CAPÍTULO 03

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Isabela Oliveira

Acordo sobressaltada do meu cochilo com as máquinas do quarto fazendo um enorme barulho, olho e vejo que minha mãe parasse estar sofrendo de uma convulsão, levanto rapidamente e corro para a porta.

— AJUDA! — Grito e logo vem alguns médicos e enfermeiras e eles logo fazem o que precisam ser feito, eles seguram a minha mãe enquanto outros aplicam um medicamento em sua corrente sanguínea e aos poucos vejo o corpo da minha mãe se acalmar, tenho uma breve conversa com o médico e quando eles vão embora eu caio no choro, eu não aguento isso é tão difícil ver o amor da minha vida nessa situação e não poder fazer nada, aproximo do leito da minha mãe agarro sua mão. — Perdão, minha mãe, queria poder fazer mais pela senhora... perdão. — Murmuro.

Eu preciso fazer alguma coisa para conseguir esses dinheiro e logo o Caio surge na minha mente, por que a bia tinha que me dar notícias dele? Eu não posso me imaginar pedindo uma coisa dessas para ele, mas talvez eu tenha que engolir meu orgulho já que sei que nenhum banco vai emprestar dinheiro para uma mulher de 25 anos sem nada de garantia na vida como um emprego que mal da para se sustentar, bem, não custa tentar não é mesmo? Talvez o Caio seja, ainda, seja o cara doce que conheci um dia... Depósito um beijo na mão da minha mãe, pego minha bolsa e saio e sigo o caminho que percorri por muito tempo e que nunca saiu da minha memória.

(...)

Encaro do outro lado da rua o grande prédio com a sede dos Albuquerque, quem diria eu iria voltar nesse lugar, tenho memórias boas e horríveis desse lugar, solto um longo suspiro para ver se me encho de coragem, atravesso a rua e logo estou dentro do grande prédio sigo para os elevadores e aperto o último andar onde fica a sede da empresa Albuquerque. Quando o elevador se abre dou e cara a secretaria que conheço muito bem, dona Maria, ela é um amor de pessoa e sempre foi boa comigo, ela está distraída e não me percebe, eu me aproximo e faço um barulho com a garganta para ela me notar, e quando nota vejo seus olhos se arregalaram e logo um lindo sorriso aparece no seu rosto.

— Eu não acredito no que estou vendo... Isabela meu amor há quanto tempo! — Ela diz e sai da sua mesa e me dá um longo abraço. — Como você está querida? 

— Estou bem dona Maria. — Dou um pequeno sorriso.

— O que está fazendo aqui? — Pergunta mais, logo ela arregala os olhos e abre um sorriso ainda mais largo. — Não me diga que você e o Caio se acertaram? Eu sabia que isso voltaria a acontecer.

— Oh não, dona Maria, eu vim aqui por outro motivo, será que o Caio está? — Quando falo isso vejo seu sorriso dar uma vacilada mais ela o mantém.

— Ele está, mais daqui a pouco vai ter uma reunião, ele está te esperando? 

— Não mais preciso muito falar com ele, será que ele pode? Não vai demorar muito, no máximo 10 minutos.

— Hum, sendo assim acho que pode ele pode te atender, viu te anunciar. 

— Acho melhor não... A senhora sabe que as coisas entre a gente não terminou bem... E a gente não se vê desde aquele dia, mais preciso muito falar com ele.

— Tudo bem-querida, seja rápida que daqui a pouco ele tem a reunião. — Ela aponta para a porta no fim do corredor, assinto e caminho em passos vagarosos, que Deus me ajude.

Além do Acordo: Reencontro De Corações Onde histórias criam vida. Descubra agora