CAPÍTULO 27

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— Isabela Oliveira 

Eu estava anestesiada pela perda da minha mãe. As lágrimas já haviam secado, mas a dor parecia eterna. Caio, me ajudou com tudo, desde ficar ao meu lado o tempo todo há me ajudar a resolver as burocracias do velório que ira acontecer amanhã, meu coração está em pedaços, a dor é inimaginável, nunca pensei que iria passar por uma dor dessas. Bianca quando soube correu para me confortar, no hospital mesmo, eu tentei passar tranquilidade, mais logo voltei a desabar e ela me acolheu em seu abraço. 

Agora estou a caminho do apartamento do Caio, ele insistiu que eu ficasse em sua vista por qualquer coisa, ele está sendo o meu braço amigo, quando entramos no seu apartamento eu me vejo ainda mais perdida.

— Vou preparar um banho quente para você. — Caio Fala. — Vem. — Ele fala estendendo a mão, pego sua mão e o sigo até seu quarto, Caio prepara a água quente no banheiro e enquanto enche ele vai à procura de uma roupa para mim, em instantes ele volta com uma camiseta cinza e uma cueca box. — É o melhor que consegui, tenta seu banho e pode se deitar na cama, ok? — Ele fala e eu assinto, eu não tenho palavras para agradecer tudo o que ele tá fazendo por mim, me aproximo dele e lhe dou um abraço, ele me abraça de volta entendendo o meu agradecimento, logo ele sai e eu vou tomar meu banho.

(...)

— Trouxe um chá para você. — Estou sentada na beira da cama quando escuto a voz imponente de Caio, seco as lágrimas que já escorriam pelo meu rosto rapidamente.

— Não precisava, mas agradeço por isso. — Eu falo e o vejo se aproximar, ele se senta ao meu lado e me entrega a xícara de chá, eu olho para ele, meus olhos que estão vermelhos pelo choro constante encontrando os verdes esmeraldas dele. Era estranho, não tínhamos mais um relacionamento, mas ali estávamos. — Obrigada por tudo novamente, Caio. — Falo tentando conter o choro.

— Estou aqui por você, Isa. — Ele diz afagando meu cabelo. Após terminar o chá deixo na mesa ao lado da cama e me deito. Caio Apaga as luzes do quarto e se deita ao meu lado, sem dizer uma palavra. Ele me puxa mais para si, envolvendo sua mão na minha cintura, e eu me aconchego no calor do seu corpo, buscando conforto. Ele me faz cafuné enquanto sua outra mão faz leves círculos sobre meu ventre.

Nós não éramos mais um casal, mas naquele momento, sua presença era o que eu mais precisava. Caio continuou a me confortar, e eu fechei os olhos, permitindo que a dor se misturasse com a sensação de paz que ele me proporcionava.

Além do Acordo: Reencontro De Corações Onde histórias criam vida. Descubra agora