Amarrado a você

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Quero deixar claro que essas artes não sou eu que faço, mesmo que tenha um padrão, eu só acho que essa arte é muito parecido com os nossos meninos desse universo. 
Deixarei o nome da desenhista: 
https://www.instagram.com/stories/mischieviem/3232613788476891677/

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Aziraphale dormia profundamente na sua cama até que sentiu um desconforto no seu peito. Ele ainda tonto apertou os olhos e tentou com dificuldade olhar para baixo. O seu corpo estava sendo imobilizado por seu marido. Crowley estava com a perna e o braço sobre o corpo de Aziraphale. Sua cabeça estava no peito de Aziraphale.

Seu corpo assim como o corpo de seu marido estavam totalmente nús da noite passada.

Ele suspira colocando o braço em volta aos ombros de Crowley enquanto esfregava o olho com a outra mão.

Ele começa a levantar ajudando Crowley ainda dormindo a levantar junto.

Crowley não facilitou essa tarefa, ele empurrou Aziraphale de volta para cama.

Aziraphale estava novamente onde começou quando acordou.

Ele fica olhando para o teto enquanto Crowley sobe mais em cima dele ao ponto de todo o seu corpo decidir deitar sobre seu marido, seu rosto sonolento encosta bem no meio do peitoral de Aziraphale, ele ronrona esfregando seu rosto nos pelos macios e brancos e volta a dormir.

Aziraphale não estava mais surpreso com a possessão de seu marido, ele sempre o tratava desta forma quando estavam dormindo.

Desistindo de levantar ele decide brincar com o longo cabelo vermelho do seu marido. Ele fica enrolando as mechas no seu dedo. Ele sente o volume de seu marido ficar duro.

- Querido... - Aziraphale levanta as sobrancelhas. - Você está fingindo dormir, não está? - Nenhuma resposta. - Vamos querido. - Aziraphale rir.





Crowley infelizmente não conseguiu manter o seu agitado marido na cama por muito tempo, Crowley percebeu que seu par era ativo demais para o seu gosto, o sol nasce com ele já pronto para levantar da cama, o que era demais para o coração de um assumido preguiçoso de Crowley.

Às 7 e meia eles já descem para o café da manhã e às 9 Aziraphale já estava no seu escritório. Crowley, claro, o seguia para onde ele fosse, mesmo que realmente preferisse ficar na cama.

Nesse momento ele estava deitado no sofá do escritório de Aziraphale.

- Tem mesmo que fazer isso? Não é tecnicamente para está na cama? - Crowley fica resmungando. - Eu não sei se ainda está recuperado do veneno.

Aziraphale estava na sua poltrona atrás da mesa do escritório.

- Ora, não seja bobo. - Aziraphale ria dando uma garfada em um bolo enquanto lia um papel que estava em sua outra mão. - O remédio que me deu me ajudou bastante.

- Bom, não o suficiente, na verdade, já que estamos falando nisso, as ervas daqui são bem precárias em variedades. - Crowley diz com sinceridade.

- Oh. - Aziraphale pensa olhando para cima enquanto segurava o garfo. - E por que não planta no nosso jardim?

- Não tem como, precisa de uma estufa.

- É só fazermos uma. - Indiferente enquanto olhava os documentos, Aziraphale pega outro pedaço do bolo com o garfo e leva para a boca. - Quem cuidava do jardim era o mordomo, digo por que vi, ele ficará aliviado por ficar com essa responsabilidade, assim como ficou quando cuidou de mim esses últimos dias. Ele vive falando que quer se aposentar. - Aziraphale rir apreciando o pedaço do bolo na boca. - Bem, mas eu não vou forçá-lo a nada, faça o que quiser.

- Por que? Não é costume dos ingleses os ômegas cuidar de sua casa?

- Bem, eu sou a favor de que os ômegas possam fazer o que quiserem. - Aziraphale olha de lado pensativo. - Por isso, gosto mais da sua cultura. Que os ômegas tem que ser tão fortes quanto os alfas. Não que eu seja forte, é claro. - Aziraphale dá de ombros com bom humor. - Eu sou bem molenga na verdade. - Ele sorri apertando os olhos. - Então quem sou para falar de costumes? ...Fico tão feliz de que foi prometido a mim, se tivesse que te conquistar de outra forma ou tivesse que duelar com outro alfa por sua mão, teria perdido. - Ele riu colocando outra garfada de bolo na boca.

Crowley se senta para olhar para o seu marido.

- Ia querer casar comigo mesmo sem ser o compromisso?

