Além do Acordo: Reencontro De Corações

CAPÍTULO 19

— Isabela Oliveira

O caminho até o apartamento do Caio foi cheio de nervosismo, minha mente estava um turbilhão de pensamentos, desde preocupada com minha mãe até como séria a reação do caio, o porteiro libera minha entrada e sigo para o elevador, quando as portas se abrem lá está ele, por um segundo vejo preocupação em seus olhos, dou um passo para sair do elevador e ficamos de frente um para outro só alguns passos distantes. E nesse momento eu me sentia a jovem de 18 anos naquela noite fatídica. E assim, com um suspiro profundo, eu comecei a reunir a coragem para contar do porquê estava aqui, quando ia abrir a boca para falar ele falou primeiro:

— Já sentiu saudades do meu pau, docinho? — Ele fala com um sorrisinho irônico. 

— Você não cansa de ser idiota não? — Falo. — Estou aqui por um motivo sério e você fica aí de brincadeira. — Vendo uma expressão de curiosidade nele.

— Diz aí o que você tem para falar. — Ele fala caminhando até o bar e se servindo de uma bebida.

Eu não via jeito de contar isso sem ir direto ao ponto, sem enrolação.

— Estou grávida, Caio. — Digo rapidamente. — E você é o pai. — completo ele estava levando mais um gole de bebida aos lábios, mais parou no caminho, ele deixou o copo de bebida sobre o bar e se aproximou.

— E o que você quer que eu faça? Você disse que tomava remédio! Como posso ter certeza se isso não é um golpe? Vai ver você orquestrou tudo quando veio me pedir aquele dinheiro.

— Não acredito que está me dizendo isso, Caio. — Era difícil acreditar no que ele falou, achei que o conhecesse, mais não era impossível já que ele é filho de quem é... — Eu tomava remédio, sim, mais acredito que saiba que não é 100% e você tomou a decisão de... Bem, não estou aqui para te pedir nada! Só achei que você merecia saber que vai ter um filho.

— Se você realmente acha que esse filho é meu, eu te dou um dinheiro e vocês se mandam para longe. — Ele diz e quando acho que ele não podia mais me surpreender...

— Proposta não aceita! — Digo. — A gente não vai se mandar. É isso! Eu só queria te manter informado, eu tenho um emprego, minha mãe e a Bia, não precisamos de você. — Falo e desço a mão até a minha barriga e vejo ele acompanhar o olhar, escuto ele soltar um suspiro.

— Eu não sei como lidar com isso, isabela. Não estou pronto para ser pai. — Ele diz

— Eu também não estou pronta para ser mãe, mais eu não saio agindo como uma babaca pensando só em mim! — Digo. — É só isso que eu tinha para te falar, Caio, se caso em algum tempo você queira ser um pai para essa criança, sabe onde me encontrar. — Falo já caminhando para o elevador me controlando para não chorar, quando as portas estão se fechando ele fala:

— Espera Isa! — Olho em seus olhos e apenas balanço a cabeça em negação. Quando as portas se fecharam eu deixei o choro vir...