Especial: Chamada

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Vou falar melhor com vocês na nota final.


Para quem esqueceu:

Árabe: { }
Russo: [ ]
Se alguém estiver no estrangeiro e falar em inglês: ( )

Sangue puro: Os mais proximos da linhagem ancestral, Alfa, ômega, todos vem de uma herança do sangue de lobos. Crowley e toda a família real são sangue puro. Isso é realmente algo genético. (Características: Orelhas pontudas, olhos bestiais e unhas mais fortes do que as normais)
Sangue azul: São os dominantes, tanto ômegas como alfas podem ser dominantes, são uma raça especial que ficam superior aos normais. Ser dominante não é questão de genética e sim de sorte. ( Característica: Olhos brilhantes. Gabriel tem olhos brilhantes violetas e Aziraphale olhos brilhantes azuis)


Aziraphale: Alfa Sangue Azul
Crowley: Ômega Sangue Puro


Ômegas podem engravidar de Alfas
Betas: Pessoas comuns que não tem herança bestial.

Feromônios: Cheiro, odor que inala tanto dos Alfas quanto dos ômegas.

Cio: Período fértil.

Nó: A entrada do útero de um ômega, no cio o Nó abre deixando ele fértil para uma gestação.


Ligação: Uma ligação acontece quando um alfa morde um ômega na nuca, isso faz eles serem eternamente ligados um ao outro. Um sente o que o outro sente, mas tem suas vantagens e desvantagens. O feromônios do alfa ajuda o ômega a ficar mais tranquilos em muitos casos e afasta outros alfas deste ômega tbm. Isso se torna mais presente quando é um alfa dominante. Nenhuma ligação pode ser quebrada se for de um alfa dominante. 



Ninho: É algo instintivo que o ômega faz com as roupas e lençóis dos feromônios que os deixam confortável. As vezes pode ser as roupas dele, da sua família....mas é mais comum ser a roupa do alfa que está ligado. Isso tbm pode acontecer com alfas, mas é mais raro. 

Se eu esquecer algo eu coloco aqui depois....Mas acho que com isso já podemos seguir.





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No começo da gravidez de Crowley tudo foi difícil de se adaptar. Um ômega fica arisco e irritado com qualquer um que se aproxime dele.

Para isso serve seu alfa que vai protegê-lo nesse momento tão delicado.

Crowley era um ômega diferente, ele era um sangue puro, então para ele tudo era mais aflorado, além, é claro, da sua inabalável personalidade.


Nesse momento, em cima da cama havia várias roupas amontoadas sobre o lençol.

Em baixo das quentes roupas de Aziraphale estava Crowley.

Sua respiração ofegante saia a vapor.

Mesmo fazendo um calor fora de série, ele se recusou a sair de lá, o cheiro do alfa que está ligado é a única coisa que o mantém protegido.




Algumas batidas na porta foram ouvidas e ele se encolheu mais.

- Mestre? Eu vou entrar. - Nina entra segurando uma bandeja de alimentos típicos da terra natal de Crowley. - Mestre? Como se sente hoje?


Um pequeno rosnado baixo que vinha do fundo da garganta de Crowley foi ouvido.


Todos estavam proibidos de ficar mais de 2 metros próximo de Crowley, podia ser perigoso.

Os únicos que tinham coragem de entrar no quarto eram Nina e o mordomo.

- Eu vou colocar aqui na mesa do centro como sempre. - Ela fala tranquilamente para a montanha de roupas empilhadas na cama que agora era seu mestre. - O mestre príncipe Aziraphale disse que deve comer.


- {Onde está o bastardo do meu marido?}

A voz profunda que se arrastava para o "R" foi ouvida, quando Crowley falava em sua língua mãe seu sotaque ficava mais evidente.

- Mestre, eu não entendo arabe....

- Aziraphale!




- Ah....E-Ele está no segundo andar, no escritório. Mestre, não lembra? O cio dele começou ontem. Ele disse que ficará trancado até tudo terminar, pediu para que cuidasse de você até lá....mas...- Mestre Aziraphale já tinha explicado isso a ele, ele esqueceu? - São só dois dias, por isso suporte um pouco.