- Hn? - Aziraphale tira os olhos do papel para olhar para o seu marido. - Oh, sim. Eu ia. - Crowley sente dentro de si os sentimentos de seu marido, não havia confusão em sua fala nem em seus sentimentos. Isso fez seu rosto ficar vermelho. Quando acha que não pode se apegar mais ao alfa que está ligado, Crowley percebe como é ingênuo assim que ver o sorriso de Aziraphale. - O que foi? - Aziraphale suspira com um sorriso calmo e confiante. - Acha que estou mentindo? Não se preocupe, eu sei que não teria chances. É só um pensamento bobo. - Aziraphale suspira. - Mas eu realmente estou feliz, Crowley.


- Eu vou cuidar dos assuntos da manssão. - Crowley respondeu virando o rosto. - Só não reclame depois.

- Eu vou adorar que decore como preferir. - Aziraphale sorri abaixando os ombros. - Se tiver sua cara e seu cheiro em cada cômodo sinto que vou ser um alfa muito feliz. Só vou pedir que não jogue fora meus pobres livros. - Aziraphale lembra e volta a olhar o documento. - Eu gosto muito deles.

- Eu não faria isso, idiota.





Aziraphale fica olhando confuso uma folha.

- Querido, me ajuda com isso?

Crowley olha para trás e se levanta sem questionar. Ele anda até atrás da mesa de escritório de seu marido e senta no seu colo.

- Veja se consegue interpretar este texto como eu.

Ele fica lendo e Crowley fica o ajudando com palavras que ele não entendia.


Eles estavam distraídos com os documentos quando ouviram batidas leves na porta.

- Mestres. - Nina entra segurando uma cesta. - Mestre Aziraphale, o senhor me pediu para trazer isso caso vinhesse.

- Claro, deixe na mesa. - Ela deixa a cesta cheia de frutas, doces e um vinho na mesa e se retira.

- É o que falou que viria? - Crowley pega uma carta com detalhes dourados que estava em cima das frutas.

Era normal no império, quando alguém da realeza adoece ser recebido com presentes de melhoras. Aquele em questão era do próprio duque.

- Sim, imaginei que ele entregaria, o que diz na carta?

- Ele disse que a reunião dos ministros não teve sentido sem sua ilustre presença e espera que melhore logo...Que falso.

- Bom, a maioria dos nobres são. - Aziraphale riu da expressão de nojo do seu marido. - Agora temos que escrever uma carta em resposta....

Aziraphale fez Crowley escrever uma carta curta padrão de agradecimento, mas com um comentário a mais como os assuntos do ministério para começar um assunto, na carta menciona a experiência do Duque como antigo ministro da economia e pergunta se pode contar com seu auxílio neste momento que estava mais fraco. Ele fez Crowley escrever mostrando sua fraqueza até mesmo para escrever uma carta.

Claro que era só fingimento.

Na carta diz indiretamente que Aziraphale estava pensando em passar suas responsabilidades ao duque que era mais qualificado, só que com meias palavras, as mesmas usadas em etiquetas imperiais.

Crowley entregou a Nina a carta.




Eles já estavam no jantar quando um mensageiro chegou no palácio.

Era a resposta do duque.

- Que rapido. - Aziraphale levanta a mão pegando a carta do mordomo enquanto largava o garfo. - Pronto, um convite informal para vir aqui foi feito por ele. - Aziraphale sorriu olhando para o seu marido.

- Vai respondê-lo hoje, mestre? - O mordomo pergunta.

-... O mensageiro ainda está no portão?

- Sim mestre.

- Fale para avisar ao seu mestre para passar aqui às 3 da tarde. - Aziraphale responde entregando a carta que acabou de ler ao mordomo.


O mordomo se curva e sai.

O duque nem imagina, mas estava dando o primeiro passo para a sua queda.

Crowley sorrir vendo o olhar travesso do seu marido, ele ama Aziraphale gentil, mas tem um fetiche a mais nele quando seu olhar brilhava com segundas intenções.

Ele ficou se perguntando e pensando no que disse Aziraphale mais cedo, de querer casar com Crowley, mesmo se eles não tivessem prometido um ao outro.

Sendo bem sincero, Crowley provavelmente rejeitaria Aziraphale, mesmo que ele fosse um alfa lindo e depois de conhecê-lo, fugiria dele, por que teria medo de sentir o que estava sentindo agora.

Um sentimento estranho e fraco demais para ele, ele sentiu falta de seu marido mesmo estando o dia inteiro ao seu lado, sua carência se tornou posse, seu cheiro tímido não bastava para saciá-lo. Ele colocou a mão na boca pensativo, ele podia sentir que seu cio estava próximo. Ele tinha medo de perder a razão. 

Good Omens - OmegaverseOnde histórias criam vida. Descubra agora