CAPÍTULO 22

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— Isabela Oliveira (2 semanas depois)

Meu estômago está mais sensível a cada dia, meus seios doem ao mínimo toque, dores de cabeça insuportáveis e um sono inacabável! É tudo o que tenho passado nas últimas semanas, tudo está uma bagunça, tenho que dividir meu tempo entre o trabalho e ver a minha mãe no hospital e agora cuidar de mim mesma para esse bebê nascer forte e saudável, estou exausta para dizer o mínimo. Sinto meu celular vibrar e abro para ver quem é, é o Caio.
“Tudo certo para eu ir te buscar para a consulta?” ele pergunta e respondo que sim, hoje séria a minha primeira consulta gestacional estava mais que ansiosa. Logo após a partida de Caio naquela noite para me dizer aquelas coisas, ele me enviou uma mensagem que já tinha marcado uma consulta com a “melhor ginecologista obstetra de São Paulo” palavras dele, eu optei por não discutir pós estava desgastada demais.

(...)

Quando estou quase pronto o escuto bater na porta, vou até lá abrir, e lá está ele, todo social, um tesão de gostoso, que droga de pensamento é esse? Será os tão famosos hormônios da gravidez?

— Oi! — Ele diz me observando.

— Oi. — Respondo dando espaço para ele entrar e ele faz. — Estou quase pronta, só preciso prender meu cabelo e pegar minha bolsa. — Digo e ele assente, vou até meu quarto, prendo meu cabelo, pego a bolsa, não faço barulho ao voltar para a sala e é assim que pego Caio bisbilhotando os portas retratos que ficam na estante, ele pega o porta retrato onde tem minha foto da formatura da faculdade de psicologia, faço um barulho para ele perceber que estou ali, ele solta e coloca no lugar a foto.

— Estou pronta! — Digo, ele assente, mais vejo em seu olhar que ele quer me perguntar algo. — Vamos Caio?

— Você se formou! — Ele diz, olho para ele com um olhar de interrogação. — No seu maior sonho né? Psicologia.

— Sim! Pena que o mercado de trabalho para os psicólogos não é nada fácil e hoje eu trabalho em algo totalmente diferente. — Eu falo. — Podemos ir logo? Depois quero ir ao hospital ver minha mãe.

(...)

— Isabela Oliveira? A doutora Tatiana está em seu aguardo! — Escuto a recepcionista me chamar, cutuco o caio e ele se levanta e vem ao meu lado, seu eu achei a fachada da clínica chique, o interior é muito mais e quando a recepcionista abre a sala do consultório tenho que me controlar parara não abrir a boca com tanto luxo.

— Olá, mamãe e papai, podem entrar, se sintam a vontade. — Fala a gentil médica e nós sentamos. — Como tem se sentindo Isabela? — Ela pergunta.

— Bem, tirando todos os enjoos e sensibilidade e sono, eu vou bem. — Falo.

— Isso é completamente normal, mãezinha, podemos começar o exame? — Ela fala e eu assisto e faço tudo, desde pesagem a aferir a pressão ela também me pediu exames de urina e sangue. — agora vamos ver como esse bebezinho está, pode se deitar na maca e levantar o vestido e papai, você pode se sentar ali. — Ela diz indicando uma cadeira perto da maca, Caio estava muito nervoso, isso era nítido. Faço o que a médica pediu, ela passa um gel super gelado na minha barriga ainda chapada e começa a mover o aparelho e logo uma imagem aparece na tela. — E aqui está! Seu lindo e saudável bebê. — Ela dá zoom na tela e uma pequena coisinha aparece, esse é meu bebê? É tão pequeno. — Pelas medidas você está com aproximadamente 7 semanas, e tem aproximadamente o tamanho de um grão de feijão, com cerca de 1,25 centímetros de comprimento.

— É tão pequeno! — Eu digo. — Está vendo Caio? — Eu pergunto e ele assente completamente nervoso.

— Por pouco tempo ele será pequeno assim, prontos para ouvir o coração? — Eu assinto nervosa e logo um som alto preenche toda a sala, automaticamente meus olhos se enchem de lágrimas de emoção, olho para o caio e ele também se entra do mesmo jeito.

— Está tudo maravilhosamente com seu bebê. — isso me alivia de várias formas. Terminamos a ultrassom, eu limpo o gel da minha barriga e voltamos a nos sentar a sua frente. — Vou te prescrever algumas vitaminas e nós vemos no vemos daqui a três semanas!

— Ta tudo bem com você, Caio? — Pergunto assim que saímos do consultório. — Você não disse uma palavra durante o exame.

— Ta, sim, é só que isso é tudo novo para mim. Vamos passar na farmácia para pegar as vitaminas e depois te levo no hospital para ver sua mãe. — Assinto e o sigo.

— Quero um sorvete antes. — dou uma batidinha no seu ompro como provocação ele reclama mais no fim me leva para tomar o meu sorvete.

Além do Acordo: Reencontro De Corações Onde histórias criam vida. Descubra agora