CAPÍTULO 10

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Isabela Oliveira

Meu corpo inteiro esquentou quando ele falou aquilo, minhas bochechas a essa altura deveriam estar parecendo um pimentão, e el vi e começou a gargalhar e eu só conseguia prestar atenção nesse som, era como ouvir uma melodia suave então muito familiar liberando memórias em minha cabeça dos momentos únicos que vivemos há tantos anos, me obriguei a sair desse transe e o encarei. 

— Isso não tem graça! — Eu disse.

— É claro que tem! Você aí toda corada como uma adolescente. 

— Deixa de ser idiota, Caio.

— Ficou bravinha? Bem, pelo que vejo você não mudou nada em personalidade, continua corando como um pimentão e se estressa com o mínimo de provocação. — Ele provocou, com um sorriso malicioso brincando em seus lábios.

— Você é impossível! — Exclamei, sabendo que ele estava certo.

— E você adora! — Ele devolveu, sua risada ainda ecoando suavemente no ar, criando uma lembrança adorável que eu sabia que guardaria para sempre em meu coração. 

Mesmo após anos e de todas as formas tentando tirar esse sentimento do meu coração tudo foi em vão, aquela noite nunca vai sair da minha memória, saio do transe com o apito do micro-ondas indicado que estava pronto, vejo caio retirar o prato e colocar sobre a bancada.

— Agora coma! — exige ele, como não quero mais discutir e realmente estou com fome, me sento e começo a comer. — A pizza estava deliciosa, confesso que comi o mais lento que poderia, quem sabe ele desistiria da ideia porque não estou preparada para o que vai acontecer, às vezes com o Caio sempre foram muitos intensas, avassaladores e com muitos sentimentos envolvidos e não estou preparada para reviver isso porque sei que vou sair com o psicológico acabado.

— Agora venha. — Ele disse atrás de mim, hesitei um pouco mais desci da cadeira e o segui e fomos para o quarto dele e quando ele acendeu a luz nada ali mudou, continuou o mesmo, quando eu olhei para a cama as memórias começando a se agitar em minha mente de todas às vezes que ficamos ali, tentei formar palavras para dizer algo mais não conseguia formular nada.

— Caio, nós... — Comecei a dizer mais não consegui, ele apareceu na minha frente, e ele estava muito perto, ele segurou meu queixo e seu toque foi como se enviasse eletricidade por todo meu corpo, ele me fez o encarar e antes que eu pudesse protestar, seus lábios encontraram os meus num beijo urgente com muita saudade. Cada sensação, cada emoção que eu tinha tentado enterrar, veio a tona novamente, e nesse momento, enquanto nos perdíamos naquele beijo, eu soube que não havia como escapar do furacão de sentimentos que sempre existiu entre nós. Estávamos destinados a colidir, e estou ansiosa para sentir a intensidade daquilo que sempre existiu entre nós.

Além do Acordo: Reencontro De Corações Onde histórias criam vida. Descubra agora