Estou uma bagunça ao entrar no escritório. A recepcionista até parou para perguntar se eu estava bem, isso me confundiu um pouco. Além de tropeçar atordoado, pensei que, de outra forma, parecia bem. Isso até eu me olhar no espelho do meu escritório bem iluminado.Minhas olheiras voltaram e meu rosto está pálido e cansado. Frustrada, jogo minha bolsa de maquiagem no chão e começo a passar base e corretivo no rosto. Quando terminei, eu parecia um pouco mais viva do que antes, e bem na hora em que meu primeiro paciente entrou na sala.
O dia de hoje se arrastou e tive que ser questionado constantemente sobre estar bem. Finalmente em casa, pego tudo o mais que perdi na semana passada por não conseguir me mover. A uma curta distância de carro do lado de fora da cidade, chego em casa. Mamãe já estava perto de fazer as malas, ela vai embora no domingo. Não fico por aqui por muito tempo, pois a sensação de que algo me espera lá dentro me assusta, então jogo minhas coisas dentro da porta e me viro para sair. Sou parada por algo segurando minha mão na maçaneta da porta.
-- Espere.-+ Uma voz masculina profunda implora. Meu coração dá um pulo e eu solto a porta.
Rapidamente fecho e tranco a porta, arrepios percorrem meu corpo enquanto caminho de volta para o carro. Acalmado um pouco depois do susto, estou pronto para voltar para o apartamento. As luzes no painel iluminam algo nas costas da minha mão esquerda. É uma mancha preta. Quando levanto minha mão, torcendo-a e inspecionando-a, parece uma impressão de mão. Imitando exatamente como minha mão foi segurada na porta.
-- De jeito nenhum! N-de jeito nenhum, isso é loucura!
Entro em pânico, enxugando a mão nas calças. Ele desaparece como sujeira fina ou cinza e me acalma. Talvez eu apenas tenha esbarrado em alguma coisa, quem sabe o que as mães têm trazido para dentro e para fora de casa.
O fim de semana pareceu mais calmo, estranhamente consegui dormir melhor do que há um mês ou mais. Eu nem sonhei, estava dormindo profundamente.
O sábado consistiu em mamãe e eu removendo desajeitadamente os últimos móveis pesados do apartamento. Tínhamos alugado um caminhão para embalar o resto das coisas da mãe para amanhã. Depois de amanhã a mãe estará em Nova York e começando um novo capítulo.
Nós duas caímos cansados no sofá que acabamos de sentar. Felizmente a brisa de outono estava fresca, a tarde quente ainda mantinha o calor do verão.
-- Algo fácil para o jantar esta noite?-- Mamãe olha para o telefone em alguns restaurantes.
-- Sim! Receberemos tudo o que for entregue. Tenho a sensação de que não poderei me mover muito pela manhã.-- Esfrego minhas costas e depois me alongo.
-- Diz aquele que consegue relaxar. Ainda tenho que dirigir até Nova York. -- Ela esfrega os olhos me passando o telefone para poder inclinar a cabeça para trás e fechar os olhos. Olhando para os restaurantes, opto pelo chinês e faço meu pedido. Trinta a quarenta e cinco minutos, legal.
O ronco da mãe me faz rir, levanto-me e pego um pequeno cobertor de uma caixa e coloco-o no colo dela. É melhor levar algumas coisas para cima enquanto espero pela comida.
Subo as escadas com minhas caixas empilhadas bloqueando minha visão. Acho que vou ficar no meu quarto ainda, vai ser estranho se eu ficar com o quarto da mamãe e do papai. Tudo está escuro lá em cima, então cuidadosamente coloco as caixas na minha cama e acendo a luz.
A luz pisca e fica cada vez mais brilhante antes de estourar ruidosamente. No clarão de luz vi novamente uma figura vestida com uma túnica, mas desta vez havia vermelho na máscara.
-- Foda-se!
Tropeço para trás, caindo na parede e derrubando fotos.
-- Ashley, você está bem? -- Ouço minha mãe chamar.
-- Sim! A lâmpada simplesmente explodiu!-- Respondo segurando o peito, olhando para o canto onde vi a figura.
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Insônia | deus do Sono
FanficAshley Bianchi é uma terapeuta do sono que está lidando com a perda de seu pai. Após sua morte, ela ficou com uma terrível insônia. Ela tenta ajudar seus pacientes da melhor maneira possível, enquanto mantém uma vida normal. Mas será que ela consegu...