Os alfas tinham ciclo de cio. Alguns tinham um mês sim e um mês não, mas o normal era ter em dois dias durante um mês.


Já os do omega eram regulares. 4 dias por mês. Como já comprou o seu propósito de engravidar, Crowley não terá um cio natural por 9 meses....


Mas é diferente se ficar em contato com um alfa no cio. Os sangue puro podem ser resistentes, mas nada diz que eles não cederiam ao Alfa que são ligados.


Ter um cio forçado no começo da gravidez seria um perigo tanto para o ômega quanto para a criança.



Aziraphale explicou cada ponto desse para Crowley, mas os feromônios estão fazendo Crowley perder a sua parte mais humana, principalmente quando estava alerta sem seu alfa.



- {O inferno seria mais gentil.} {O bastardo desgraçado fez isso comigo, então deveria está aqui.}



- Mestre?



Nina deu um passo para trás quando as roupas começaram a se mexer.


Crowley estava se levantando da cama. Nada de bom nesses dois meses aconteceu quando ele saiu da cama.


Ela corre para fora do quarto saindo do terceiro andar.


Ela corre para o segundo andar.


- Saiam dos corredores! O mestre está acordado!


Os servos da parte administrativa descem as escadas e outros entram nas salas mais próximas.


Era tarde para quem não se escondeu ou fugiu.


Um barulho alto da porta quebrando no terceiro andar foi ouvido.


Inabalável, pior do que um alfa.

Um ômega sangue puro estava furioso.



Passos de pés descalços rangeram na madeira da escadaria.


Cabelos longos e ondulados, ondas rebeldes vermelhos sangue como o mar do deserto, olhos bestiais, unhas negras e afiadas se arrastando pelo corrimão.


A túnica árabe com várias correntes de ouro marcaram bem suas curvas.


Seu corpo era grande e forte para um ômega comum.


Ele era um sangue puro do país do ouro, um guerreiro e príncipe de sua nação.


Mas agora ele apenas é um monstro irritado.



Seu único antídoto também era sua sina.


Longe demais.


Ele andou pelos corredores.

Ainda está longe demais.


O cheiro gentil de ervas se tornou forte e mais presente....

Ele estica o braço e toca delicadamente na porta de madeira do escritório de seu sol.


Ele estava ali.



Crowley coloca a bochecha na porta em um suspiro de alívio.


Ele estava  bem ali.


Sua mão desliza para a maçaneta como uma cobra.


Mas ao tentar abrir a porta estava trancada.




Seu cheiro em brasa contaminou o corredor quando...


- {Sei que está }


...Nenhuma resposta veio.


No escritório escuro, sentado tranquilamente atrás da mesa grande de madeira tinha uma presença, um homem de cabelos brancos e olhos azuis brilhantes. Sua expressão estava neutra e indiferente às arranhadas em sua porta.



Ele não estava bem para cuidar de Crowley.

Ele olha para o lado vendo que os seus remédios de anti-cio haviam acabado.

Pelo menos não agora.




Sua sogra falou que essa fase acaba no terceiro mês da gravidez.....Antes, um irmão de Crowley veio ajudá-lo nesse momento, mas foi embora quando Crowley não o reconheceu como família.



- Cunhado....No nosso palácio tem um lugar especial para isso....Parece cruel, mas às vezes para Crowley seria a melhor opção, ele ficaria triste se machucar alguém sem querer....Porque não envia ele comigo? Prometo cuidar dele.


Aziraphale foi egoísta em negar, ele não conseguiria ficar longe de Crowley. Nunca. Foi ingênuo em achar que o acolhimento do seu ninho seria o bastante.

Não é atoa que sangues puros são tão diferentes.




- Aziraphale! - A voz de Crowley tira Aziraphale dos pensamentos. - .....{Docinho...}


A voz se suaviza para um gato gentil e manhoso.




Aziraphale abre a gaveta e tira uma pequena seringa que estava lá. Ele se conhece, não existe nada nesse mundo que faça ele dizer "não" a Crowley.



Era uma seringa tranquilizadora.
- Não tem mesmo outra opção?


