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Depois de um longo período à beira rio Rodolffo regressou a casa.  Pela cara a sua mãe logo calculou.

M - Correu mal, não foi?

R - Foi.  Ela me expulsou da casa dela.

M - Muito normal filho.  Ela odiava o homem que lhe fez mal e saber que foste tu não deve ter sido fácil.
Dá tempo que o tempo tudo cura.

R - E se ela nunca mais quiser nada comigo? 

M - Erraste, agora aceita as consequências e não pressiones.  Deixa ela no tempo dela.  Embora sofrendo aceita que tudo tem um propósito.

R - Mas mãe, tem um pormenor de que eu não pude falar.  Os gémeos.
Tens noção que agora tenho 2 filhos lindos?  Tu és vóvó, mãe.

M - Verdade filho.  Será que ela deixa a gente conviver com eles?  Eu creio que sim.  Não vejo a Juliette a negar isso.

R - Tomara que não. 

M - Como vai ser lá no trabalho?  Não criem mau ambiente por lá.

R - Mãe, corremos o risco de nem nos encontrarmos.

Uma semana passou. Ninguém procurou ninguém.
Rodolffo morria de vontade de ver os filhos mas apenas se limitou a telefonar a Ana para saber noticias de todos.

R - Ana, desculpa telefonar.  Como estão todos por aí.  Queria tanto ver as crianças.

A - Estamos bem.  Rodolffo tem calma.  Dá-lhe tempo.  As crianças, vamos ver uma maneira de as veres.
A Juli não vai impedir mas enquanto não conversarem tem paciência.

R - Está bem.  A juli começa no trabalho amanhã?

A - Sim. Ela queria desistir mas eu convenci-a a não fazer isso.  Por isso não lhe cries problemas.

R - Não vou fazer nada.  Ela nem vai sentir a minha presença.  E estamos em locais diferentes.

A - Ok.  Rodolffo.  Já vou ver as crianças.  Tchau.

R - Adeus Ana. Dá um beijo por mim aos meus filhos.

Segunda feira 8 horas da manhã Juliette entra no seu gabinete depois de conversar com Micaela.

Em cima da secretária está um buquê de rosas brancas com um cartão.

Juli

Benvinda a esta nova etapa.  Espero de coração que todos os teus sonhos se realizem mesmo que eu não faça parte deles.
Viverei todos os dias para te pedir perdão e se nunca me perdoares peço que me deixes fazer parte da vida dos nossos filhos que não têm culpa dos erros do pai.
Boa sorte no emprego.
Fica bem.
R

Não escrevi o nome todo porque alguma futriqueira pode vir futricar os recebidos dos outros e eu não quero problemas que já tenho que cheguem.

Juliette leu o cartão e duas lágrimas caíram dos seus olhos.  Imediatamente as limpou.

Hoje é o seu primeiro dia, há que focar no trabalho.  Por momentos pensou jogar as rosas fora mas logo se arrependeu.
Seria motivo para especulação e isso é o que menos quer.

Encontrou uma jarra em cima de um móvel e logo colocou lá as flores.

Esta semana o Dr. Heitor estava de viagem com a esposa, então Juliette aproveitou para se inteirar de todo o serviço.

Ainda pensou ir almoçar a casa mas queria conhecer mais da vida da empresa então convidou Micaela para almoçar no café da esquina.

Rodolffo como sempre ia almoçar a casa.
Passou na recepção e perguntou por Micaela.

- A Micaela saiu para almoçar com a secretária nova, a Juliette.  Devem estar aqui no café da esquina.  Ouvi elas comentarem sobre isso.

Rodolffo ao ouvir isso sabia que podia ir ver os filhos sem perigo de encontrar Juli.

Foi a casa, almoçou rápido com a mãe e saiu.

A - Rodolffo não devias fazer isso.  A Juliette é capaz de ficar zangada.

R - Eu vou conversar com ela, mas estava com saudades.  Já gostava deles antes e agora que são meus filhos não aguente de saudades.  Há uma semana que não os vejo.

O tempo era curto então fiquei meia hora com eles.  A Madalena mais faladora perguntou logo porque eu demorej tanto para ir vê-los.

R - Eu estava dódoi e não queria que vocês também ficassem.  Mas agora eu venho mais.

M - A mamã já foi trabalhar.   Agora só temos a Ana.

R - Eu venho quando puder está bem?

M - Sim.

Estava na hora de ir embora.  Beijei os meus filhos e disse para a Ana.

R - Ana, tu e a minha mãe podiam combinar alguma coisa.  Ela também gostava de estar com os netos.

A - Eu vou pensar nalguma coisa juntas, mas primeiro vou conversar com a Juli.  Não quero esconder nada dela.

R - Vais dizer que eu estive aqui?

A - Vou.  Até porque duvido que a Madalena não conte.  Nunca farei nada escondida dela.

R - Estás certa Ana.  Espero que ela não fique brava.

A- Deixa que com ela eu me entendo.

R - Tchau Ana, Tchau crianças.

Cheguei à empresa e ainda dava tempo de ir beber um café.  Cheguei ao balcão,  pedi o café e logo passam por mim Micaela e Juliette que já estavam de saída.

Juliette estava linda mas com o semblante triste.

M - Olá gostoso,  diz Micaela dando um tapa no meu braço e seguindo caminho.

R - Olá princesas. - disse virando-me para trás mas apenas Micaela me deu um sorriso.

Micaela aproveitou a deixa.

M - O engenheiro mais gostoso cá da casa.  Mas nunca deu moral à mulherada.  Por cá tem fama de gay.  Verdade que nunca ninguém viu nada mas nunca o viram flertar com nenhuma  mulher.   Da fama não se livra.

Juliette sorriu com esta conversa da Micas.

J - Deve ter alguém lá fora.  Não é possível um homem bonito destes não ter parceiro ou parceira.

M - Não tem.  O resto dos engenheiros dizem que ele vive para a mãe.

Subiram cada uma para o seu gabinete e a conversa ficou por aí.

Rodolffo regressou ao trabalho e ao passar na sala do café da empresa ouviu alguém questionar.

- Vocês já conhecem a secretária nova do Dr. Heitor?

Arrebitou as orelhas e entrou.

R - Qual é o tema da conversa?

- A secretária nova do Dr. Heitor.

R - O que tem?  Acabei de a ver com a Micaela.

- O que tem?  Já viste o mulherão que é?  E ainda por cima está solteira.  Tirava uma lasquinha.

R - E tu és casado e devias ter vergonha de falar assim.

- Estás a defendê-la porquê?

R - Porque é mulher e merece respeito.  Sabes da vida dela para falares assim?

Rodolffo virou costas e foi para a sua sala.  Noutras circunstâncias aquela discussão terminaria em briga mas por hora fica assim.  Aí se ele mexer com ela.

Ainda ouviu alguém proferir um
"Gays sempre defendem as mulheres".



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