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Faltava um mês para terminar o desafio lançado pelo presidente da empresa.

Durante todo este tempo em que Juliette trabalha aqui não foi preciso viajar com o presidente.   As poucas viagens que fez dispensou a secretária.   Teve que trabalhar alguns dias após o horário mas em todos os dias Rodolffo fez questão de ir buscá-la à saída.

O Dr. Heitor sempre pedia desculpa por empatá-la.

Por estes dias ele descobriu que ela tinha 2 filhos então só exigia horas extra em casos excepcionais.

Julio sempre que passava por Juliette soltava baboseiras e isso já a estava a incomodar.  Hoje não foi excepção.

Juliette estava na recepção a conversar com Rute quando Júlio entrou e logo foi perguntando.

Jú - Juliette sua gostosa, quando vou ter o prazer de passar uma noite deliciosa contigo?

Juliette olhou para aquele ser abominável e pensou: é hoje que ponho este tipo no seu lugar.

Fernandes vinha a entrar e ao ouvir a conversa,  ia falar, mas, decidiu ver o que Juliette ia responder.

Juliette colocou a bolsa em cima do balcão,  colocou as mãos sobre os ombros de Júlio  e de rompante desferiu uma joelhada nas partes íntimas dele que o fizeram dobrar até quase ir ao chão.

Pegou na bolsa e seguiu em direção ao elevador acompanhada de Fernandes que só podia estar a sorrir.

J - Imbecil.  Quem ele julga que é para falar assim comigo!

F - Gostei Juliette.   Por certo nunca mais lhe dirige a palavra.

J - Espero que sim.  Vou sair no seu andar também.   Preciso de falar com Rodolffo.

Rodolffo viu Juliette chegando com Fernandes.   Os dois vinham a rir e a conversar.

F - Bom dia Rodolffo.   Hoje tivemos animação logo de manhã.

Juliette sorriu e entrou na sala dele.
Contou o que se tinha passado na recepção.

J - Só vim aqui pedir para não fazeres nada.  Não quero confusão aqui dentro.  De certeza que ele aprendeu a lição.

Rodolffo bufava andando pela sala.

J - Rodolffo,  promete não fazeres nada.

R - Prometo mais ou menos.

J - Por favor.

R - Está bem. 
Rodolffo abraçou e beijou Juliette e ela saiu em direcção ao seu andar.

Rodolffo foi falar com Fernandes e quando regressou avistou o estrupicio que ainda mostrava uma cara de dor.

R - Espero que tenha doído o suficiente para aprenderes.  Só não faço o mesmo porque lhe prometi.

Não que eu deva alguma satisfação, eu e a Juliette somos namorados.
Só para saberes que na próxima vais sentir a força de um homem.

Júlio sem argumentos ficou calado. 

Durante o resto da manhã não se falava de outra coisa.  Júlio envergonhado pediu dispensa da tarde e do dia seguinte.

Hoje era o dia em que todas as meninas deveriam entregar o questionário que receberam há tempos.  Lembrando que o mesmo era confidencial e devia ser entregue dentro de um envelope sem identificação.

Entre outras havia estas perguntas :

- Prefere chefiar ou ser chefiada?
- Prefere horário fixo ou livre?
- Se tivesse oportunidade trabalharia a partir de casa?
- O que acha dos colegas homens?
- E das colegas mulheres?
- Quem para si é o melhor colega homem? Porque?
- E mulher? Porquê?
- Nesta empresa já sofreu algum tipo de assédio?  De que tipo?

(Uma vez que este questionário é confidencial poderá fazer qualquer denúncia se desejar - o seu nome nunca será exposto).

- Sente-se apoiada pela empresa?

Tinha outras perguntas mas estas eram as essenciais.

Depois de amanhã sairá o resultado sobre a sucessão do Dr. Heitor.

Rodolffo saiu da empresa e foi deixar a Juliette em casa.

R - Amor, nem vou entrar para ver os meninos.  Hoje a minha mãe não passou bem.  Devo ir com ela ao hospital ainda hoje.  Vou rápido ver como ela está.

J - Vai.  Depois liga para dar notícias.   Se precisares eu vou contigo.

R - Está bem.  Eu ligo.

Juliette entrou em casa, os gémeos vieram a correr e a gritar papá e ficaram desiludidos por não o ver.

J - Meninos venham cá!  O papá teve que ir ajudar a vó Marta.  Ela está dódoi e só tem ele.

M e G - Nós podíamos ir lá.

J - Agora não.  Ela precisa de descansar.

Ana ouviu a conversa e disse a Juliette que mais cedo tinha falado com a Marta e ela não estava nada bem mas não quis incomodar o filho.

J - Devias ter-me ligado.  O Rodolffo estava muito preocupado.   Teme o pior pois a doença dela vem progredindo.

A - Ela não deixou.  Fez-me prometer.

Juliette esperou o telefonema de Rodolffo que não chegava.   Deu o jantar aos filhos, pô-los na cama e subiu para o seu quarto à espera.

Lado lunar Onde histórias criam vida. Descubra agora