CAPÍTULO 29| É o que eu sou

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Eu grito e corro passando pela árvore, descendo do outro lado da colina, meio escorregando e tropeçando. Caindo de bruços, tiro o ar dos meus pulmões. Ofegante desesperadamente para encher meus pulmões de volta e conseguir ficar de pé novamente, continuando a correr. Meu peito começa a queimar novamente, mas corro mais até minhas pernas cederem.

Não há nenhum som ao meu redor, o único som é eu bufando sem fôlego. Permanecendo quieta e abaixada, escuto para ver se consigo captar alguma dica de alguma coisa. Mas ainda havia silêncio, um silêncio ensurdecedor. Tenho que seguir em frente, não vou chegar a lugar nenhum parado. É preciso um pouco de convencimento, mas minhas pernas começam a se mover e continuo novamente pela floresta cada vez mais profunda.

Pouco depois de caminhar, chego a um penhasco, com vista para um terreno acidentado onde as árvores se separavam. Rapidamente caio de barriga para cima, espiando por cima do cume. Ali, no meio da abertura, havia outra árvore como eu já tinha visto antes. Três corpos magros em vestes brancas estão na frente dele, eles se movem graciosamente como se estivessem evitando que algo fosse balançado contra eles. Meus olhos se estreitam e examinam ao redor deles. Ali no meio dos movimentos deles eu o vejo, é Dante.

Ele está brandindo uma espada contra eles enquanto eles se abaixam desesperadamente e saem do caminho. Por um momento penso em chamá-lo, mas me contenho. Observá-lo atacando essas figuras me deixa inquieta, elas são ruins? Sleep disse a ele para fazer isso? Enquanto estou presa em pensamentos observando Dante, algo agarra meu tornozelo. Minha cabeça gira ao ver o Dante mascarado vermelho me puxando para ele.

-- Não! Afaste-se de mim! --  Eu agito as pernas, mas não adianta. As raízes e trepadeiras no chão da floresta começam a se mover, prendendo meus pulsos e braços, e finalmente minhas pernas. -- Dante -- Eu grito, tentando arrancar meus braços das raízes. Mas não adianta, ele agora está em cima de mim com a espada desembainhada.

A ponta da lâmina repousa sobre meu peito, pronta para me penetrar a qualquer momento. Tentando cada vez mais me libertar, choro ainda mais olhando para a máscara estranha, porém familiar.

-- Por favor, pare com isso. Você não deveria se agarrar a mim. Eu entendo que você não deveria ter sido expurgado daquele jeito. -- Tento explicar com calma.

Sua cabeça apenas se inclina ligeiramente, mas permanece em silêncio. A ponta da lâmina afunda um pouco mais e eu suspiro ao sentir que ela atinge o osso.

-- Não sei por que estou aqui! Por favor, não pretendo incomodar você, por favor! -- Eu imploro, olhando profundamente para aqueles olhos escuros olhando para mim.

Sem perceber, agarrei a lâmina com as duas mãos tentando impedi-la de avançar mais. Minhas mãos estão livres, como? Quebrando meu olhar, minha atenção vai para minhas mãos enegrecidas enroladas na lâmina sangrando. Se ambos estão aqui, como fantasmas, quem pode dizer que não tenho nenhum poder aqui? Assim que tento levantar a lâmina para cima e para fora do meu peito, ele aplicou pressão suficiente para me penetrar completamente.

A dor era tão insuportável que não consegui emitir nenhum som, a única coisa que fiz foi olhar para trás em busca de Dante, meu Receptáculo. Quando olho de volta para o mascarado vermelho, ele está chorando, e não baixinho também. Ele nunca fez nenhum som até agora, ver isso me deu vontade de perder o controle.

-- E-me desculpe. É o que eu sou. -- Sua voz profunda e triste sussurra.

Tento falar, mas perdi a capacidade, meu corpo começa a ficar pesado e frio. Antes de fechar os olhos, vejo agora que estou vestindo uma daquelas vestes brancas como vi nas figuras que Dante procurava. Tudo fica preto, então, como se eu tivesse piscado, estou de volta ao ponto de partida nesta floresta estranha. Em pânico, agarro meu peito e abro os botões do meu vestido. Não havia nada ali, nenhuma ferida.

Rapidamente meus olhos examinam a floresta à minha frente, preocupados em ver aquela máscara vermelha me encarando por dentro. Ele disse: "Sinto muito, isso é o que eu sou." O que isso significa? Ele faz parte de Dante? Agora curiosa, levanto-me e começo a caminhar pela floresta novamente.




" O que isso significa? Ele faz parte de Dante? Agora curiosa, levanto-me e começo a caminhar pela floresta novamente

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Sinto em dizer, estamos nos últimos capítulos 😌

O motivo que faço meus livros com poucos capítulos são... Não gosto de muitos capítulos pra que não fique cansativo de ler, porém eu me esforço pra entregar um enredo bom em todos os capítulos, e chega uma hora que a criatividade acaba, então prefiro escrever enquanto ainda tenho criatividade. Todos os meus livros eu já começo imaginando toda a história, começo e fim.

Tem poucos capítulos? Tem
Mas invisto em uma ótima qualidade de escrita e conteúdo ❤️

Amo vocês e já tô pensando na próxima obra 💕

Insônia | deus do Sono Onde histórias criam vida. Descubra agora