Ele segura e se levanta.


Ele anda até a porta e a abre lentamente.


Sua expressão neutra e seus olhos brilhantes como gelo mostravam que ele não estava nada satisfeito.

A figura alfa no escritório escuro assustaria qualquer um.

Qualquer um menos Crowley que o encarava com carinho.


Aziraphale vacila.

- Q-Querido....Você sabe que não pode estar aqui.


- {Existe algum lugar que eu não possa ir na minha própria casa?}

Crowley agarra o braço de Aziraphale que treme ao seu toque.


Ele era resistente ao seu cio, mas nunca conseguiria ceder ao Crowley. 


Ele suspira. Seus olhos azuis brilhantes se afiam.


"Eu poderia devorá-lo agora."

"Podia saciar meu desejo com essa pequena coisa"


"Podia amarrá-lo e apertá-lo"


"Escondê-lo em um lugar que ninguém o veria."


"Um lugar que apenas meus olhos o alcance e minhas mãos o toque"


"Ele amaria isso"




Aziraphale dá um passo para trás sentindo que era perigoso. Que ele era perigoso.




- N-

- Docinho.... - Crowley se aproxima, seus lábios abertos mostram que ele queria um beijo. - Meu docinho, preciso de você, cuide de mim....

Lentamente ele envolve seus braços em volta da cintura de Aziraphale.

O feromônio amadeirado servia como carga para o cheiro de brasa que emergia do ômega.


O conjunto de seus feromônios que antes eram um bálsamo se tornou destruição.


- Você está errado. Crowley. Eu só te machucaria, não existe nada em mim que possa protegê-lo agora. - Aziraphale suspira em dor, sua mão trêmula vai para o quadril de Crowley. - Protegê-lo de ser destruído por mim.


Se mesmo sem querer Aziraphale fazer o nó de Crowley ceder e abrir isso poderia prejudicar o seu filho.

A outra mão de Aziraphale gentilmente tira o longo cabelo de seu marido do pescoço. Ele revela a ligação de Crowley bem no meio da sua nuca. A ligação estava ainda bem marcada pelos formatos dos dentes de Aziraphale.

Ele se inclina e cheira o pescoço de Crowley como se tentasse resistir.

Crowley sorri satisfeito e fecha os olhos. O cheiro de Aziraphale no cio era como uma droga que o afundaria e o afogaria em uma névoa densa de prazer.

- Mmhn....Eu não me importo de ser destruído...- Suas mãos vão para as costas de Aziraphale, ele puxa a camiseta que estava enfiada cuidadosamente na calça de Aziraphale e enfia seus dedos quentes pela pele nua - Me destrua. - Suas unhas deslizam pela carne e arranhavam levemente o quadril nu de Aziraphale. Ele queria mais. - Me destrua.....me destru-Ugh! - A seringa foi enfiada delicadamente no seu pescoço.

- Eu sinto muito querido, por minha culpa você sofreu, mas farei o melhor.

Crowley se assusta.

Seus olhos se viram em um desmaio instantâneo. Ele cai para trás, mas Aziraphale estava segurando o seu quadril. O pescoço de Crowley esticado para lado sem força alguma, seus cabelos caídos e seus longos cílios fechados.

Ele era lindo até mesmo inconsciente. Um lindo príncipe guerreiro indefeso nos braços de outro príncipe.

Aziraphale suspira.

- Céus....


Essas eram as últimas palavras de Aziraphale antes de Crowley desmaiar em seus braços.










- Levantar âncoras! - Um grito abafado no fundo fez Crowley gemer.


Ele pisca os olhos algumas vezes e tenta se acostumar ao novo ambiente.


Suas costas eram agraciadas por algo macio como plumas. Ele estava deitado em uma cama, uma cama que não conhecia dentro de um pequeno quarto que nunca viu na vida.

Um quarto escuro e elegante cheio de ouro, bordados e madeira maciça.


Ele geme virando o rosto para o lado.


Ele tenta lembrar o que fez antes disso, mas sua mente estava uma confusão.


- Oh. Bom dia Crowley. - Crowley olha para o lado e vê Aziraphale sentado em uma poltrona do lado da cama enquanto lia um livro.

