Insônia | deus do Sono

CAPÍTULO 3| deus do sono

-- Ashley, o que há de errado? -- Ela me sacode e eu pisco algumas vezes.

-- N-nada. Só pensei ter visto alguma coisa. -- Eu sussurro.

-- Hum, você ainda está tendo problemas para dormir? --  Ela segura minha mão.

-- Sim, nunca parou.--  Suspiro e pego a lâmpada da mão dela, movendo-me para substituí-la.

A campainha toca e minha mãe desce as escadas apressada. Depois de alguns minutos, o cheiro de comida sobe as escadas e meu estômago ronca de fome. Por um momento sinto um hálito quente em meu pescoço, uma mecha de meu cabelo se levanta e sopra.
Rapidamente acendo a luz e me afasto, a beirada da minha cama atingindo a parte de trás dos meus joelhos, forçando-me a sentar. Derrotado, afundo a cabeça nas mãos.

A voz de Lawrence ecoa na minha cabeça.
"Nós dois sabemos que as coisas não vão bem sem dormir."

Durma... Ele quis dizer? Não, pare com isso Ashley. Dou um tapa na testa e desço para comer com minha mãe.

-- Pensei que você tivesse adormecido aí em cima. Aqui vou fazer um prato para você.--  Ela aponta para a mesa de jantar e me dá um sorriso conhecedor. Fazendo o que ela instruiu, sentei-me e suspirei. -- Coma alguma coisa, tenho certeza que vai fazer você se sentir melhor.--  Ela coloca o prato na mesa com um pouco de tudo e eu fujo comendo.

-- Obrigado, mãe.-- Eu sorrio enquanto mastigo.

Ainda apreensiva por dormir aqui, tento empurrar meus pensamentos negativos para o fundo da cabeça.
Mamãe vai embora amanhã e é só nisso que quero me concentrar. Depois do jantar, vamos para a cama em nossos quartos separados, ambos exaustas.

-- Boa noite, Ashley.Vejo você de manhã.

-- Boa noite, mãe. Amo você.

Demoro horas para adormecer, é muito mais silencioso nos subúrbios do que onde meu apartamento fica na cidade. Parecia que mal fechei os olhos e eles se abriram novamente. Meu telefone brilhante me cega quando verifico a hora, são três.

-- Toda porra de noite." Suspiro pesadamente, olhando para a escuridão. 

De que adianta tentar dormir de novo, estou bem acordada. Saio da cama em silêncio, calço minhas meias quentes antes de descer.

Acabo no sofá com meu laptop sendo a única fonte de luz. Brincando nas compras e verificando meus e-mails, meu episódio de algumas semanas atrás ressurge. Antes que eu tenha a chance de dizer “não” a mim mesma, meus dedos já estão digitando no mecanismo de busca.

"Quem é o deus Sono?" Então apertei enter. Os óbvios deuses gregos e locais históricos aparecem imediatamente, mas nada em que clico me mostra o que vi naquela noite. Continuo procurando; Recipiente, Recipiente do Sono, Recipiente para deuses, mas ainda assim não recebo nada. Agora estou interessado em inúmeras ligações com bruxas. Frustrado, fecho o laptop e o jogo para o lado.

-- Ele não é alguém que pode ser encontrado dessa maneira. --  Uma voz profunda e ardente vem do outro lado da mesa de centro.

Meu corpo registra a presença de outro ser na sala e me sinto desconfortável. Tentando evitar olhar para cima, concentro-me na barra do seu manto. Estou dormindo de novo? Essa foi a única vez que vi o ser mascarado branco.

Este é diferente, tem marcas desenhadas na máscara e não é uma aparição. Meus olhos se arregalam com o fato de que poderia ser algum psicopata na minha casa pronto para me matar. Examinando a sala em busca de lugares para correr, então finalmente me concentro nele.

-- O que você está fazendo aqui? -- Eu pergunto trêmula.

-- Fui enviado para você. -- Ele diz dando um passo em minha direção.

-- Não!

Eu recuo à beira das lágrimas. Sua cabeça se inclina ligeiramente. Ele dá um passo para trás e eu estremeço, quando meus olhos se abrem, ele se foi.

Em pânico, olho cegamente para a escuridão que me cerca, sentindo-me como um rato preso. Eu bato em minhas bochechas repetidamente.

-- Acorde, acorde, droga! --  Eu grito comigo mesmo.

-- Ashley, ei Ashley. Ashley, pare! -- Minha mãe está na minha frente, meus pulsos em suas mãos. -- O que diabos está acontecendo aqui? Você está acordada? --  Ela me olha preocupada.

-- Estou. Acordei há um tempo.-- Enxugo os olhos das lágrimas e olho para ela.

-- Hum, você falou com alguém sobre isso? Não é bom o quão pouco você dorme.

-- Você acha que eu não conheço isso, mãe? Não preciso de um terapeuta do sono, preciso dormir.-- Fazendo o meu melhor para manter um tom uniforme com ela, vou para a cozinha agora iluminada. Balançando na pia, encho um copo com água e bebo.

Mais um postado, lembrando que o livro já está completo, só depende de vocês mesmo para que eu vá liberando 💕