - Estou bem, sim. Quando me sentir preparada, conversamos. Por hora não consigo.
R - Entendo. Fica bem.
J - Tchau.
Ouvir a voz dele deixou-me um misto de emoções.
Eu odiava uma pessoa que não conhecia. Agora que conheço não consigo odiar. A mágoa é grande mas não é ódio.Não imagino o futuro daqui para a frente. Quer queira quer não vou ter que o ver entrar lá em casa para ver os filhos. Ou será melhor que os vá buscar quando os quiser ver?
Preciso de encontrar qual a maneira mais fácil para lidar com esta situação.
Rodolffo ficou satisfeito por Juliette autorizar a sua visita aos filhos.
Começou por ir à hora do almoço, mas, como o tempo era curto optou por aparecer no final da tarde depois de sair do trabalho.
Tanto ele como Juliette saíam à mesma hora mas como ele tinha automóvel chegava primeiro. Até pensou em oferecer carona para ela mas teve medo de ser mal interpretado.
Juliette chegava cerca de meia hora depois e sempre que ele estava lá ela ia directamente para o quarto.
Hoje foi um desses dias. Ana entrou logo de seguida.A - Juli, as crianças vão perguntar porque vocês não se falam. Principalmente a Madalena que percebe as coisas a léguas de distância.
J - Ana, eu não consigo estar ao pé dele. Eu queria esquecer mas não posso.
A - Pois mas tratem de resolver isso.
Amanhã combinei com a mãe dele levar as crianças ao jardim para estarem com ela. Tudo bem para ti?J - Sim. Eu quero que eles convivam com ela também. Deixa eu ir tomar banho para ver se acalmo as ideias.
A - Eu não vou dizer, mas que eu tinha muito que falar isso tinha.
J - Então não digas.
Juliette deu um beijo na Ana e entrou no banheiro.
Rodolffo estava nas pinturas com os filhos quando Ana chegou.
R - A Juli já chegou?
A - Sim. Está no banho.
R - Mais cinco minutos e já vou embora. Não quero que ela tenha que estar fechada no quarto enquanto estou aqui. Ela nem veio ver os filhos.
A - Vem depois.
A semana passou sem novidades.
Era segunda feira e hoje ia conhecer o Dr. Heitor.
Cheguei à minha sala e tinha outro buquê na secretária.
Juli
Hoje chega o chefão. Não estejas ansiosa, ele é tranquilo.
Estarei aqui se precisares e esperando o dia do teu perdão.
Tem um bom dia
R
Juliette estava realmente ansiosa. No pouco tempo que conviveu com Rodolffo ele ficou a conhecer todas as vulnerabilidades dela.
Por um momento ela sorriu ao olhar para as rosas brancas.
O branco é sinal de paz por isso ele escolheu a rosa branca.O Dr. Heitor chegou logo de seguida e Micaela entrou no gabinete dele acompanhada de Micaela.
M - Bom dia Dr. Esta é Juliette, a sua nova secretária.
J - Muito prazer Dr. Heitor.
H - Benvinda. Já conhece a empresa?
J - Sim. Já cá estou há uma semana.
H - Então vamos começar a trabalhar. Micaela, convoque todos os engenheiros para uma reunião hoje às 15 horas sem falta.
Quem não estiver a horas não participa.M - Vou agora mesmo. Licença.
Micaela saiu e Heitor ficou de conversa com Juliette. Queria saber donde era e o que já tinha feito.
J - Nunca trabalhei nesta àrea mas eu aprendo depressa e sou muito dedicada.
H - Ninguém nasce ensinado e quem disser o contrário mente.
A manhã passou rápido. Heitor era uma pessoa agradável de conversa e parece que tinha por hábito conhecer os seus funcionários e saber das dificuldades deles.
Juliette contou da sua estada em Portugal, o seu trabalho lá e o seu curso que por hora estava suspenso.
H - Temos que ver isso. Eu gosto de pessoas que querem aprender mais.
O saber nunca é demais.- Olha Juliette, são horas de almoço!
Vou almoçar com a minha mulher. Encontramo-nos às 15 horas na sala de reuniões.Ele saiu e eu estava um pouco tensa.
Novos desafios sempre me causam isso.
Desci para comer qualquer coisa no café.Pedi um café com leite e uma sanduíche de queijo.
Logo depois chegaram vários outros funcionários.
Um homem alto, loiro tipo crossfiteiro chegou, fez o pedido ao balcão e logo se sentou na minha mesa.
Jú - Prazer, sou Júlio, engenheiro da empresa.
J - Juliette.
Jú - Já te tinha visto algumas vezes.
J -Não sou invisível. - disse, começando a comer a minha sanduíche.
Jú - És secretária do chefe. Não sabes o que o velho quer? Logo hoje que eu ia tirar a tarde para sair com uma gatinha.
J - Não faço ideia, mas ele não obriga ninguém a ir.
Rodolffo entrou naquele momento e não gostou de ver Júlio com Juliette.
Ela olhou para ele, fez que sim com a cabeça e ele entendeu como um salva-me.
Pediu um café e foi sentar-se com eles.
R - Boa tarde. Tudo bem Juliette?
J - Agora sim.
Júlio não gostou de Rodolffo ter aparecido e deu a desculpa de que precisava desmarcar o compromisso da tarde. Tinha que ir embora.
Assim que ele saiu Juliette suspirou de alívio.
J - Aff! Que homem chato. Obrigada por me salvares.
F - Estava a incomodar-te? Cuidado que ele não é boa pessoa. É casado mas vive de casos extraconjugais.
J - Só a conversa era mesmo chata.
Obrigada pelas flores.R - De nada. Se eu pudesse faria mais.
J - Está na hora. Temos reunião.
R - O que achaste do dr. Heitor?
J - Foi muito atencioso comigo. Conversámos toda a manhã.
R - Ele é assim. Eu já tive alguns bons papos com ele.
A reunião deve ser mais uma das ideias estranhas dele. De vez em quando gosta de baralhar tudo.
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Lado lunar
Fanfiction~~ Toda a alma tem uma face negra nem tu nem eu fugimos à regra Tiremos à expressão tido o dramatismo por ser para ti eu uso o eufemismo Chamemos-lhe apenas o Lado Lunar Mostra-me o teu Lado lunar ~~~ 《trecho de...