- {Onde}....Onde caralhos estou?

- Olha a boca querido...Céus...Realmente acho que era um marinheiro em outra vida... - Ele volta a olhar o livro e dobra a perna. - Estamos em um dos navios da realeza.


- E o que porra estamos fazendo em um navio?


- O que? Bem, estamos entrando em férias. - Aziraphale passa a pagina. - Vamos visitar nossa família.

- Nossa?


- Claro, afinal sua família é minha também.


Crowley abre mais os olhos, eles estão indo para onde??

- Não quero! - Ele rosna tentando levantar, mas percebe que seus braços estavam acorrentados na cabeceira da cama. - Ah qual é! Me solta. Eu não quero ir naquele lugar quente e horroroso.

- É sua terra natal, sabia? - Aziraphale não ia ceder. Seus olhos continuavam calmos lendo o livro. - Minha sogra me mataria se não tivesse a chance de te ver grávido pelo menos uma vez.

- Nem da para ver porra nenhuma de barriga ainda e se aquela velha quisesse tanto me ver era só ela vir.

- Não fale assim da rainha. - Aziraphale fala em tom de bronca. - E se comporte, não quero ter que te sedar de novo.

- Você me drogou? Está falando sério? Oh seu pequeno.....Então está aprendendo um truque ou dois? Nem é para tanto, apenas me solte e-

- Madeira do carvalho da Polinésia. - Aziraphale fala finalmente.



- ....O que?

- Era do que era feito a porta do nosso quarto. Madeira do carvalho da Polinésia, foi um presente importado antes mesmo de eu nascer e agora virou lenha para te aquecer. - Aziraphale aponta para a lareira do lado da cama sem deixar de olhar o livro. Crowley olha chocado a pilha de madeira irregular que tinha do lado da lareira. Era obviamente o resto de algo destruído. - Fiz questão de trazer junto....






-.....Desculpe.

- Sabe, a Nina nem mesmo trancou a porta do nosso quarto, quem ousaria trancar um príncipe? Era só abrir se quisesse sair, mas decidiu agir como um selvagem.

- Desculpe...

- Eu gostava mesmo daquela porta. Deus do céu. - Ele fecha o livro lembrando o quanto estava zangado. - Sabe onde fica a Polinésia, querido? - Ele vira o rosto para olhar para Crowley. - Levaria 2 anos para ter uma igual.


Crowley fechou os olhos e tentou relaxar na cama, ele perdeu.

Ele sente a frustração do seu marido por conta da ligação. Aziraphale ficava com um temperamento curto quando estava assim.

- E mesmo que fizessem seria apenas uma cópia barata do significado que um dia já foi. Um era um presente de paz em dia de guerras e outro foi refeito por culpa de um ômega grávido que a destruiu 205 anos depois. Nada a acrescentar, Crowley?

- Eu errei. Me desculpe.


- Francamente... - Aziraphale resmunga baixo. - Eu prometi que voltaria o mais rápido, mas o que falei deve ter entrado por um ouvido e saído por outro. - Crowley tenta aguentar, Aziraphale nunca reclamava de nada, mas quando reclamava não parava mais até ficar satisfeito. - Tive que interromper meu cio da pior forma possível e é isso que ganho. - Ele volta a ler se acomodando na poltrona. - Pedi comida, espero que se comporte e coma. Vai ser uma longa viagem... 







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Olá!!! SAUDADES desta fic HAUSHAUSHASU
Eu vou fazer um especial da fic. Esssa é a chamada do especial. Ou seja, chamando vcs.
Por isso é bem curtinha. Mas fora esse cap farei mais 3
O primeiro vai ser sobre eles dois e os outros dois vou me focar em Lilith.

Eu senti que acabei a fic muito rapido e tinha muitas coisas que queria mostrar ainda.
Umas delas é a vida da princesa Lilith.

A segunda coisa é que quero mostrar as fã arts que alguns de vcs fizeram para miiimmmm
AAAAAAH


VCS VÃO COMIGO NESSA?

Bjos

Good Omens - OmegaverseOnde histórias criam vida. Descubra agora